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OS POVOS INDÍGENAS E O BRASIL

Breve análise sobre os povos indígenas no Brasil.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Triste, lamentável, dramático mesmo, como sofrem os índios desde que o Brasil se transformou em foco estrangeiro. Diz o histórico destas terras, que Portugal aqui chegou e aqui colonizou. Outras nações também aqui estiveram e usaram estas terras.  Antes, os índios viviam em harmonia com a mãe natureza. Pescavam, caçavam, produziam, não precisavam de remédios fabricados e nem de médicos. Comiam, dormiam, trabalhavam muito e tinham o necessário para viverem bem, felizes e saudáveis. Era uma casa boa para se viver. Só que a mão estrangeira veio e estas terras sofreram interferências de terceiros.

De acordo com o artigo de Pedro Cesarino, disponível no site “https://pib.socioambiental.org/pt/Po%C3%A9ticas_ind%C3%ADgenas”, com o título “Poéticas indígenas”: “(...) Entre os povos indígenas, é possível aprender cantos com os espíritos dos animais. Aliás, grande parte da cultura dos povos da floresta veio deles. Os Marubo, por exemplo, um povo do Vale do Javari (Amazonas), dizem que seu antepassado Vimi Peiya aprendeu a fazer grandes malocas e cestarias, bem como a caçar com arco e flecha, com o povo que vive nos rios. Tratam-se, a rigor, dos espíritos das sucuris e demais habitantes das águas, que concebem a si mesmos como pessoas. Muitos de nós, ocidentais, vamos às universidades à procura de conhecimento. Na Amazônia, um xamã (ou pajé) pode obter seus cantos dos espíritos das árvores, que são imortais, mais sabidos e belos do que nós, os viventes. Para compreender as narrativas e os cantos indígenas, torna-se então necessário conhecer um pouco mais dos mundos em que eles são criados. Veja a tradução do canto de um xamã marubo, Armando Cherõpapa. O canto pertence ao espírito do gavião preto, que visita o corpo de Armando e canta através dele. É por isso que, na Amazônia, os povos indígenas costumam dizer que os xamãs (ou pajés) "são como um rádio". Eles são os responsáveis por transmitir as falas e cantos dos espíritos dos animais, das árvores e de outros elementos disso que chamamos de "natureza". (...)”

O que antes era uma paz entre seres humanos e o meio ambiente, com a o início das explorações estrangeira estas terras passaram a enfrentar, com se diz nos tempos atuais, uma crise nacional. Sim, pois esta nação era dos índios. Eles eram os donos daqui. É deles o título de posse. E com o tempo, a escritura destas terras, também é deles. Foi um verdadeiro desconforto causado tamanha mudança radical, com a chegada destes estranhos aqui. Os índios sempre foram os verdadeiros guardiões da natureza, do meio ambiente, da vida. Pessoas com uma sabedoria invejável. Uma fé que transcendia os corações e as paredes das igrejas daqueles tempos. Pode-se dizer ou quase afirmar-se, que os índios eram grandes cientistas, uma ciência natural, de vida. Respeitavam a vida com todas as suas forças e temiam muito, além de também respeitar, a morte.

É preciso um aprofundamento pessoal de cada pessoa para o papel do índio no contexto de Brasil, mesmo que nos tempos atuais se possa quase que contar nos dedos o número de grupos que ainda estão vivos. Muitos grupos ainda estão isolados no Brasil. Claro que uma parte dos índios já aderiu ao progresso, ao pós-modernismo e estão até nas faculdades. Índios na política partidária. Índios em esferas dos poderes do Brasil. Índios espalhados pelo Brasil.  Mesmo assim, é preciso ter um enorme respeito ao processo de construção de suas histórias e de suas culturas. História de vida mais valiosa que todas as riquezas materiais do mundo. Cultura que dá inveja aos grandes acadêmicos, cientistas, sábios

De acordo com artigo de Julio Sobral, disponível em “https://www.noticiasustentavel.com.br/artigo-meio-ambiente/”, com o título “A importância da conscientização sobre o meio ambiente”: “Em tempos de crises ambientais, como a que vivemos no Brasil – e talvez boa parte do mundo – é ainda mais importante falar sobre conscientização. Conscientizar massas só é possível quando conseguimos ter uma visão e compreensão do valor do meio ambiente, da natureza e dos animais em nossas vidas. (...)”

O Planeta Terra ficou quase órfão de seus pais, os índios. Tanto carinho, tantos cuidados, tanto respeito, uso apenas do necessário, assim era uma relação profunda do homem e da mulher, índios, no trato com estas terras.

Com o progresso, a pós-modernidade, vem na bagagem, também, para estas terras, hoje Brasil: doenças, mortes desnecessárias, fome, corrupção, furtos, roubos, falta de amor, desrespeito, falta de respeito ao próximo e tantas outras misérias humanas. A ambição, sede de poder, interesses outros, transformaram o Brasil.

Muitos podem até citarem que o progresso é necessário para que a pessoa humana não morra em um canto qualquer como indigente. Entretanto, o progresso pode chegar sem carregar rastos de mortes. O eu, precisa de respeito. O nós, precisa de respeito. O eles, precisa de respeito. O ele, precisa de respeito. Sem respeitos, no plural mesmo, não existe dignidade humana. E vida é respeitar. Se os estranhos que aqui chegaram, tivessem trazido frutos bons, além de frutos amargos, e estes frutos bons fosse exageradamente grande em quantidade, o Brasil seria uma terra melhor, melhor do que se tem hoje.

Mesmo com uma lista de misérias humanas que construíram estas terras em Brasil, este ainda é uma terra abençoada por Deus. Apesar de todos os desafios, limitações, medos e sentimentos afins, aqui é um canto bom para se viver bem, por incrível que parece. Os erros de muitos não pode ser sinal de desânimo, de desesperança. Ainda é possível acertar.

O Brasil de hoje precisa salvar a vida dos índios, pois estará salvando a própria natureza, o próprio meio ambiente. O Planeta Terra precisa do Brasil. A vida precisa do meio ambiente. O índio é o protagonista desta vitória da vida diante de tantas mortes. Algo precisa, urgentemente, ser feito. Não é suficiente apenas o falar. As ações são sinais que precisam acontecer diante da humanidade na defesa da vida no Planeta Terra.

De acordo com o poema de Elias J. Silva, disponível em “https://redehumanizasus.net/poesia-do-indio/”, com o título “Poesia do Índio”: No útero da mata / No eco do verde / No núcleo da vida / Acima da terra o céu avistava / Abaixo do sol luz irradiava / As noites de lua índio admirava //  Índio sorria e na mata nascia / Índio vivia e na terra crescia / Índio corria brincava e dançava / Índio se amava plantava e colhia / Índio caçava pescava e cuidava / Índio cantava era feliz e sabia //  Não se achava dono mas tinha tudo / A ambição não lhe dominava / Honestidade do seu ser brotava / Não explorava e não enganava / Não era hipócrita e também não fingia / Não poluía e amando seguia //  No útero da mata / No eco do verde / No núcleo da vida / Acima da terra o céu avistava / Abaixo do sol luz irradiava / As noites de lua índio admirava //  Mas branco chegou chegando / Pra engabelar nosso povo / Branco foi índio expulsando /
Índio arrancado da terra / Nossas tribos branco exterminando / Branco roubou nossa terra”

 

Autor:   Pedro Paulo Sampaio de Farias

Estudante de Direito; Professor; Especialista em Educação; Especialista em Gestão Pública; Mestrando em Educação; Cristão Romano; Líder Comunitário; Líder de Associação de Professores; Sindicalizado da Educação.


Publicado por: PEDRO PAULO SAMPAIO DE FARIAS

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