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Tipagem Sanguínea: Direta e Reversa

Clique e entenda sobre a Tipagem Sanguínea Direta e Reversa.

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Segundo Liu (2012), a tipagem sanguínea diz respeito à determinação dos grupos sanguíneos, estes caracterizados pela presença ou pela ausência de certos antígenos, em geral, na membrana eritrocitária. As técnicas mais conhecidas para tal processo fazem uso de lâmina, tubo ou, de modo mais recente, das microplacas comerciais. Para isso, é necessário que exista compatibilidade, principalmente em relação aos sistemas ABO e RhD, com o objetivo de evitar alguma reação que resulte na morte do sujeito receptor. Dessa forma, a tipagem é empregada antes de uma transfusão, evitando assim uma reação letal.

A mesma autora expõe que a técnica em tubo é mais vantajosa, não somente por ser mais sensível que a técnica em lâmina, mas também pela possibilidade de incubação por um período relativamente longo, sem secagem do conteúdo que está nos tubos, pela simplicidade de leitura, pela classificação dos resultados e por se tratar de um procedimento mais limpo e higiênico. No entanto, é importante destacar que existem muitos reagentes e que a disponibilidade dos mesmos vem mudando cada vez mais, tendendo a substituição dos tradicionais reagentes policlonais pelos que são mono ou oligoclonais.

A fenotipagem do sistema ABO é formada pelas provas globular ou direta e sérica ou reversa. Na primeira, testa-se uma suspensão eritrocitária do doente com soros comerciais tanto anti-A quanto anti-B, não sendo obrigatório o emprego de soro anti-AB, por conta das reações dos soros de origem humana com o antígeno B que foi adquirido. Na prova sérica, por sua vez, é testado o soro/plasma do doente com eritrócitos A1 e B1, não sendo obrigatório que sejam utilizados os eritrócitos A2 ou O. Ressalta-se que a definição do grupo ABO consiste na concordância entre os resultados destas duas provas. Caso ocorra discrepância, não se pode definir o grupo ABO e tal situação precisa ser esclarecida por estudos. Sendo assim, é fundamental atentar para os reagentes utilizados e para as amostras conhecidas dos grupos sanguíneos, controlando a fenotipagem em cada série de testes ou uma vez por dia, caso sejam usados os mesmos reagentes (INSTITUTO, 2008).

Portanto, a tipagem sanguínea é um procedimento de rotina empregado em serviços de Hemoterapia, assim como os outros exames imunohematológicos que conferem a qualificação do sangue do doador, na busca pela garantia da eficácia terapêutica e na segurança de uma futura doação (LIU, 2012).

REFERÊNCIAS

LIU, I.P. Análise de Resultados da Tipagem Sanguínea Antes e Após a Implantação da Técnica de Semiautomação. 2012, 41 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Biomedicina). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Ciências Básicas da Saúde. Porto Alegre.

INSTITUTO Português do Sangue, IP. Imuno-hematologia: Recomendações. 2. ed. Lisboa (Portugal): Ministério da Saúde, 2008.


Publicado por: Samuel José Amaral de Jesus

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