A Importância Da Fisioterapia Na Atuação Com Pacientes Idosos Para Prevenir Quedas
Benefícios da fisioterapia na prevenção de quedas e melhora do equilíbrio em idosos.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Resumo
O envelhecimento é baseado nas alterações estruturais do organismo, tratando-se de um processo progressivo e natural envolvendo mecanismos e a incapacidade de realizar funções. A ocorrência de quedas é considerada um problema de saúde pública, devido à sua alta incidência e devido as consequentes complicações para e saúde e os custos assistenciais que provoca. O objetivo do presente estudo foi destacar quais os benefícios da fisioterapia na prevenção de quedas e melhora do equilíbrio em idosos. Conclui-se que a fisioterapia pode contribuir em idosos na prevenção de quedas, melhorando o equilíbrio, força muscular, funcionalidade, marcha, promovendo bem-estar físico e mental.
Palavras-chave: Fisioterapia. Idosos. Benefícios.
Abstract
Aging is based on structural changes in the organism, being a progressive and natural process involving mechanisms and the inability to perform functions. The occurrence of falls is considered a public health problem, due to its high incidence and due to the consequent complications for health and the care costs it causes. The aim of this study was to highlight the benefits of physiotherapy in preventing falls and improving balance in the elderly. It is concluded that physiotherapy can contribute to the prevention of falls in the elderly, improving balance, muscle strength, functionality, gait, promoting physical and mental well-being.
Keywords: Physiotherapy. Elderly. Benefits.
INTRODUÇÃO
Atualmente o envelhecimento populacional é um fenômeno universal, tanto em países desenvolvidos como em emergentes igual ao Brasil e, para tal, tem recebido uma atenção especial no que diz respeito à políticas que viabilizem não só a possibilidade de as pessoas viverem mais anos, mas que esses sejam de qualidade de vida no que diz respeito aos aspectos biopsicossociais.
A velhice, ou a conhecida terceira idade é uma fase da vida onde a pessoa passa por alterações que levam à redução de força e degeneração do organismo, o que acaba acarretando diversos acidentes, dentre eles, o mais comum, a queda. A fisioterapia nesse sentido possui um papel fundamental nesta etapa, para um envelhecimento ativo, tentando preservar a capacidade funcional do idoso para prevenir os constantes riscos de queda e dar a ele independência e qualidade de vida.
O fisioterapeuta em sua formação tem conhecimentos específicos para a atenção ao idoso, pois tem conhecimento das alterações fisiológicas do envelhecimento nos níveis anatômicos e fisiológicos, ajudando assim, na prevenção e no tratamento, trabalhando o equilíbrio, devolvendo ao paciente a qualidade de vida e a autonomia do mesmo. Cabe então à esses profissionais da área se atentarem para este cenário, cada qual atuando em suas especificidades, e todos colaborando para a melhor condição de vida dos indivíduos idosos, orientando o familiar responsável e o idoso com formas seguras para evitar quedas.
O presente trabalho tem como objetivo fazer uma revisão de literatura sobre os principais meios de prevenir e/ou minimizar riscos de quedas, orientar a família e o idoso sobre o ambiente em que vive; identificar as consequências do idoso devido aos fatores de riscos das quedas e analisar as principais intervenções de quedas das pessoas idosas, pois, tendo o paciente sua capacidade funcional preservada, ele terá uma melhor qualidade de vida.
DESENVOLVIMENTO
Para muitos idosos a velhice está atrelada a algo negativo, visto que demonstram vulnerabilidade e fragilidade, desta forma, permite que sintam-se abandonados e fracos, olhando essa fase como o fim da vida. Já por outro lado, há quem veja essa fase como um ponto positivo, possibilitando maior liberdade e sentimento de dever cumprido. Um dos principais pontos no processo de envelhecimento é a redução da capacidade funcional, equilíbrio, força, propriocepção, flexibilidade, agilidade, e coordenação motora, possuem fatores que atingem claramente alterações neurológicas e musculares. O desequilíbrio entre a produção e a reabsorção óssea favorece o surgimento de osteopenia e osteoporose, desenvolvendo o risco de desqualificação na população idosa.
O processo de envelhecer é algo fisiológico e progressivo que acarreta prejuízos ao organismo gradativamente, deixando-o propício a acometimentos extrínsecos e intrínsecos (SALES et al. 2019).
A prevenção de quedas em qualquer ambiente ou contexto é extremamente desafiante. As pessoas mais idosas, que residem em lares ou instalações de cuidados a idosos, são uma população reconhecida com alto risco de queda, devido a muitos indivíduos terem: déficit nas atividades de vida diárias, disfunções cognitivas e visuais, serem poli medicamentados, sentirem dor, terem incontinência urinária assim como redução dos níveis de força e equilíbrio.
A incidência de quedas no Brasil provoca uma grande preocupação para a saúde pública, devido ser considerada uma das principais causas de lesões e de morte entre os idosos. Esses acidentes podem causar diversos traumas graves em indivíduos com idade avançada, como por exemplo o traumatismo craniano e fratura de quadril, que posteriormente contribuem para o declínio da capacidade funcional, da autonomia, e aumento da mortalidade (MORAES et al, 2017).
Nesse cenário o fisioterapeuta apresenta um papel de extrema importância na prevenção de quedas em idosos por meio de orientação para a realização de atividades físicas, alongamentos, fortalecimento muscular, treino de marcha e equilíbrio, buscando a manutenção ou melhoria da capacidade funcional, redução das incapacidades e limitações. Independente se o programa de exercícios é feito em grupo ou de forma individual, o mesmo promove vários benefícios no controle de quedas.
A realização do fortalecimento muscular no indivíduo idoso pode potencializar o fator determinante para a melhora da independência e da qualidade de vida, além de ser melhor indicador para a prevenção do risco de quedas. O fortalecimento muscular leva a melhora da função do idoso, e quando associado a outros exercícios funcionais leva a ganho de equilíbrio. O fortalecimento pode ser feito com uso de pesos ou faixas elásticas, que darão resistência ao movimento.
A prática regular de exercícios físicos promove melhoras significativas nos aspectos equilíbrio, flexibilidade, funcionalidade e aumento da resistência muscular, reduzindo o risco de quedas e consequentemente quebrando o ciclo de quedas. O tipo de exercício físico mais eficaz na prevenção das quedas nos idosos é o treino de equilíbrio. Mudanças moderadas a elevadas do equilíbrio, após um programa centrado no treino de equilíbrio, conduzem a um significativo efeito protetor na redução de quedas. O exercício físico é mais eficaz se prolongado no tempo e de maior intensidade – maior número de horas e pelo menos duas vezes por semana
Os idosos ficam expostos a vários fatores de risco, principalmente em suas residências. Portanto, é importante a realização de ações que diminuam estes fatores. Ações e adaptações recomendadas são: evitar camas muito altas; usar sapatos apropriados e dispositivos de apoio para marcha (bengala, andador); não encerar pisos; instalar corrimãos nas escadas e rampas; providenciar iluminação adequada para a noite; instalar, no banheiro, vaso sanitário mais alto e barras de apoio próximo ao chuveiro e ao vaso sanitário; os tapetes devem ser antiderrapantes; concertar calçadas e degraus quebrado.
Os acidentes domésticos em idosos devem ser vistos como um acontecimento extremamente importante para aquele indivíduo, pois poderá ter como consequências perda de função, imobilidade e até mesmo levar ao óbito. Os fatores de riscos são diversos e podem levar a lesões, distúrbios psicológicos e diminuição da sua função (SOUZA, 2015).
A queda representa um risco alto para a saúde do idoso, mesmo não sendo uma consequência do envelhecimento, ela sinaliza que há uma fragilidade ou indício de alguma doença aguda presente. Além dos problemas médicos, as quedas apresentam custo social, econômico e psicológico enormes, aumentando a dependência e a institucionalização, sendo uma das principais causas de incapacitação e óbito. É de extrema importância que os profissionais de saúde voltados para a área de geriatria e gerontologia, estudem e conheçam o tema “quedas” nessa população, pois, o tratamento das consequências geradas pelas quedas e a prevenção das mesmas, são ligados a fatores como controle de medicamentos que podem ser fatores de risco; educação em saúde para o idoso e seus familiares; exercícios e atividades físicas como protocolo de tratamento; acessibilidade e orientação e manutenção da capacidade funcional.
As quedas são eventos mórbidos multifatoriais e que podem ocasionar lesões, distúrbios emocionais, declínio funcional e morte. Os principais fatores de risco podem ser identificados de maneira precoce, com vistas à prevenção e redução dos índices de morbidade, mortalidade e custos financeiros (MACIEL, 2010).
O crescente aumento populacional idoso e o aumento considerável da ocorrência de patologias crônico-degenerativas provocam a necessidade da capacitação e reorganização dos serviços de saúde, incluindo uma melhor formação e capacitação de profissionais responsáveis no atendimento destes pacientes. Neste sentido, as quedas em idosos são verdadeiramente uma das maiores preocupações em gerontologia, pela frequência e pelas consequências diretas em relação à qualidade de vida da pessoa idosa. A fisioterapia por meio do treinamento proprioceptivo aumenta os estímulos sensoriais, permitindo melhor equilíbrio postural e funcional, melhorando assim o quadro motor desses pacientes.
O envelhecimento é um processo progressivo, no qual, obtém diversas alterações. Com o avançar da idade cronológica, as pessoas se tornam menos ativas, diminuindo suas capacidades físicas, adquirindo alterações psicológicas. O sentimento de velhice unido a estresse e depressão, desmotivam a pratica de exercícios, facilitando o surgimento das doenças crônicas, as quais contribuem para o processo de envelhecimento (FIGUEIREDO et al., 2011).
A atuação da fisioterapia na realização de exercícios com idosos, visa promover o fortalecimento muscular, treino proprioceptivo que são importantes para restaurar o equilíbrio e marcha dos idosos, devido à isso é importante inserir uma rotina de exercícios semanais na vida do idoso visto que oferece uma maior segurança na realização de suas atividades, melhorando assim o equilíbrio e marcha diminuindo assim, o risco de quedas. Levando esse idosos a um bem-estar físico e mental e melhor execução das atividades ao decorrer do dia.
Com o intuito de prevenir é importante que o fisioterapeuta desenvolva atividades que possam estimular os idosos a ter hábitos saudáveis de vida, como uma alimentação adequada, a prática de atividades físicas, orientações quanto ao domicílio e intervenha na organização do ambiente com a finalidade de reduzir riscos de quedas (SANTOS et al, 2015).
O fisioterapeuta possui um papel fundamental na prevenção de quedas em idosos, visando a manutenção ou melhoria da capacidade funcional, reduzindo as incapacidades e limitações, proporcionando então uma maior independência através de orientações quanto a realização de atividades físicas, fortalecimento muscular, treino de marcha, equilíbrio e alongamentos. Com o crescimento do campo de atuação do fisioterapeuta, além de atuar na reabilitação ele também atua na prevenção de doenças de forma individual ou coletiva.
Segundo Santos (2020) a fisioterapia geriátrica tem como objetivo a reinserção social, no âmbito preventivo e curativo. Dentro da equipe multidisciplinar promovendo a manutenção da capacidade funcional, garantindo conforto e autoestima. Através de orientações, atividades lúdicas, trabalhando o equilíbrio, fortalecimento muscular, cognição e treino das atividades de vida diária.
A queda pode ser considerada um fenômeno de grande importância na vida do idoso, uma vez que pode representar incapacidade, perda da função, síndrome da imobilidade e até mesmo a morte. Em uma queda estão envolvidas qualidades físicas como equilíbrio, força e mobilidade articular que influem na marcha, no sistema sensorial e comprometem o sistema musculoesquelético.
As quedas na população idosa são frequentes e determinam complicações que alteram negativamente a Q.V. dessas pessoas. Sua ocorrência pode ser evitada com medidas preventivas adequadas, identificando causas e desenvolvendo métodos para reduzir sua ocorrência. Saber o local onde ocorreu a queda é importante para identificar fatores ambientais causadores da mesma e valorizar este evento, uma vez que a morte pode ser uma de suas consequências (RIBEIRO et al., 2008).
Incontáveis são as barreiras que os idosos precisa enfrentar no cotidiano das cidades brasileiras. São calçadas esburacadas com piso irregular, com bloqueios físicos, ou falta de calçamento, edifícios sem rampa de acesso para pedestres, escadas ou saídas de elevadores mal regulados, ambientes comprometidos também por uma iluminação deficiente, ausência de corrimão ou mesmo devido ao espaçamento e a inclinação entre os degraus.
As principais alterações biológicas que o envelhecimento pode causar são: maior rigidez das cartilagens, dos tendões e dos ligamentos, diminuição da massa muscular, perda ou redução da força muscular, do equilíbrio, da mobilidade articular, da agilidade da coordenação motora, e das funções hepáticas e renais. Além disso, podem ocorrer diminuição de quantidade de água, da altura, aumento do peso e da gordura, maior trabalho ventilatório ao esforço, redução do número e tamanho dos neurônios, redução da capacidade termorreguladora e queda do tempo de reação e da condução nervosa. O processo de envelhecimento resulta também a perda de densidade óssea, que pode levar à osteoporose, principal preocupação em relação aos aspectos esqueléticos no idoso (FREITAS, 2002; DELIBERATO, 2002).
Os problemas devido ao ambiente físico inadequado são geralmente causados por eventos ocasionais que trazem riscos aos idosos. Quanto maior for o grau de vulnerabilidade e instabilidade do mesmo, eles se tornarão mais graves, especialmente àquele que já apresenta alguma deficiência de equilíbrio e marcha. Frequentemente os idosos não caem por realizar atividades perigosas e sim em atividades rotineiras.
Cabe ressaltar que a queda é um evento real na vida dos idosos e traz a eles consequências físicas, psicológicas e sociais muitas vezes irreparáveis. Com isso, a abordagem após o evento deve incluir uma avaliação ampla e integral, onde seja realizada pelo profissional responsável uma anamnese bem detalhada e direcionada às causas da queda, garantindo a ele uma melhor qualidade de vida, autonomia e independência.
As quedas em idosos necessitam de intervenções em uma perspectiva multiprofissional, pois exigem novas estratégias para sua prevenção. É imperativo aos profissionais de saúde e serviços de saúde a prestação de cuidados à pessoa idosa, no que tange à avaliação do risco de queda e posterior aplicação das medidas eficazes de prevenção.
O âmbito de atividade da fisioterapia vem crescendo cada vez mais com o passar dos anos e acompanhado o envelhecimento populacional, uma vez que a fisioterapia apresenta um papel importante no que diz respeito à atenção básica, através de prevenção de quedas, prevenção de doenças e promoção de saúde individual e coletiva, ademais atuando na reabilitação e orientações domiciliares.
A fisioterapia preventiva na terceira idade, atua com o propósito de promover e manter a saúde, trabalhando para reduzir o efeito fisiológico das alterações funcionais, adquirida no decorrer do processo de envelhecimento, e fatores favoráveis à doenças e risco de queda.
O fisioterapeuta exerce um papel fundamental na prevenção das quedas de idosos. O profissional busca a manutenção e a melhoria da capacidade funcional e minimiza as suas incapacidades e limitações, através da realização de atividades físicas como: fortalecimento muscular, treino de marcha, equilíbrio e alongamentos. Atua também na reabilitação, onde possui um papel primordial na prevenção de forma individual ou coletiva (LEIVA CARO, 2015).
O profissional fisioterapeuta é visto como um reabilitador, sendo que um de seus principais objetivos é a prevenção e a promoção da saúde, a atuação fisioterapêutica é de extrema importância na reabilitação funcional dessas pessoas, trabalhando a prevenção de quedas e a reabilitação de atividades funcionais, embasada em conhecimentos científicos e práticos. Para evitar as quedas, é necessário promover a prática da atividade física.
É muito importante que o fisioterapeuta enxergue de forma ampla todos os aspectos que envolvam o dia a dia do idoso, e, a partir disso, desenvolva atividades que os estimulem a ter hábitos mais saudáveis, como uma alimentação adequada, praticar atividades físicas, orientar exercícios à domicílio e intervir na organização do ambiente, a fim de reduzir riscos de quedas.
A fisioterapia, possibilita o desenvolvimento de planos de exercícios detalhados que podem trazer benefícios ao indivíduo frágil, como: aperfeiçoamento da marcha, elevação da densidade mineral óssea, desenvolvimento da capacidade aeróbica, melhora na força e flexibilidade, além de trazer benefícios psicossociais. Esses aspectos influenciam diretamente no equilíbrio, marcha e propriocepção e consequentemente minimizam os riscos das quedas e suas consequências (SOUZA, 2015).
Cabe salientar que o profissional fisioterapeuta encontra um diversificado público de idosos nos serviços de saúde, desde aqueles que necessitam de assistência total até aqueles que são totalmente independentes, porém necessitam de tratamento em grupo ou ambulatorial. Assim, a fisioterapia deve modificar a visão, exclusivamente estabelecida para a recuperação e reabilitação, e explorar, definitivamente, em atividades voltadas a Atenção Primária a Saúde, a promoção da saúde e prevenção de complicações nessa população.
A independência do idoso para a execução das atividades do cotidiano, com a finalidade de minimizar as consequências fisiológicas e patológicas do envelhecimento, garantindo a melhoria da mobilidade e contribuindo para uma qualidade de vida satisfatória devem ser os pontos principais de ações interventivas de promoção da saúde.
O fisioterapeuta está apto a avaliar, tratar e prevenir distúrbios cardiovasculares, respiratórios, neurológicos e musculoesqueléticos que possam interferir e provocar limitações à funcionalidade do organismo, com fins de promover a independência funcional, reduzindo o risco de quedas e contribuindo, assim, com a melhora da autoestima do idoso. A fisioterapia preventiva é extremamente relevante para o bem-estar do idoso, pois, cabe ao fisioterapeuta atuar na preservação das funções motoras do idoso com o objetivo de adiar e/ou minimizar possíveis patologias peculiares do envelhecimento
MÉTODOS
O presente estudo trata-se de uma revisão narrativa da literatura. Este tipo de revisão são publicações apropriadas para descrever, bem como, discutir o desenvolvimento de um determinado tema, sob o ponto de vista teórico. São análises de livros e artigos científicos, impressos ou digitais, na interpretação crítica do autor. As revisões narrativas permitem ao leitor atualizar seus conhecimentos sobre um assunto específico em um espaço de tempo menor.
RESULTADOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS
O envelhecimento, que inevitavelmente acomete o indivíduo com o passar dos anos, interfere nos seus diversos aparelhos e sistemas orgânicos. Alterações funcionais dele decorrentes produzem diferentes consequências para o idoso, como por exemplo, distúrbios na marcha. A marcha é resultante da interação dos sistemas neurológico, musculoesquelético, vestibular e somato-sensorial. As quedas na população idosa são frequentes e determinam complicações múltiplas que afetam negativamente a qualidade de vida dessas pessoas.
A queda pode ser considerada como um marcador do início de um importante declínio de determinada função ou um sintoma de uma patologia nova. A conceituação de quedas pode ser entendida como uma insuficiência súbita do controle postural, uma falta de capacidade para corrigir o deslocamento do corpo, durante seu movimento no espaço; uma mudança de posição inesperada, não intencional, que faz com que o indivíduo permaneça em um nível inferior; bem como um deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior em relação à posição inicial.
CONCLUSÃO
O crescente aumento da população idosa em todo o mundo mais especificamente no Brasil é um dos desafios políticos, econômicos e sociais diante das novas demandas dessa faixa populacional. Devido à isso, faz-se necessário modificar os ambientes domésticos de maneira a minimizar os perigos, além da necessidade de promover a saúde, prevenir doenças e incapacidades do idoso com o objetivo de diminuir os riscos que possam propiciar as quedas.
A incapacidade funcional pode gerar um aumento na demanda de cuidado no qual requer do profissional que presta assistência ao idoso, maior capacitação e preparo para atuar na promoção da saúde, prevenção e reabilitação das doenças crônicas degenerativas, da mesma forma que aponta para a necessidade de se formular e estruturar ações de ordem preventiva para aspectos sociais, cognitivos e físicos.
O envelhecimento é um fenômeno constante e natural que traz consigo inúmeras alterações fisiológicas que levam ao declínio da capacidade funcional do indivíduo, podendo deixá-lo suscetível a episódios indesejáveis como as quedas. A população idosa aumentou largamente em todo o mundo nas últimas décadas e, com ela, cresceram também seus problemas de saúde, como as doenças crônicas e os problemas relacionados com as quedas, tornando-se ainda mais necessária a tomada de medidas de cuidados à saúde do idoso, sobretudo em direção às formas preventivas de doenças crônicas e de eventos limitantes à capacidade funcional e/ou que prejudiquem o bem-estar do idoso.
REFERÊNCIAS
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RIBEIRO, A. P. et al. A influência das quedas na qualidade de vida de idosos. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 13, n. 4, p. 1265-1273. Ago. 2008.
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SANTOS.K.R. Fisioterapeuta e a saúde do idoso na atenção básica. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 07, Vol. 01, pp. 153-160. Julho de 2020.
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SOUZA, William Cordeiro de et al. EXERCÍCIO FÍSICO NA PROMOÇÃO DA SAÚDE NA TERCEIRA IDADE. Revista SaÚde & Meio Ambiente, Santa Catarina, v. 4, n. 11, p.55-65, jan./jun. 2015. Disponível em: https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/8682/3/21136100.pdf. Acesso em 12 Abril 2023.
Publicado por: Tainá Aparecida Techio
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