Reflexões sobre a feminização do HIV/AIDS: Causas e consequências

O dia 2 de dezembro é considerado o dia mundial da AIDS, este é um dia voltado à prevenção do vírus da imunodeficiência humana (HIV), nos postos de saúde são disponibilizados gratuitamente testes para quem quiser saber se é ou não portador do vírus.

Este teste é muito importante, pois além de prevenir a doença aqueles que a tem e não sabem são encaminhados para realizar o tratamento correto.

A AIDS é uma doença infecto contagiosa que afeta o sistema imunológico de seu portador, que fica mais suscetível a contrair doenças como gripes, resfriados, infecções viróticas com frequência.

O vírus HIV/AIDS é transmitido através do contato com o sangue ou fluidos corporais contaminados e também por meio da inseminação artificial e transplante de órgãos, assim como o uso drogas injetáveis com a seringa compartilhada e relações sexuais desprotegidas. (BRAMBILLA, 2004).

A vontade de ser mãe faz com que algumas mulheres muitas vezes se arrisquem, mantendo relações sexuais sem preservativo para materializar seu desejo pela maternidade, porém é necessário enfatizar que ainda o preservativo é a única forma de se prevenir da contaminação do HIV/ AIDS. (RUBIO, 1997).

A AIDS é uma doença que aflige todas as camadas sociais independentemente de religião, etnia, gênero e condição econômica, porém alguns estudos apontam que a feminização da doença é algo preocupante, neste sentido, faz-se relevante salientar que ser soropositivo não é sentença de morte, pois há tratamentos disponíveis na rede pública de saúde que visam minimizar os efeitos causados pela doença. (RIBEIRO; ANDRADE; BRAGA, 2012; ANDRADE; RIBEIRO, 2013).

Acredita-se que o aumento do caso de HIV/ AIDS entre as mulheres são causados pelo fato meramente social que as consideram como seres submissos, que tem a obrigação de satisfazer os instintos dos maridos e parceiros sem preservarem a própria saúde.

As consequências que a soropositividade trazem as mulheres portadoras da doença são a discriminação e privação social, pois elas sentem-se constrangidas e tem medo de serem interpretadas como mulheres de má índole.

 Essa situação pode acarretar doenças psíquicas como, por exemplo, a depressão. Tal situação piora, visto que, a doença esta inevitavelmente associada à discussão da sexualidade e o medo do surgimento de uma doença transmitida pelo parceiro.

Referências consultadas:

ANDRADE, J.; A.I.M. RIBEIRO. Feminização do HIV/AIDS e suas consequências: Saberes necessários. Colloquium Humanarum, vol. 10, n. Especial, Jul–Dez, 2013, p. 937-944.

BRAMBILLA, A. Diagnóstico econômico do tratamento dos portadores de HIV/AIDS no município de Presidente Prudente/SP. 2004.75f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Ciências Contábeis)- Faculdades Integradas “Antônio Eufrásio de Toledo”, Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas de Presidente Prudente, Presidente Prudente, 2004.

RIBEIRO, A. I. M.; ANDRADE, J. ; BRAGA, K. D. S. As consequências da ausência do Grau de Escolarização nas Soropositivas no município de Presidente Prudente- SP. In: Congresso Internacional de Educação Pesquisa e Gestão, 4., 2012, Ponta Grossa_ PR. Anais ... Ponta Grossa_ PR. 2012.

RUBIO, A.D. 96 respostas sobre AIDS. São Paulo. Scipione, 1997.