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Faz calar minha alma

Normalmente o que falamos não é o que expressamos. Ai vem à armadilha das palavras que prende nossas almas a desespero, solidão e angústia.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

...caído, derrubado, diminuído, prostrado, enfraquecido, debilitado, cansado, deprimido, desanimado, porém jamais vencido...”

Há momentos que a vontade é de falar tudo que vem a mente. Deixar a alma limpa e ter a certeza que tudo que penso foi dito, mas a grande armadilha das palavras está no fato de sermos entendidos da forma que realmente expressamos ou não. Normalmente o que falamos não é o que expressamos. Ai vem à armadilha das palavras que prende nossas almas a desespero, solidão e angústia.

É a língua que trás para fora aquilo que guardamos em nossos corações é também quem nos coloca em maus lençóis. Ela quando dá ouvidos a uma alma aflita nos faz falar loucuras na expectativa de que saia de dentro de nós um alivio instantâneo. Nestas ocasiões temos um dia inteiro de lamentações e amargura, pois iramos e perdemos o controle próprio. Não ferimos somente o próximo com nossas palavras, mas ferimos a nós mesmos.

Para podermos aprender a lidar com a língua e a alma precisamos aprender a lidar com nossas emoções como o comando de um barco, um leme tão pequeno comandando algo tão grande. Um veículo se não comandado por alguém experiente, atencioso ele toma a sua própria direção e causa enormes danos. A quem deveria o estar dirigindo e a outros que nem sabem o que está se passando.

Assim somos nós quando damos lugar a nossa alma aflita por extravasar sentimentos guardados e sufocados. Quando calamos nossa alma deixamos a nossa língua serena, mesmo que a alma grite por respostas difíceis, devemos dominá-la, faze-la calar. Isso pode no momento causar dor física, mas teremos emoções curadas. Pessoas sem respostas duras e paz interior. É um exercício difícil e recompensador durante sua caminhada.

Quebrantar a alma é sempre deixá-lo sobre domínio de Cristo, onde encontrará paz e tranqüilidade. Com o espírito quebrantado nossa alma sentirá vontade do silêncio e dependência de Cristo.

O Salmista disse assim: “porque está abatida ô minha alma, porque está tão perturbada dentro de mim” ele não está dizendo para outra pessoa e sim a ele mesmo, conversando consigo a procura de resposta para que não saísse em seu lábios o que o poderia deixar em situação pior em que já se encontrava.

Ele se lembra de Deus e diz a sua alma que esperasse nele, pois somente ele é quem o livraria da aflição. Se não se calasse, se não encontrasse em Deus resposta a que viria seria pior, pois continua ele ”um abismo chama outro abismo”, se estamos aflitos e com a alma angustiada, falando de qualquer forma e a qualquer pessoa poderíamos ficar em lençóis ainda piores. Poderíamos encontrar um abismo ainda pior de onde seria difícil sair.

Já errei muito em dar ouvidos uma alma aflita, respondendo o chamado a altura, porém a colheita foi amarga e não deu frutos que pudessem ser replantados. Hoje aprendi e ainda estou aprendendo que o melhor da resposta não é saber dá-la e sim saber calar a minha alma para que possa encontrar em mim mesma resposta suficiente para depois expor. Não é um exercício simples nem fácil, principalmente quando convivemos com pessoas com os chamados estopins curtos. Queremos logo dar o troco e sairmos dali lavados, mas é somente engano que conseguimos acumular. O silêncio da alma normalmente nos amarga a boca, um estômago comprimido e doloroso. Mas a alma silenciada vai evitar situações constrangedoras e brigas sequentes.

Somente Deus em Cristo é o nosso alivio nestes momentos. Devemos pedir a Deus que nos ensine calar a alma para que nossa língua aprenda a ficar quieta onde deve estar. Para que possamos acalmar ânimos e feridas vindouras. Não é o falar que nos fará vencer. O silêncio poderá falar muito mais que palavras. A resposta doce vai desviar o furor do ouvinte e fará com que nos entendamos melhor e o nosso dialogo fluir.

Nós casados deveríamos aprender isso antes que nos uníssemos, somos quem mais ofendemos o próximo. Devido à liberdade achamos que podemos despejar sobre o outro minha alma ferida e inquieta. O dialogo fica difícil e logo achamos que não tem mais conserto.

Aquieta-te ô minha alma, espera em Deus ele será minha resposta nos momentos de aflição, de angústia e de ofensas em que não somos merecedores. Não será nossa resposta justiça e sim Cristo que nos trará justificativa e muito menos razão. Faz-me calar Senhor para que tu possas falar por mim. Agir em momentos em que eu queira esbravejar. Faço do meu silêncio Senhor a tua voz. Seja o meu socorro presente na hora da tribulação, na hora em que muitos querem que eu fale para poder usar das minhas palavras para me prejudicar. A alma aflita só fala do que o coração está cheio. Então me encha Senhor com a tua presença, para que meus lábios só falem daquilo que venha de ti.

Esperamos em ti Senhor e esta é a nossa oração hoje, quando a semana começa e precisamos estar quietos para tudo que nos virá.

Até a próxima...


Publicado por: silvia leticia carrijo de azevedo sá

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.