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A Ditadura não acabou?

Confira aqui uma reflexão acerca do período da Ditadura Militar em que o Brasil passou.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Minha formação acadêmica inicial foi na área de História e por isso a análise da trajetória da nação brasileira é essencial para que eu possa desenvolver a minha própria atuação como indivíduo participante da sociedade. Como sabemos o Brasil viveu um longo e triste período de 21 anos de ditadura civil-militar. Nesse período defender a democracia e a participação popular é considerado crime e todos os que ousavam lutar pela independência e pela emancipação de nosso povo eram taxados de subversivos. Até hoje se tenta descobrir qual foi o paradeiro de muitos de nossos heróis que se atreveram a lutar contra um regime político que colocava a nação brasileira como um ser subserviente aos desmandos dos grandes capitalistas internacionais.

Realizando uma análise objetiva e honesta do período que se iniciou em 1964 e durou até 1985 podemos perceber que não existem motivos para sentirmos saudades de um momento onde a nossa dívida externa aumentou drasticamente e onde os governos investiam em obras "faraônicas",que em grande parte ficaram inacabadas ou nem saíram do papel. Todavia os atuais defensores do regime civil-militar defendem que nesse período não havia corrupção, confesso que nunca vi uma visão tão desprovida de conhecimento histórico. Primeiramente a mídia estava amordaçada em um contexto de censura e não podia fazer qualquer tipo de denúncia de corrupção envolvendo gestores públicos. Além disso, faço a seguinte referência: "No texto “Falso Moralismo”, publicado na “Revista de História” (2009), a cientista política Heloísa Murgel Starling, diz que não havia medida para coibir os desregramentos, já que a própria ditadura suprimia os limites a quem quer que se colocasse no alto do poder. “Havia privilégios, apropriação privada do que seria o bem público, impunidade e excessos". Assim percebemos que esses governos não eram tão "puros" e ilibados como muitos defendem.         

Tendo em vista estas questões acredito que os defensores da ditadura nada mais fazem do que defender uma visão desprovida de qualquer embasamento teórico e que os discursos raivosos de certos aprendizes de ditadores devem ser desconstruídos do ponto de vista histórico e político. Nós os defensores da democracia não podemos nos furtar do debate e da prática social que vise o aprimoramento dos ideais de humanidade, solidariedade e cidadania. Só o aprimoramento dos valores democráticos podem permitir a construção de uma nova sociedade, por isso: Abaixo os Fascismos, as Ditaduras e os proto-ditadores e as pseudo-democracias! 


Publicado por: Marcelo Noriega Pires

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.