Ensina a criança
Ensina a criança no caminho, o registro bíblico, Como ensinar?, Jesus era mestre por excelência, a infelicidade do homem, é decorrente do fato dele ter sido primeiro uma criança, “por que é preciso fazer assim? É conveniente para quem? O que acontece se eO texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
ENSINA A CRIANÇA NO CAMINHO
Carlos Roberto Ribeiro
“Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela” (Pv 22.6).
Este registro bíblico nos desafia a refletir sobre como se dá o ensino da criança e do adolescente. Pois, ensinar é mais do transmitir conhecimento, é exercer a pedagogia no sentido amplo da palavra. A palavra Pedagogia tem origem na Grécia antiga, paidós (criança) e agogé (condução). O pedagogo era o escravo que conduzia as crianças. Atualmente, denomina-se pedagogo o profissional cuja formação é a Pedagogia, que no Brasil é uma graduação da categoria Licenciatura.
Como ensinar? Como condutores devemos saber que nossa maior senão única fonte de autoridade para ensinar, é o exemplo. Por isso Provérbios 22.6 diz: “ Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”. (o grifo é meu). Confira que o texto não diz “o caminho” mas sim “no caminho”, mostrando a necessidade do educador, ser o exemplo. Jesus, que era mestre por excelência, após ter lavado os pés dos discípulos (aprendizes), disse: “Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz” (Jo 13.15).
Descartes disse que a infelicidade do homem, é decorrente do fato dele ter sido primeiro uma criança.
A criança vem à um mundo que ela não ajudou a criar e que está estabelecido de tal forma que não lhe resta nada a fazer a não ser se submeter ao que está posto. A impressão que a criança tem é que as palavras, os costumes, os valores, fazem parte do mundo dos adultos onde ela só tem duas funções: respeitar e obedecer. Em sua imaginação cria expectativas sobre os adultos os quais ela vê como seres superiores, verdadeiras divindades, e então procurá imitá-los.
Ainda na infância surge o questionamento do “por que é preciso fazer assim? É conveniente para quem? O que acontece se eu agir de outro jeito?
Quando chega a adolescência, percebe as contradições, que adultos opõem-se uns aos outros, suas hesitações, suas fraquezas. Agora os homens não parecem mais como deuses, descobre que as realidades que o cercam: a linguagem, os costumes, a moral, os valores, têm sua fonte nessas criaturas incertas. Sofre o impacto de uma nova percepção, onde seus castelos, que foram sendo construidos durante os anos da infância, começam a ruir. Sente o tremor das bases destas construções e todo seu mundo se põe a vacilar.
Contraditoriamente o adolescente é chamado a fazer parte deste universo que acaba de ser desmitificado diante de seus olhos, universo com o qual está decepcionado. Agora descobre que suas ações têm o mesmo peso, a mesma consequência que as ações dos adultos. É obrigado a enfrentar um desafio novo, escolher, decidir.
Antes mesmo de se refazer do impacto que tem, ao descobrir o mundo dos adultos, o adolescente sofre o choque de ter que assumir sua subjetividade. Aí reside a maior dificuldade em viver esse momento de sua história.
Agora há uma confusão, uma mistura de decepção, liberdade e responsabilidade. Agora entende que o mundo não é mais completamente feito, mas a fazer, sente-se livre e ao mesmo tempo abandonado.
O que fazer? Quando percebemos que a história da pessoa depende de sua infância, compreendemos que a adolescência surge como o momento da escolha moral, onde a liberdade se revela e é preciso decidir que atitude tomar diante dela.
Por isso é importante atentar para a prioridade a ser dada à criança, prioridade que Jesus reconheceu e determinou que fosse observada: “deixem que as crianças venham a mim e não as impeçam, pois delas é o Reino de Deus.” (Lucas 18.16)
Publicado por: Carlos Roberto Ribeiro
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