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Liberdade de expressão com responsabilidade

Confira aqui um paralelo sobre responsabilidade e liberdade de expressão.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Diante dos últimos acontecimentos trágicos que ocorreram no início deste ano, relacionados ao atentado a revista francesa Charlie Hebdo, indivíduos do mundo todo se vêem dentro de uma polêmica discussão referente a uma essencial e vital liberdade de expressão e do coerente questionamento da mesma quando se trata de limites. As charges criadas pelos cartunistas do periódico francês, que foram o estopim para o incidente, de longe ultrapassaram os limites do bom senso, ética, responsabilidade e respeito à religião islâmica.

No dia sete de janeiro, doze pessoas foram assassinadas na sede do jornal Charlie Hebdo na França, dentre elas quatro dos principais e mais importantes cartunistas no cenário do jornalismo francês. O motivo: represália pelos desenhos elaborados pela equipe do semanário que ridicularizam e ofendem o islamismo, tendo como alvo principal de um humor pejorativo e depravado a figura de Maomé, fundador da religião do Islã. Nada, porém justifica a morte das pessoas envolvidas, mas o próprio jornal já havia sofrido um ataque terrorista com bomba por radicais em retaliação aos desenhos em 2011, porém não houve baixas. A tragédia já estava mais que anunciada e a resposta de Charlie foi à intensificação dos trabalhos com as charges sarcásticas, sem nenhum senso de responsabilidade ou preocupação com o direito do outro de ser respeitado ou de ter suas crenças e convicções respeitadas, não só em relação à referida comunidade islâmica, mas católicos, judeus, políticos e todos os demais grupos privilegiados por Charlie.

Conclui-se então que a liberdade de expressão, exercida de forma irresponsável, sem limites, sem respeito a crenças, a fé de outrem, aos costumes, a cultura, hábitos, a raças, ao que quer que seja é desastrosa, inconsequente, nociva, maléfica. Deixa de ser a real liberdade de expressão e passa a receber outro nome: intolerância, sendo nesse caso específico de Charlie Hebdo uma intolerância camuflada e protegida pelo humor, humor esse que no final de tudo não conseguiu atingir nenhum de seus objetivos, e que não foi nada engraçado, somente lastimável.

 


Publicado por: Jéssica Mendes

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