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Brasil

O Brasil é uma nação localizada na América do Sul e independente desde 1822. Atualmente, o país é uma República que ocupa posição de destaque no continente sul-americano.
A atual bandeira do Brasil foi adotada em 19 de novembro de 1889, poucos dias após a Proclamação da República.
A atual bandeira do Brasil foi adotada em 19 de novembro de 1889, poucos dias após a Proclamação da República.

O Brasil é uma nação localizada na América do Sul e é considerado o quinto maior país do mundo em extensão territorial. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o território brasileiro é, atualmente, de 8.515.759,090 km2|1|. O Brasil é também o quinto país mais populoso do mundo, com uma população total de 209.157.547|2|. O nome oficial do país é República Federativa do Brasil.

O Brasil possui ao todo 26 estados e um Distrito Federal, os quais são divididos em cinco regiões: Norte (7 estados), Nordeste (9 estados), Centro-Oeste (3 estados + DF), Sudeste (4 estados) e Sul (3 estados). O idioma oficial do Brasil é o português, mas em algumas partes do Brasil outros idiomas (como o talian) possuem status oficial.

Em questões de censo por raça e cor, 46,7% da população brasileira declara-se parda, enquanto 44,2% declaram-se branca e 8,2% declaram-se da cor preta|3|.

Localização

O Brasil está localizado na América do Sul, uma subdivisão do continente americano. Grande parte do território brasileiro está localizado abaixo da linha do Equador, portanto, no Hemisfério Sul. Os únicos estados brasileiros que têm parte de seu território posicionado ao norte da linha do Equador são Amazonas, Pará, Amapá e Roraima. O Brasil, além de ser a maior nação localizada no Hemisfério Sul, é também o maior país da América do Sul e o maior país lusófono (que fala a língua portuguesa) do mundo.

Bandeira

A atual bandeira do Brasil foi adotada em 19 de novembro de 1889, logo após a Proclamação da República, que aconteceu no dia 15 de novembro de 1889. Essa bandeira foi estabelecida oficialmente por meio do decreto nº 04, assinado pelo presidente provisório marechal Deodoro da Fonseca, e substituiu a bandeira do Brasil Imperial. Sua última modificação aconteceu em 1992, quando foram nela adicionadas estrelas correspondentes aos estados do Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins.

Organização política

A escolha do sistema de governo do Brasil foi estipulada em plebiscito realizado em 1993, estabelecido pela Constituição de 1988 a fim de que a população escolhesse a forma e o sistema de governo do país. Segundo os resultados desse plebiscito, ficou decidido que o Brasil seria uma República Presidencialista.

O cargo de presidente foi estipulado com mandato de quatro anos, inicialmente sem a possibilidade de reeleição. Com a alteração da lei, em 1997, ficou determinado que o presidente poderia ser reeleito apenas uma vez.

Acesse também: Conheça todos os biomas presentes no território brasileiro

História

Os manuais clássicos de História costumam considerar que a história do Brasil iniciou-se em 1500, quando os portugueses chegaram aqui na expedição liderada por Pedro Álvares Cabral. Atualmente, os historiadores já declaram o estudo dos povos indígenas que já estavam instalados aqui antes de os portugueses chegarem como parte da história do país.

De toda forma, quando os portugueses chegarem ao Brasil, em 22 de abril de 1500, estima-se que habitavam o território brasileiro cerca de 7 milhões de pessoas|4|, no entanto esse dado é apenas uma estimativa. Os principais grupos indígenas que habitavam o território brasileiro em 1500 eram os tupis, os guaranis e os tapuias do tronco linguístico macro-jê.

Utilizando como ponto de partida a chegada dos portugueses ao Brasil em 1500, a história brasileira é dividida pelos historiadores da seguinte maneira:

Abaixo, faremos um resumo dos principais acontecimentos da história do Brasil em cada uma de suas fases.

  • Período Colonial (1500-1822)

Considera-se que a colonização do Brasil foi iniciada com a chegada dos portugueses ao país, os quais foram os pioneiros do processo das Grandes Navegações, responsável pela exploração do Oceano Atlântico. Apesar de os portugueses terem chegado aqui em 1500, a primeira grande iniciativa de colonização só aconteceu em 1534, com a criação das Capitanias Hereditárias.

Esse sistema foi rapidamente substituído por uma centralização do poder na Colônia por meio da criação do Governo Geral, em 1548. A partir de 1572, o território da América Portuguesa foi dividido em dois: Governo do Norte, que tinha capital em Salvador, e Governo do Sul, com capital no Rio de Janeiro.

Ao longo de sua duração, a colonização do Brasil teve três grandes produtos na economia. O primeiro deles foi o pau-brasil, extraído do litoral pelos indígenas em troca de bugigangas oferecidas pelos portugueses. A principal utilização do pau-brasil era a extração da tinta produzida em seu interior, usada para tingir tecidos.

Depois do ciclo do pau-brasil, o principal produto da Colônia foi o açúcar, produzido nos engenhos (construções estabelecidas, principalmente, na costa do Nordeste a partir do século XVI). A produção do açúcar gerou o desenvolvimento da Colônia, tornando-a lucrativa os olhos dos portugueses.

Por fim, após a produção açucareira, houve o surto de mineração no Brasil a partir do século XVIII. As principais minas ficavam em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

Durante todo o Período Colonial do Brasil, a principal mão de obra usada para a realização do trabalho era obtida a partir da escravização de indígenas e, principalmente, dos escravos africanos, trazidos aos milhões para o Brasil. O sistema escravista foi uma instituição cruel responsável por diferentes tipos de violência e pela morte de milhares de pessoas.

  • Brasil Império (1822-1889)

O Brasil Império surgiu como consequência da independência do Brasil, obtida em 1822 e reconhecida oficialmente por Portugal em 1825. A independência do Brasil foi resultado direto da tentativa de Portugal de recolonizar nosso país após ter evoluído ao status de província do Reino de Portugal, em 1815.

Com a independência, o Brasil organizou-se em uma monarquia, e D. Pedro I – o grande nome da independência – foi nomeado imperador do Brasil. Com o governo monárquico instituído, o Brasil garantiu status quo (estado atual das coisas), atendendo, assim, aos interesses da elite econômica do país, que possuía grandes terras e muitos escravos.

Em 1824, uma Constituição foi redigida e outorgada, determinando que o poder do imperador estava acima de todos os outros poderes do país. Durante a Monarquia, o Brasil presenciou seu primeiro surto de industrialização (durante o Segundo Reinado) e viu o café transformar-se no principal produto da economia brasileira, permanecendo assim até a década de 1950.

Durante esse período, surgiu ainda um movimento que demandava a abolição da escravatura em nosso país, pois a instituição da escravidão passou a ser vista como abominável por grande parte do mundo a partir da segunda metade do século XIX. Esse movimento conseguiu abolir a escravidão do Brasil, em 1888. A partir daí, imigrantes europeus e japoneses passaram a substituir os escravos negros, tornando-se a principal mão de obra do país.

No final da década de 1880, a monarquia já era uma instituição decadente no Brasil, tornando-se alvo do movimento republicano, o qual derrubou o gabinete ministerial a partir de um golpe militar, proclamando a República em 15 de novembro de 1889.

Acesse também: Quantos golpes de Estado aconteceram no Brasil desde sua independência?

  • Brasil República (1889-)

Ao longo de sua existência, a República Brasileira passou por seis diferentes fases. A primeira delas, conhecida como Primeira República, teve como principais características o domínio oligárquico sobre a política brasileira e a prática conhecida como Política do Café com Leite. Nessa política, as oligarquias de São Paulo e de Minas Gerais revezavam entre si os candidatos que disputariam a presidência.

Uma divisão entre essas oligarquias fez com que se iniciasse um movimento armado responsável por derrubar o presidente eleito e por impedir a posse do presidente vencedor da eleição presidencial de 1930. Esse movimento, conhecido como Revolução de 1930, levou Getúlio Vargas à presidência do Brasil.

A Era Vargas ficou conhecida pelas seguintes características:

  • Centralização do poder realizada por Vargas;

  • Criação de uma política de massa que buscava aproximar o líder da população por meio de propagandas e de políticas voltadas para os trabalhadores urbanos;

  • Tentativas de industrialização do país.

Na fase final da Era Vargas, também destacaram-se o autoritarismo e a censura.

A Constituição Federal de 1988 é o grande símbolo da redemocratização do Brasil na Nova República.
A Constituição Federal de 1988 é o grande símbolo da redemocratização do Brasil na Nova República.

Ao final da Era Vargas, foi iniciada a primeira experiência diplomática do Brasil: a Quarta República. Esse período ficou conhecido pela intensa vida política e partidária, pela industrialização e pela democratização do país. Uma marca forte da Quarta República foi a participação da população na exigência de que suas necessidades básicas fossem atendidas.

A Quarta República encerrou-se com o Golpe de 1964, o qual levou à deposição de João Goulart da presidência. A Ditadura Militar estendeu-se de 1964 a 1985 e foi um período marcado pelo autoritarismo e pela censura. Nesse período, não havia liberdade de expressão, e a população não participava do processo de escolha dos presidentes brasileiros.

A Ditadura Militar encerrou-se em 1985, quando Tancredo Neves foi eleito presidente. A morte de Tancredo fez com que seu vice, José Sarney, assumisse a presidência do Brasil. Esse período conhecido como Nova República está em vigor até hoje e é pautado na nova democratização do Brasil, que tem como símbolo a Constituição de 1988, conhecida como Constituição Cidadã.

|1| Áreas dos Municípios. Para acessar, clique aqui.
|2| População do Brasil. Para acessar, clique aqui.
|3| População brasileira é formada basicamente de pardos e brancos, afirma IBGE. Para acessar, clique aqui.
|4| FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2013, p. 36.


Por Daniel Neves
Graduado em História

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