Os sábios nunca confundem bondade com tolice
O benevolente quer fazer diferença na vida das pessoas.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Você é do tipo altruísta que está sempre disposto a ajudar os outros? Você conhece pessoas que têm prazer em ajudar? Pois saiba, que o mundo está cheio de gente disposta a se sacrificar para o bem alheio. São pessoas que deixam a si próprias em segundo plano para oferecer amparo aos necessitados. Mas, o que há de anormal nisso, afinal de contas, gente assim existe desde que o mundo é mundo? Nada, não fosse o caso de muita gente se aproveitar da bondade alheia para acomodar-se diante de seus problemas.
" O egoísmo não consiste em vivermos conforme os nossos desejos, mas sim em exigirmos que os outros vivam da forma que nós gostaríamos. O altruísmo consiste em deixarmos todo o mundo viver do jeito que bem quiser."
Oscar Wilde
Quando jovem, conheci João e Paulo, ambos nasceram no mesmo bairro, freqüentaram as mesmas escolas e continuaram amigos depois de adultos. Porém, havia algo que chamava atenção no relacionamento deles. João era uma pessoa calma, ponderada, carismática e altruísta e Paulo era agitado, desequilibrado, prepotente e egoísta. O segundo estava sempre metido em encrencas, como brigas com os companheiros de colégio, discórdia familiar etc. Sempre que algo assim ocorria João era acionado para intermediar e tentar uma solução pacífica.
Depois de adultos eles passaram a sair juntos. Quando João conhecia uma garota, logo queria saber se havia uma colega para apresentar ao amigo. Já Paulo, não tinha a mesma preocupação. Quando ele encontrava uma nova namorada, ficava com ela a festa toda e deixava o amigo voltar sozinho para casa. João parecia não se importar. No dia seguinte, Paulo sempre apareceria para dizer como foi “ficar com a nova gata”. E, como se não bastasse, pedia a João uma grana emprestada para ir ao cinema com ela. Muitas vezes, um empréstimo sem volta.
"A felicidade não estar em viver, mas em saber viver".
Mahatma Gandhi
Lembro-me de uma ocasião em que conseguimos o patrocínio dos nossos pais para passar o feriado de carnaval em um acampamento, em Iguaba, no litoral norte fluminense. As passagens estavam compradas, as despesas com o camping pagas, as compras de mantimentos e outros apetrechos realizadas. Todos estávamos muito motivados com o passeio. Porém, na semana anterior à viagem Paulo conheceu uns amigos ricos que haviam programado, para o mesmo período, uma viagem para Angra dos Reis, no litoral sul fluminense, onde os pais de um deles tinham uma casa confortável com uma grande área de lazer e uma lancha com marinheiro a disposição da garotada.
Adivinhe o que aconteceu? Acertou na mosca se disse que Paulo não pensou duas vezes em mudar o seu roteiro de viagem. Claro que todos ficaram chateados, mas como nós já o conhecíamos bem, o fato foi logo superado. Porém, o mais curioso ainda foi constatar, na véspera da viagem, Paulo conseguir emprestado com João seu único equipamento de mergulho que ele, naturalmente, pretendia levar na viagem. Impressionava o fato de João estar sempre disposto a ajudar o amigo que nunca retribuía ou reconhecia os seus esforços. Ao contrário disso, em algumas ocasiões chegava até mesmo a tripudiar.
“Devemos pregar o evangelho em toda a parte aonde formos e usar palavras só quando necessário”
Santo Agostinho
Todos que acompanhavam a amizade dos dois achavam que Paulo abusava da benevolência do amigo. Mas, isso parecia não incomodar muito a João que estava sempre pronto a servir. Já Paulo, só queria mesmo era usufruir a amizade alheia. A surpresa veio anos mais tarde, quando João tendo que escolher entre servir a família ou o amigo acabou optando pela família. O fato deixou Paulo indignado e sentindo-se traído.
Você conhece pessoas assim? Seguramente, não será necessário procurar muito para encontrá-las, não é mesmo? O problema é que, muitos do que estão sempre sendo ajudados, pensam que quem está sempre disponível para socorrer, o faz por obrigação ou tolice. Não é raro essas pessoas confundirem, achando que os que praticam o altruísmo são pessoas tolas. O que elas não conseguem perceber é que quem pratica a benevolência o faz por prazer e por encontrar nesse ato a mais verdadeira e pura felicidade, fruto do amor que tem em ajudar ao próximo. E, para essas pessoas, o amor, é a ação mais importante para a conquista de uma vida plena.
No fundo, o benevolente quer fazer diferença na vida das pessoas. Elas querem semear a bondade para que os frutos permaneçam muito além de suas vidas. Certa ocasião, li um antigo ditado que dizia: “quando você nasceu, você chorou e o mundo se regozijou.Viva sua vida de tal maneira que, quando você morrer, o mundo chore e você se regozije”.
Pense nisso, boa semana e até breve,
Evaldo Costa
Escritor, Consultor, Conferencista e Professor.
Autor dos livros: “Alavancando resultados através da gestão da qualidade”, “Como Garantir Três Vendas Extras Por Dia” e co-autor do livro “Gigantes das Vendas”- www.evaldocosta.com.br. E-mail: evaldocosta@evaldocosta.com.br.
Publicado por: evaldocosta
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