O filho pródigo da atualidade
Educação, valores, computadores, motivação, filhos pródigos.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Estamos vivendo uma época muito interessante, cheia de controvérsias. Não podemos mais educar nossos filhos como nossos pais. Isso é ultrapassado. Os valores mudaram. Nós é que não mudamos. Continuamos nos mesmos erros, fazendo as mesmas artes porém com tecnologia avançada. Eu fugia da escola e ia brincar na rede de esgoto (que só foi ligada anos e anos depois) hoje as crianças fogem da escola também, para brincar nos computadores.
Isso pode ser saudável se feito sem a intenção de nunca ir à escola. O que mudou na nossa geração para a atual (nós da faixa dos 30 e poucos) que temos filhos adolescentes e crianças é a motivação. Íamos brincar nas valetas e soltar papagaios por diversão, não tínhamos a intenção de prejudicar, desobedecer para mostrar poder, não tínhamos um coração ruim, cheio de maldade.
Eu observava os garotos da rua onde morei durante 30 anos brincando, as meninas não podem brincar com eles, pois eles cometem atrocidades com elas. São maus, um caráter duvidoso, abusam até fisicamente delas. E eu brinquei tanto com meninos que até camisa trocávamos no pique esconde para sermos confundidos.
Nesta observação fiquei sabendo até de estupro de garotos de 12 anos com as meninas ainda mais novas. Minha cabeça girou. Sabe o que realmente mudou pensei. A educação. Minha mãe ou pai só olhava para nós e abaixávamos a cabeça e corríamos para casa, sabendo que íamos apanhar pelo erro cometido. Tínhamos uma consciência de erro e acerto desde muito cedo. Não víamos desenho animado por causa da vida animada que tínhamos na vizinhança. Dormíamos cedo para acordar cedo e aproveitar a vida ao máximo.
A droga não fazia parte do nosso roteiro de brincadeiras, nem sabíamos o que era isso. Nossa cabeça era livre, livre para correr, sorrir, irmos à casa um do outro, e o melhor, nem portão tínhamos. Víamos tudo que ocorria lá fora, sem terror.
Precisamos voltar à educação tradicional, claro com moderação em alguns atos, eu nuca morri por apanhar da minha mãe, e sinceramente, agradeço pelas coças que tomei, me fizeram ver o mundo bem mais educadamente e bem mais claro.
Precisamos olhar para nossos filhos e eles saberem o que queremos, não nos responder como se mandasse em nós e não ao contrário. Saber que limites não é imposto pela escola ou amigos e sim por nós pais. Hoje com o consumismo a nossa porta cada vez mais violento precisamos sair e ir ao trabalho, só que isso não altera a minha postura de mãe. O tempo em casa é de correção e amor. Nada de dar tudo só porque estou fora muito tempo do dia.
A hora de dormir sou eu quem defino e não ele grudado a TV. Esses são a geração dos filhos pródigos (esbanjador, dissipador) não tem responsabilidade com quase nada. Acham que tudo é fácil, trabalham tarde e aprendem o que não deve muito cedo.
Tem um conselho que guardo sempre no meu coração “ensina o teu filho no caminho que deve andar, e quando for velho não se desviará dele.” (Provérbios 22:6). Pode até errar o caminho, mas jamais se esquecerá. Somos responsáveis por esta geração sem limite e desordenada que está circulando pelo mundo. Nós os fizemos assim. Precisamos mudar nosso conceito rápido antes que não tenha mais tempo. Outro conselho “O que semear a perversidade segará males; e com a vara da sua própria indignação será extinto.(22:16)
Filhos obedeçam a vossos pais para que seus dias na terra sejam prolongados, ou seja, para que você não morra cedo no crime, nas drogas e em más companhias. Pais usem a vara, pois o coração da criança e cheio de estultícia (tolice).
Precisamos rever nossas famílias, nossos conceitos de liberdade e voltarmos para casa como o filho pródigo que a Bíblia cita. Deixou a casa do pai, foi curtir a vida com amigos de farra, gastou tudo e descobriu que somente com a família ele conseguiria a verdadeira razão da vida e o sentido de viver. (Lucas 15:11-31)
Cristo Jesus está de braços abertos nos esperando retornar a razão da vida, uma vida de qualidade, com alegria. Termos o prazer de sermos mães e pais e não ficarmos desesperados a cada morte do bairro ou da cidade. Precisamos de paz e ela começa é na nossa casa e se estende ao mundo. O governo nunca nos dará paz e alegria, mas Cristo sim. Somente Ele é a resposta.
Até a próxima...
Silvia Letícia Carrijo de Azevedo Sá
Bacharel em Teologia
leticiacarrijo@oi.com.br
Publicado por: silvia leticia carrijo de azevedo sá
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