Plano de Avenidas Combate Caos Urbano
Debate sobre a criação de um novo plano viário para São Paulo.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
No começo do século passado, entre 1920 e 1940, os paulistanos já enfrentavam muitos problemas que são comuns hoje. Em 1930, a cidade tinha 1 milhão de habitantes. Cenas recorrentes: cheia do Tietê, enchentes, crescimento desordenado e constantes congestionamentos no centro. À época, a mídia já denunciava a situação. Basta consultar os jornais.
Ante essa situação, em 1930, Prestes Maia e João Florence de Ulhôa Cintra, ambos engenheiros, elaboraram o "Estudo de um Plano de Avenidas para a cidade de São Paulo". O projeto viário previa a organização e o desenvolvimento da cidade.
Sem dúvida, São Paulo, é atualmente uma das maiores e mais ricas megalópoles do planeta. Na mesma proporção, os seus desafios e problemas. Por sua vez, o próximo prefeito, vai herdar a desordem que toma ruas e avenidas, ocupação irregular de mananciais e falta de infraestrutura em muitas áreas. O prefeito Gilberto Kassab, de concreto, não fez nada, nesse sentido, para minimizar a situação.
Mediação da sociedade civil e mídia
Está escrito: São Paulo não para. Portanto, o deslocamento no sentido centro à periferia (e vice-versa) pede solução urgente. São inúmeras horas perdidas, dado o excesso de veículos, disputando cada centímetro, nas ruas, no horário de pico. Quando chove a situação se complica mais. A tevê mostra, constantemente, essa realidade. Pessoas ilhadas, carros inundados e marginais alagadas. Essa situação é fruto do descaso e abandono oficial. É violência contra o cidadão comum. Por quê? A cada eleição, para prefeito ou governador, as coisas não se resolvem.
Não se imagina que o próximo gestor não tenha um projeto que aprecie os graves problemas do trânsito paulistano. O morador sabe que transitar, pela cidade, é um grande desafio. Por outro lado, é preciso repensar o papel da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), cujo paradigma deveria ser outro. Exceto nos feriados, por aqui, o que não falta é engarrafamento. Logo, o conceito de mobilidade está comprometido. Não se pode dizer que essa situação incômoda não tem solução. É preciso planejamento urbanístico e arquitetônico, que leve em conta as necessidades dos moradores da cidade.
É por isso que cabe a mídia e organizações da sociedade civil exigir, do próximo gestor, soluções concretas para esses incômodos que causam enormes prejuízos à cidade, bem como, aos cofres públicos. Devemos deixar de lado a apatia e através do dialogo e debate cobrar, das nossas autoridades, mudanças que melhorem a nossa qualidade de vida.
Um novo plano viário
Está claro, portanto, que não se pode negar que o tema é relevante, aliás, é fundamental que a mídia dê sua contribuição neste debate que urge. De que forma? Dar visibilidade ao assunto que é de interesse da sociedade. Isso deve e pode ser feito estimulando os cidadãos a participarem e opinarem nas discussões.
São Paulo, do ponto de vista arquitetônico, antropológico e histórico, portanto, merece um olhar estético mais atento. Ninguém nega que, sem um novo plano viário, o processo de fragmentação, da estrutura social, tende a ser mais crítico e adensado. Isso independe de ser, ou não, no eixo central. (RICARDO SANTOS É JORNALISTA)
Publicado por: RICARDO SANTOS
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