PROFISSIONAL DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL: UM ATO DE AMOR E CORAGEM DIANTE DE TANTAS MISÉRIAS HUMANAS
Análise sobre o profissional de saúde pública no Brasil.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
A saúde pública brasileira está agonizando. E não é de agora. Já tem uma longa história de via dolorosa. Muitos elogios para uma saúde de qualidade, que deveria ser referencial para o mundo. O que o Brasil fez com o SUS? Míseros investimentos financeiros públicos. Estados, Municípios e o topo Federal, estão perdidos com seus serviços de saúde pública. E quem sofre é o cidadão. Gente nas mesas, em corredores e muitas mortes, até mesmo, como é público e notório divulgado e publicado nos meios de comunicação públicos e na internet. Tantos cidadãos não conseguem nem entrar na sala para os primeiros entendimentos: Não tem vagas. Uma verdadeira miséria humana.
Segundo trabalho acadêmico de Sérgio Carvalho Trindade, disponível no site “https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/handle/11338/546/Dissertacao%20Sergio%20Carvalho%20Trindade.pdf?sequence=1”, com o título “Direito fundamental ao ambiente ecologicamente equilibrado enquanto elemento indispensável da dignidade da pessoa humana”: “(...) O homem, enquanto ser social, independente de concepções de ordem ideológica, deve ter respeitado seu mais nobre direito: a vida. Isso implica uma existência calcada no princípio da dignidade, atributo esse que tem como corolários os postulados da liberdade e da igualdade. (...)”
Os governos são omissos, incompetentes em termos de resolverem o problema das tragédias da saúde púbica em seus entes federados. Alegam tantas coisas para tirarem de si a responsabilidade pública. E existe toda uma legislação criada para salvar a saúde pública do Brasil. E os tribunais do Brasil decidem em favor da saúde pública também. E tanto falta. Tantas mortes. Tantas, como dito, misérias humanas. Não se pode brincar com vidas humanas. A vida é a saúde são dois direitos constitucionais, que muitos desrespeitam. Se é para ter poder público e nada agir em favor do povo brasileiro, melhor não ter.
É por isso que CPIs e outros processos de investigações, além de ajuizamento, são urgentes. O povo precisa ter consciência que o seu voto é uma arma, que tanto pode matá-lo quanto pode trazer vida plena em abundância. O povo também não pode ficar deitado eternamente em um canto: É preciso reagir dentro do que escreve a Constituição da República Federativa do Brasil. Ninguém quer esmolas, migalhas. O povo brasileiro quer dignidade humana e respeito aos seus direitos constitucionais.
Segundo trabalho acadêmico de Nanaxara da Silva Oliveira, disponível no site “https://monografias.brasilescola.uol.com.br/biologia/qualidade-vida-das-populacoes-humanas.htm”, com o título “Qualidade de vida das populações humanas”: “(...) Atualmente tem-se falado muito em sustentabilidade, qualidade de vida, com o intuito de transformar, cuidar e preservar o mundo para as gerações futuras. São feitas muitas propostas onde são apresentadas várias soluções inovadoras em respostas as necessidades de salvar o meio em que vivemos. (...)”
Os prédios da saúde pública, em muitas realidades deste gigantesco Brasil, estão sucateados. O mínimo de conforto é preciso para aqueles cidadãos que trabalham e para os que precisam daquele espaço físico. São tantas verbas públicas que estão sendo pessimamente geridas pelas administrações públicas e os parceiros. Cadê as qualidades dos serviços públicos, no caso concreto o da saúde pública? Não fazer um puxadinho ou caixote para jogar o povo lá dentro: O povo exige respeitos. Uma vida humana vale muito. É inaceitável que em um espaço físico da saúde pública falte tanto e o que tem nem pra lixo serve. É um local de conforto para quem sente dor, para quem está doente, e precisa de cura ou de tratamento ou é um depósito de sucatas, lixo, coisa física velha? Não é pelo motivo de ser público que tem que ser de qualquer jeito.
E os administradores da saúde pública, desde o executivo até os servidores concursados, e os parceiros, precisam ser escolhidos a dedo, dentro de um processo de qualidade, dentro das regras do Estado brasileiro, para diminuir processos de corrupções e afins, prejudicando ainda mais a saúde pública. Muitos espaços da saúde são loteados por afilhados e parentes, e outros, sem compromissos, sem currículo público e notório, sem competências, por isso caminham para uma verdadeira tragédia humana em termos de saúde pública. E possível ser aceito um padeiro, profissional valioso e de grande respeito, com todos os méritos da profissão de padeiro, e ser padeiro é ser um artista que produz alimento para o povo, sendo o único administrador de um Posto de Saúde, apenas por este ser parente, afilhado ou outro, de um parlamentar ou executivo, sem que este tenha o mínimo de qualificação pra tratar com vidas? Está demonstrado que não é fundamental apenas boa vontade, gosto, desejo de ser, ânimo, é preciso um algo além, que transcenda o imediatismo. Mesmo os servidores concursados em concurso público de provas e títulos precisam trabalhar com eficiência, com qualidade, para o povo, na gestão, no serviço da coisa pública.
Cadê os Conselhos, não apenas o da Saúde, que não reagem? Cadê o Ministério Público que ainda não acordou? Cadê a Defensoria Pública que não parte pra cima? Os Tribunais de Contas precisam de uma maior firmeza em seus julgamentos. O parlamento do Brasil aprova com muita facilidade das Contas de gestores públicos e fiscalizam pouco. É fundamental que os órgãos do Estado brasileiro trabalhem mais em defesa de uma saúde pública com qualidade para todos os cidadãos.
Segundo trabalho acadêmico de Cristiane Barbosa, disponível no site “https://cepein.femanet.com.br/BDigital/arqTccs/1111391081.pdf”, com o título “Qualidade de vida e motivação no trabalho”: “(...) Pode-se motivar o trabalhador, criando um ambiente de participação, de integração com superiores, com colegas de trabalho, partindo sempre da compreensão das necessidades dos empregados. A gerência ou o líder mais próximo tem a responsabilidade de criar um ambiente onde às pessoas possam se sentir bem e precisa estar sempre demonstrando que as pessoas têm um papel importante na organização e que outras pessoas contam com elas. Somos conscientes de que o trabalho é vital para o ser humano, devemos torná-lo mais participativo, utilizando potencialidades e talentos. Dar-lhes condições de trabalho adequadas, resultará no aumento da saúde mental e física dos trabalhadores. (...)”
Um protagonista direto da saúde pública neste Brasil com tantas misérias humanas, é o profissional da saúde. Um herói. Um guerreiro. Um sobrevivente das tragédias humanas. Um esquecido dentro dos prédios. Este realmente dá a vida pelo outro. Antigamente o médico era o índio, o curandeiro, a rezadeira, e afins. Hoje temos homens e mulheres que estão ai para atender o povo, até com faculdade. Lamentavelmente, poucos incentivos são oferecidos para estes. Locais de trabalho, muitos, sem qualidade, indigno de se estar em um plantão. Salários ínfimos, que mal dá para trazer comida para dentro de suas casas. Além de tantas humilhações e muitas perseguições. Exercem sua profissão com zelo, cuidados, mesmo tendo no meio algumas aberrações humanas, pessoas humanas que pecam além do compreensível. É preciso respeito ao profissional da saúde. É este quem carrega, em tantas realidades deste Brasil, o hospital nas costas. Assédio moral no local de trabalho, é o que acontece com tantos profissionais da saúde pública dentro do Brasil; falta de material para uso em serviço; proteção para sua segurança pessoal no local de trabalho; e outras misérias humanas, estão presentes em suas realidades de profissionais da saúde pública. Mesmo assim, com tantas limitações, tantos obstáculos, tantos desafios, e afins, este profissional já é um vencedor. Uma homenagem, um sorriso, um elogio, e afins, é necessário para trazer mais paz ao coração, a mente, ao espírito, a alma, da pessoa humana do profissional da saúde. Faltam muitos trabalhadores na saúde pública do Brasil e tantos estão por ai desempregados. Infelizmente, apenas em tempos como a Crise Internacional e Nacional provocada pela Pandemia da COVID-19, é que se percebe que este profissional existe, é de corpo e alma, tem sentimentos, e não é apenas um desenho, um sonho, uma tese, uma lenda, um ser do além, e afins, que precisa ser percebido. É fundamental que esta sociedade reconheça o valor deste homem e desta mulher que dedica sua vida a cuidar, a curar, a tratar, outros seres humanos.
De acordo com artigo de Maria Helena Machado, disponível no site “https://www.abrasco.org.br/site/sem-categoria/maria-helena-machado-publica-artigo-profissionais-de-saude-em-tempos-de-covid-19/46045/”, com o título “Profissionais de saúde em tempos de Covid-19”: “(...) Ser profissional da saúde significa, antes de tudo, ter vocação e missão especiais. A crise sanitária que impõe o novo coronavírus nos incita a reafirmar essa premissa: profissional de saúde é um bem público. (...)”
Uma saúde pública com qualidade é muito mais do que um poema, um pensamento, uma tese: É uma realidade que precisa ser construída, consolidada, ampliada e percebida cada dia.
Autor: Pedro Paulo Sampaio de Farias
Professor; Pedagogo; Especialista em Educação; Especialista em Gestão Pública; Mestrando em Educação; Pós-graduando em Teologia; Pós-graduando em Antropologia; Graduando em Direito; Líder Comunitário; Líder de Associação de Professores; Sindicalizado da Educação; Servidor Público Estadual e Municipal; Atuante em Movimentos Populares e Movimentos Sociais; Cristão Romano.
Publicado por: PEDRO PAULO SAMPAIO DE FARIAS
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