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Do senso crítico a evolução crítica

A mudança na percepção humana das relações existentes no meio espacial, onde o senso crítico desenvolveu um grande currículo histórico embasado,...

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Resumo

O presente artigo relata uma mudança na percepção humana das relações existentes no meio espacial, onde o senso crítico tanto utilizado nas academias em todo mundo, desenvolveu um grande currículo histórico embasado principalmente" nas ideologias políticas encontradas em várias nações do mundo. Primeiramente esse senso critico é manipulado por vários pensadores glorificados no decorrer dos tempos, hoje os pensadores que relatam ter o senso critico, só fazem a analise dos acontecimentos, assim esse toma-se ultrapassado e o indivíduo tende a desenvolver uma evolução critica, colocar em prática suas intervenções através de movimentos sociais e reivindicações de novas perspectivas de qualidade de vida no mundo.

Palavras Chave

Senso crítico, evolução crítica, ideologia política, percepção e social.

Introdução

O senso crítico é entendido através da capacidade de analisar e discutir problemas inteligente e racionalmente, sem aceitar, de forma automática, suas próprias opiniões ou opiniões alheias, esse indivíduo é dotado de senso crítico, onde segundo Carraher (1983), o pensador crítico não é livre de valores e nem pretende ser. Ele valoriza a coerência, a clareza de pensamento, a reflexão e a observação cuidadosa porque deseja compreender melhor a realidade social, sem o que a ação responsável é condenada ao fracasso.

A percepção crítica é um instrumento de analise vinculado a politicidade, pois para se ter uma visão crítica do meio é necessário um embasamento político, destacando a forma de análise espacial encontrada em um determinado momento e relacionada á situações vivenciadas neste momento, fazendo uma reflexão filosófica da situação, pois segundo Soares ( 2002 ) onde enfoca as relações , que Platão faz entre filosofia e política essas desenvolvem uma percepção interligadas onde a analise e a descrição do meio são desenvolvidas.

O senso crítico e fundamentado através dessas analises filosóficas e políticas. Platão admite que não baste, contudo, somente o envolvimento nas questões que caracterizam o cotidiano para se atingir este estágio político, antes é preciso um gradativo processo de aprofundamento, de modo que se veja claramente onde estão assentadas tais questões.

A questão política é fundamentada através de várias ideologias políticas, essas são de suma importância para a compreensão da relação desenvolvida entre todos os acontecimentos metafísicos do espaço ou do meio, onde a analise e os entendimentos das ideologias políticas resultam numa melhor compreensão do fato crítico de o indivíduo admitir um senso crítico, pois no primeiro momento esse senso crítico foi o ideal de analise, sendo que posteriormente é necessária uma reformulação dessa concepção crítica tendo o indivíduo a necessidade de uma participação mais ativa formando assim uma "Evolução Crítica".

Revolucionar a percepção crítica

O senso crítico é objeto de estudo e de várias situações onde se é descrito ou analisado os acontecimentos do meio e esses necessitam de uma percepção política. No decorrer da história mundial, a questão política é desenvolvida através de vários aspectos, esses se fundamentando e enriquecendo cada vez mais, formando assim ideologias políticas vinculadas às situações econômicas, sociais e culturais de um determinado povo. Segundo Marx e Engels (1845), há diversas maneiras de enfocar a questão ideológica, destacando três características principais; a ideologia como falsa consciência; ideologia como reflexo da infra-estrutura econômica; ideologia como parte orgânica e necessária de todas as sociedades.

A ideologia política está vinculada á uma série de fatores que englobam a relação da percepção das articulações sociais, econômicas e em destaque as situações onde se encontra as relações de poder político, essas compreendidas para um pensador crítico. Crespigny e Cronin (1999) relatam que a ideologia política é enfocada e caracterizada por várias ideologias; o conservadorismo, o liberalismo, o socialismo, o democratismo, o totalitarismo, o nacionalismo. Essas ideologias políticas defendem suas linhas de pensamento vinculadas á questão crítica, pois o pensador crítico deve ter uma concepção das ideologias políticas devido ao senso crítico necessitar de um embasamento político.

Um dos percussores e com uma grande participação no contexto político, o Estado se toma palco de várias articulações, sendo objeto de especulações, tendo primeiramente o papel de controlar as classes sociais, em teoria, mas favorecendo certas classes o que proporcionaram no decorrer da história vários conflitos contra o Estado. Fernandes (1989) descreve a visão de Lenin, onde a revolução se distingue precisamente da situação normal dos interesses dos Estados pelo fato de as questões litigiosas da vida pública serem resolvidas diretamente pela luta das classes e por uma luta das massas que vai até o recurso das armas.

Esses conflitos são o necessário para uma mudança na situação de descaso que o Estado neoliberal tem em relação à sociedade, onde a vinculação do Estado com a sociedade e deixada de lado e as políticas econômicas, sociais, culturais e principalmente humanas são de maneira implícita, privatizadas ou globalizadas, com isso o pensador crítico que tem o senso crítico analisa essas questões mais só o indivíduo que exerce uma evolução crítica participa de movimentos de reivindicações para uma possível melhoria. O senso crítico analisa as condições do Estado Neoliberal, e descreve que no envolver da história o Estado deixa de ser social e exerce uma ruptura com a questão do estado-do-bem-estar-social, deixando a classe proletariada numa situação de derrota econômica e política, devido ao Estado após a II Guerra Mundial implantar uma nova disciplina fabril e uma política salarial injusta. Apesar disso o detentor do senso crítico que realiza a analise deixa essa situação só descrita, nesse momento que esse senso crítico se toma ultrapassada, havendo a necessidade de o indivíduo ir à luta através de sua evolução crítica, ou melhor, colocar em prática o senso crítico.

Considerações Finais

No decorrer da história, o senso crítico teve toda uma evolução tanto nos conceitos como na sua característica, descrevendo e analisando situações embasadas nas correlações existentes na meio espacial. Tanto na filosofia quanto na história e principalmente na geografia e sociologia, o senso crítico exerceu um papel fundamental na ampliação de novos horizontes, desenvolvendo no pensador crítico uma percepção necessária para elevar sua capacidade de raciocínio vinculado a sua humanização.

No momento o senso crítico tornasse normal, por indivíduos relatarem e desenvolverem um pensamento crítico, mas esses pensadores contemporâneos críticos estabilizaram o senso crítico, pois admitem ter uma opinião crítica, mas não conseguem colocar em prática uma metodologia de reversão ou intervenção da situação analisada, nesse momento o senso crítico se torna ultrapassado, agora é preciso exercer ou ter uma "evolução crítica". Essa evolução crítica, primeiramente tem as mesmas fundamentações do senso crítico, mas com uma percepção revolucionária, desenvolvendo a analise das relações num todo e colocando em práticas propostas para uma melhoria dessas relações.

O detentor da evolução crítica tem uma necessidade de participar de movimentos sociais, políticos e principalmente através de sua ideologia política, reivindicar, lutar ou até mesmo morrer para uma mudança nos conceitos da sociedade tradicional, através desses empreendimentos sociais e a multiplicação dos detentores da evolução crítica, a revolução acontecerá e as melhorias viram, pois essa situação de degradação total do meio, e descaso social, não pode continuar.

Referências Bibliográficas

CARRAHER, David W. Senso Crítico: do dia-a-dia às ciências humanas. São Paulo: Pioneira Thomsom Leaming, 2003, p.163.

CRESPIGNY, Anthony de, e CRONIN, Jeremy. Ideologias Políticas. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1999, p. 140.

FERNANDES, Florestan. Lenin. São Paulo: Ática, 1989, p. 191.

LA URELL, Asa Cristina. Estado e Políticas Sociais no Neoliberalismo. São Paulo: Cortez, 2002, p. 244.

SOARES, Antônio Jorge. Dialética, Educação e Política: uma releitura de Platão. São Paulo: Cortez, 2002, p. 239.

Rogério Madeira, Geógrafo Especialista em Planejamento e Gestão Sócio-ambiental


Publicado por: Rogério Pereira Madeira

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