Whatsapp

Lições de vida que aprendemos à medida em que andamos com Deus

Lições de vida que aprendemos à medida em que andamos com Deus, Não temos idéia do nosso verdadeiro potencial, O Jogador tinha os olhos vendados, impedindo-o de ver o quanto já havia percorrido, Quando estamos exaustos, aí sim precisamos confiar na direçã

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Recentemente, assisti a um filme que recomendo, “Desafiando Gigantes”. Ele tem como enredo principal os problemas profissionais e familiares enfrentados por um cristão - que é treinador de futebol americano - e a forma como Deus o capacita a superá-los.
 
Dentre as cenas que considerei mais marcantes, destaco uma em que que o capitão do time de futebol, desanimado com uma série de derrotas seguidas, é desafiado pelo treinador a percorrer aproximadamente 50 metros do campo, tocando apenas as mãos e os pés no solo, com um outro jogador, que supunha-se ter 63 kg, nas costas. Além disso, o rapaz teria que fazer esse percurso com os olhos vendados, ficando incapacitado de saber o quanto já havia percorrido.
 
Acreditando ser essa uma tarefa que estava apto a realizar, iniciou o desafio com muita motivação interna, queria mostrar ao grupo que era capaz de fazer aquilo. Entretanto, o peso do amigo e o esforço que fazia para não encostar os joelhos no chão começaram a tornar-se dolorosos para ele à medida em que percorria os primeiros metros. Em sua mente, ele ainda precisava alcançar o alvo dos 50; e sua força interior o impulsinava a isso. Como não podia ver o quanto percorrera, uma batalha psicológica interna começou a ser travada; ele acreditava que poderia chegar na distância estabelecida, mas seu corpo estava dizendo o contrário.
 
Sinalizando cansaço, seus músculos começaram a “queimar”de dor, e sua mente entendia que era hora de parar. Em contrapartida aos fatores internos, seu treinador, que caminhava ao seu lado o tempo inteiro, insistia repetindo: “você vai conseguir”... “só mais alguns passos”... “vamos lá”... “mostre do que você é capaz”...
 
A cena representa um momento decisivo para ambos, algo está sendo construído no caráter daquele jogador e o treinador sabe disso. O rapaz continua sem saber o quanto já percorreu. Tudo o que ele sabe é que está doendo muito e que a lógica o impulsina a parar. O restante do time, que assistia a tudo de forma desinteressada, põe-se de pé ao perceber o que está acontecendo.
 
O rapaz implora “está queimando”, o treinador responde “Eu sei que está queimando, mas falta pouco”, ele grita “está doendo”, e ouve de forma encorajadora “eu sei que está doendo, mas você é capaz de suportar, a sua maior batalha agora é psicológica”. Exausto, sem forças, desanimado, o rapaz desaba no solo... não dá mais... triste, ele pergunta ao treinador: “consegui ao menos percorrer os 50 metros?”.
 
Nessa hora, a sua venda é retirada; o restante do time o contempla; o treinador sorri dizendo: “olhe o quanto você andou; você atravessou todo o campo; você percorreu quase 100 metros com 63 kg nas costas... então, nunca mais me diga que você não é capaz”. Ouvindo o comentário, o jogador que fora carregado completa: “treinador, eu peso 73 kg”.
 
Podemos aprender muitas lições nessa cena de poucos minutos, mas queria deter-me em apenas 4 delas:
 
1 - Não temos idéia do nosso verdadeiro potencial... a verdade é que nós podemos fazer muito mais do que acreditamos poder. Embora conheçamos boa parte do nosso verdadeiro potencial, só Deus o conhece por completo e só quando caminhamos ao Seu lado podemos descobrir isso.
 
Se o treinador tivesse, incialmente, desafiado o jogador a percorrer os 100 metros, com certeza ele nem teria iniciado a prova; poderia ter chamado o treinador de louco e, muito provavelmente, sairia dali ofendido e magoado. No entanto, o jovem percorreu os 100 metros, indo muito mais além do que imaginava e realizando um trajeto que ele mesmo não se julgava capaz de realizar.
 
Deus muitas vezes age da mesma forma conosco... a Bíblia está cheia de exemplos disso: José, Moisés, Gideão, Davi, Paulo, etc... eles são exemplos de pessoas que andaram 100 metros com Deus, crendo que estavam percorrendo uma jornada de apenas 50.
 
Deus conhece nosso potencial, Ele sabe o que somos capazes de realizar quando confiamos totalmente nEle e obedecemos ao Seu direcionamento. E, como um treinador prudente, nos ensinará isso através dos anos e das experiências que nos permite vivenciar. Da mesma forma como Ele não avisou a Gideão que enviaria apenas 300 homens para a batalha contra os midianitas, quando o convidou a liderar o exército, Ele também não nos alerta sobre todos as dificuldades do percurso antes de largarmos.
 
Creio que por saber que muitos diriam “não” se pelo menos imaginassem o quão íngrime o caminho proposto realmente é, Deus simplesmente nos convida para percorrer o trajeto e se propõe a estar ao nosso lado durante todo o percurso... Ele sabe do que somos capazes de fazer quando confiamos plenamente nEle... E Ele também sabe o quanto teremos crescido ao chegarmos ao alto de cada colina e descobrirmos que, por causa dEle, atravessamos muito mais dificuldades do que acreditávamos ser possível.
 
 
2 - O Jogador tinha os olhos vendados, impedindo-o de ver o quanto já havia percorrido... quando sabemos com clareza onde se encontra o marco final, planejamos a melhor estratégia, reunimos as nossas forças, geramos um impulso interno, saltamos as barreiras iniciais, atravessamos as dificuldades emocionais e fixando nossos olhos no ponto de chegada, iniciamos a prova.
 
Pode até ser complicado, mas chegaremos lá e, quando isso acontecer, sentiremos o alívio do dever cumprido... mesmo que tenhamos forças de sobra para ir além do marco estabelecido, estaremos tão felizes por termos feito o que consideramos ser o nosso melhor, que pararemos ao atingirmos o ponto que nossos olhos fixaram.
 
Não precisamos de muito apoio externo para esse tipo de corrida, porque sabemos o quanto andamos e o quanto falta a cada passo dado... nossa motivação interna é quem nos impulsina a continuarmos.
 
No entanto, imaginem-se realizando o mesmo trajeto vendados. O que muda quando não conseguimos fixar nossos olhos no ponto de chegada? Simplesmente, não temos a mínima idéia de onde ele se encontra. Como da primeira vez, vamos planejar a estratégia, calcular os ríscos, reunir nossas forças, gerar um impulso interno e dar a largada... mas, como estamos impossibilitados de saber o quanto do trajeto já percorremos e o quanto ainda nos resta, necessitamos de apoio externo, principalmente quando todas as nossas motivações internas se esgotarem.
 
É nessa hora que as palavras de ânimo do nosso Treinador farão diferença para que alcancemos os objetivos traçados. Mesmo que nos sintamos vendados pelas circunstâncias, continuamos confiando na direção que Ele nos dá por sabermos que Ele nos conhece e que os Seus olhos estão fixos no alvo que foi estabelecido para nós.
 
Para nós, continuar andando quando tudo nos parece escuridão, significa confiar plenamente em nosso Treinador, Deus. Significa depender de Sua direção e da força motivacional externa gerada por Ele. É concordar que podemos retirar os olhos do objetivo final quando mantemos os ouvidos e o coração bem abertos a liderança dAquele que nos conhece e nos faz andar em segurança. É sentir a necessidade de seguí-lO de perto. É confiar ao ponto de continuar dando passos quando Ele disser que ainda temos forças e que só faltam alguns metros. É não superestimarmos nossos sentimentos, mas entregarmos todos eles Àquele que os conhece melhor do que nós mesmos. É crer que nunca estaremos correndo sozinhos.
 
3 - O treinador sabia que estava doendo, mas também entendia as mudanças que o sofrimento estava gerando no coração do jogador... Algumas vezes, já me senti como aquele rapaz. Exausto, desanimado, sem forças, dolorido, clamando para que o percurso acabasse logo ou gritando para que o meu treinador permitisse que eu parasse alí mesmo.
 
Somente com a ajuda do meu Treinador pude completar cada uma das corridas que me foram propostas até hoje; confesso que essas foram as situações em que mais cresci como cristão e como pessoa. Quanto mais complicado o trajeto que tinha pela frente, mais sabia o quanto Deus modelaria meu caráter. Quanto mais implorava pelo alto da colina em uma subida íngrime, mais me conscientizava que chegaria ao topo de forma diferente e que aquele percurso era apenas uma preparação para um outro maior que estava por vir.
 
Deus sempre sabe quando e o quanto está doendo, Ele entende que as vezes chega a queimar de dor. Da mesma forma como Ele ouviu e reconheceu cada um dos motivos de lamentação de Jó, Ele ouve e reconhece nossas confissões de cansaço e desânimo. Por nos conhecer tão bem, Ele percebe a hora exata em que nossas motivações internas param, quando só a nossa confiança em Seu apoio e em Sua direção nos capacitam a darmos o próximo passo.
 
Pensamos que algumas subidas nunca chegarão ao fim. Muitas vezes, depois de corrermos em uma curva, tudo o que conseguimos ver é uma outra curva bem mais distante. Isso, por si só, já é suficiente para perdemos o ânimo e reavaliarmos se ainda vale a pena transpormos as dores e o cansaço emocional e continuarmos inabaláveis na direção que estamos seguindo.
 
Nossa esperança nos momentos de desilusão na jornada é a certeza de que Deus sabe que nós precisamos correr cada um dos kilometros que Ele nos convida a trilhar, subir cada colina que aparecer a nossa frente, atravessar cada pântano e cruzar cada deserto para que muitas coisas dentro de nós sejam transformadas por Ele. Com isso em mente, continuamos a dar os passos que nos capacitam a transpormos as dificuldades dessa vida, hora largos, hora cambaliantes, mas, sempre ouvindo Sua doce voz a nos guiar, dizendo “sei que está doendo, sei o quanto está queimando, mas tenha bom ânimo, falta só um pouco para chegar ao final desse percurso”.
 
4 - Quando estamos exaustos, aí sim precisamos confiar na direção do Treinador... por último, quero encorajar a todos que estão cansados, nesse exato momento, em alguma parte do percurso de sua vida, a continuar crendo que nosso Treinador sabe para onde está nos levando.
 
Quando, em alguma situação da nossa vida, nossas forças físicas e psicológicas se esvairem, a decisão mais sábia que podemos tomar é a de continuar ouvindo as palavras encorajadoras dAquele que conhece o nosso verdadeiro potencial e que nos convidou a darmos o primeiro passo, o nosso Deus.
 
Ainda que venhamos a nos encontrar na mais completa escuridão, sem nenhum ânimo interno para continuar seguindo em frente, sem nenhuma perspectiva sobre o quanto já trilhamos ou o quanto ainda falta para encontrarmos, finalmente, o lugar de descanso... ainda que uma voz grite insistentemente dentro de nós, em alto e bom som, que é hora de desistirmos... ainda que a nossa mente não encontre nenhuma razão lógica para prosseguir ... ainda que nossos companheiros de equipe e até mesmo os amigos mais chegados duvidem de nossa capacidade de subirmos até o ponto mais alto da colina, onde contemplaremos o crescimento gerado pelo desafio.. ainda que nossos líderes digam que não somos as pessoas certas para realizar algo tão grande... ainda que desencorajados, perseguidos, humilhados, desmotivados, caluniados e não compreendidos... ainda que abandonados por todos no meio do percurso... nosso Treinador não desiste de nós, Ele continua andando ao nosso lado e dizendo “vamos, só mais um pouco, eu sei que você pode”.
 
Deus está conosco em cada passo que damos, desde o momento em que decidimos obedecê-lO sem reservas. “E certamente estou convosco todos os dias, até a consumação do século” Mt 28.20... “NUNCA te deixarei, NEM te desampararei...” Hb 13.5... nunca desista de continuar tentando, nunca pare de ouvir a voz do nosso Treinador, nunca confie apenas no que você conhece sobre sua capacidade, tudo vale a pena quando Deus está nos dizendo “só mais um pouco”.

Publicado por: Cleiton Fiuza

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.