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ANSIEDADE INFANTIL

Análise sobre as classificações da ansiedade, a importância do psicológico no tratamento de crianças que apresentam transtornos ansiosos e reconhecer quando é necessário o uso de medicação.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

RESUMO

A ansiedade é uma reação defensiva comum frente ao perigo ou situações consideradas ameaçadoras. Caracteriza-se por um grande mal estar físico e psíquico, aflição, agonia.A ansiedade infantil tem um impacto grande na vida social e escolar das crianças, resultando em consequências futuras sérias. Neste artigo foi realizado um levantamento bibliográfico abordando os principais fatores de riscos que desencadeiam os transtornos de ansiedade, as classificações de ansiedade, as intervenções precoces, o tratamento, a importância da psicoterapia e o uso de medicamentos em crianças ansiosas.  

Palavras-chave:Transtorno de ansiedade. Diagnóstico. Transtornos mentais diagnosticados na infância.Intervenções. Psicoterapia.

1. INTRODUÇÃO

Durante a infância há períodos críticos no desenvolvimento da criança que podem aumentar ou diminuir a probabilidade do desenvolvimento de psicopatologias no decorrer de sua vida. A ansiedade é reconhecida como uma das formas mais prevalentes de psicopatologia infantil e está associada a diversos outros danos psicossociais, como por exemplo, dificuldades de relacionamento social e emocionais. Os transtornos de ansiedade são os que mais afetam crianças, com uma prevalência entre 4 e 20%. Além do sofrimento das crianças e de suas famílias que vivenciam transtornos de ansiedade, esses transtornos são uma preocupação para o sistema de saúde público, devido ao alto risco de desenvolvimento de futuras psicopatologias e dos custos envolvidos em relação ao uso mais frequente do sistema de saúde (Boat e Warner, 2009).

Se não for tratada em seu estágio inicial, a ansiedade infantil pode levar ao abandono escolar e, posteriormente, limitar o desenvolvimento profissional. Além disso, pode causar o aumento do uso de medicamentos, depressão e abuso de drogas durante a adolescência e vida adulta. Há estudos evidenciando a relação entre elevados níveis de ansiedade durante a infância e ocorrência de transtornos de ansiedade na vida adulta. Entende-se que em alguns casos, se a ansiedade não for tratada na infância, pode marcar o início de uma vida de angustias e tormentos, que são levados para a vida adulta, resultando em problemas muito sérios, como: uso de drogas, depressão e até mesmo suicídio (RAPEE et al., 2015).

Segundo a teoria do desenvolvimento de psicopatologia, o crescimento saudável no decorrer da vida requer o adequado comprimento de uma série de tarefas que marcam cada estágio, como por exemplo, regulação emocional e apego durante a infância, manejo de impulsos durante a fase escolar, bem como criação e manutenção de relacionamentos com amigos.  A ansiedade é uma resposta humana normal que está presente em todas as pessoas, porém, é considerado fator de risco quando começa a atrapalhar o desenvolvimento do indivíduo e o mesmo não consegue lidar com as suas tarefas, como por exemplo, brincar com os colegas ir à escola ou dormir (Ialongo, Edelsohn e Kellan, 2001).

Tanto a ansiedade quanto o medo são considerados patológicos quando exagerados, desproporcionais em relação ao estímulo ou qualitativamente diversos do que se observa como norma naquela faixa etária, e também quando interferem na qualidade de vida, conforto emocional ou desempenho diário da criança (Asbahr, 2004).

Os modelos atuais sobre a etiologia da ansiedade enfatizam uma interação entre fatores biológicos, sociais, psicológicos e ambientais. Alguns fatores de risco têm sido identificados para os transtornos de ansiedade, incluindo estilos de apego inseguro, temperamento de crianças, presença de transtornos de ansiedade nos pais e determinadas características dos estilos parentais. O modelo etiológico dos transtornos de ansiedade pode ser resumido pela interação dos fatores: influências genéticas e ambientais, circuitos neurais envolvidos nas emoções, processos psicológicos e tendências comportamentais, incluindo o temperamento (Reinecke, Dattilio e Freeman, 2009; Morris e March, 2004).

É importante ressaltar que dentre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da ansiedade podemos citar os fatores intrínsecos (temperamento vulnerável e regulação da emoção e ansiedade) e os fatores extrínsecos (comportamento dos pais, personalidade materna, estresse dos pais e teoria do apego).

O comportamento inibido em crianças tem sido relacionado com respostas de ansiedade. Resultado do estudo realizado por Prior, Smart, Sanson e Oberklaid (2000) demonstraram que crianças de 3 a 4 anos com temperamento tímido-inibido apresentam maior risco de transtornos de ansiedade 10 anos depois. Tal fato provavelmente ocorre devido à complexa inter-relação das diversas influências na criança, como fatores internos e externos.

A ausência de habilidades em crianças para regular as suas emoções pode ser considerado um fator de risco para o desenvolvimento de ansiedade. Diante isso, Eisenberg e Spinrad definiram o processo de regulação da emoção.

Atualmente, o papel da regulação da emoção tem sido considerado fundamental para o desenvolvimento de sintomas e transtornos de ansiedade. O intuito desse processo é a adaptação social e biológica ou o alcance de metas individuais (Bosquet e Egeland, 2006).

Além dos fatores internos citados anteriormente, há também fatores externos que influência de maneira significativa no desenvolvimento psicológico das crianças. Apesar da evidência de que o risco pode ser genético, fatores ambientais contribuem para que a criança desenvolva ou não transtorno de ansiedade.

Comportamentos específicos de pais como controle excessivo ou intromissão, têm sido associados a comportamentos inibidos e isolamento social em crianças. A hipótese é de que tal nível de controle e superproteção podem resultar em baixa auto eficácia por parte das crianças e aumento da ansiedade (McLeod, Wood e Weisz, 2008).

A transmissão genética de pais para filhos tem sido apontada como preditor do transtorno de ansiedade em crianças. Baseado nas reações dos pais e no tipo de relacionamento estabelecido entre pais e filhos, é que a criança pequena cria seu próprio modelo de funcionamento interno frente às situações da vida.

Sabendo que as crianças imitam seus pais, se um pai for ansioso e faz de tudo para evitar algumas situações, a criança pode aprender que essa é a maneira de lidar com seus medos. Isso não quer dizer que os pais são totalmente responsáveis por causar a ansiedade nos filhos, mas podem contribuir muito neste aspecto, ainda mais se o filho já demonstra algumas características ansiosas (RAPEE et al., 2015)

Rapee et al. (2015) contribui exemplificando que quando os pais se separam, a criança quase sempre fica meio insegura e sensível por um determinado tempo, essas reações podem ser consideradas normais. No entanto, quando a criança já é sensível e ansiosa e sofre efeitos estressores, o impacto sobre ela é ainda maior do que o normal e a ansiedade podem aumentar.

Diante do exposto, a problemática desse estudo é identificar os tipos de prevenção e intervenção precoce e a importância da psicoterapia para as crianças que são diagnosticas com algum transtorno de ansiedade?

Os transtornos de ansiedade na infância costumam ter quadros mistos.  A maioria das crianças que ingressam na escola recebe um diagnóstico de dois ou mais transtorno de ansiedade. Por isso, é fundamental o diagnóstico precoce para o tratamento adequado e a remissão de sintomas.

Na avaliação e no planejamento terapêutico desses transtornos, é fundamental obter uma história detalhada sobre o início dos sintomas, possíveis fatores desencadeantes e o desenvolvimento da criança. Sugere-se, também, valorizar o temperamento da mesma, o tipo de apego o qual possui com seus pais e o estilo de cuidados paternos destes, por exemplo: a superproteção (Castillo et al.,2000).

Muitas vezes pais e educadores confundem a ansiedade infantil com birras ou mau comportamento. Na fase escolar existem situações causadoras de ansiedade para as crianças, principalmente as situações novas, inexistentes na vida familiar. Ao chegar à escola, a criança vai encontrar uma realidade diferente da sua, um mundo desconhecido e estranho

A escola é um contexto que pode gerar situações que causam ansiedade no aluno, como as regras a serem cumpridas e as avaliações (Asbahr, 2004; Mychailyszyn, Mendez, & Kendall, 2010).

O papel dos pais também é de grande importância, podendo ajudá-los demonstrando confiança pela escola, cumprindo a promessa de buscar ou de esperar a criança no local combinado, dando espaço para a criança contar tudo sobre seu dia na escola. Prestar atenção como estão cobrando os rendimentos escolares, pois a ansiedade interfere no desempenho da criança.

A finalidade do trabalho é verificar a importância da intervenção precoce e da psicoterapia no tratamento de crianças com transtornos de ansiedade.

Dessa maneira os objetivos específicos são: identificar as classificações da ansiedade, verificar a importância do psicológico no tratamento de crianças queapresentam transtornos ansiosos e reconhecer quando é necessário o uso de medicação.

Nessa perspectiva, conforme citei, a realização deste trabalho aconteceu, pois percebi que a maioria das famílias não tem conhecimento sobre este transtorno, sendo que a família é provavelmente o melhor contexto para compreender e auxiliar as dificuldades vivenciadas por qualquer um de seus membros.

Esse trabalho irá trazer benefícios, tais como, produção de materiais para novas pesquisas, o incentivo de novos projetos e a contribuição e melhoria para nossa formação, o que irá beneficiar de maneira significativa a faculdade e principalmente os alunos do curso de Psicologia.

Através deste projeto iremos realizar uma pesquisa bibliográfica de caráter descritivo, onde serão utilizados os livros da biblioteca Martinho Lutero da instituição Luterana de Ensino Superior ILES ULBRA de Itumbiara – Goiás. Sem que haja recorte temporal, sendo utilizados então aqueles que melhor responderem os nossos objetivos. Bem como artigos disponíveis nas plataformas eletrônicas, recomendadas pelo Conselho Federal de Psicologia.

2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

2.1 Classificações de ansiedade

De acordo com o DSM IV (APA, 2000), os principais quadros de ansiedade identificados através de critérios diagnósticos, são: transtorno de ansiedade generalizada (TAG), fobia específica (FE), transtorno de estresse pós traumático (TEPT), transtorno de ansiedade de separação (TAS), transtorno de pânico (TP), fobia social (FS), transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e Agorafobia.

Estudos realizados com crianças e adolescentes que sofrem de ansiedade indicam que a idade de início dos transtornos variam amplamente: a fobia especifica, a ansiedade generalizada e a fobia social se manifestam no início da idade escolar. O outro grupo de transtornos como a agorafobia e o transtorno obssessivo-compulsivo, começam aos 9 a 11 anos; e aproximadamente aos 13 anos surgiria o transtorno de pânico.

Nas crianças e adolescentes, os transtornos ansiosos mais freqüentes são o transtorno de ansiedade de separação, com prevalência em torno de 4%, o transtorno de ansiedade generalizada (2,7% a 4,6%)e as fobias específicas (2,4% a 3,3%). A prevalência de fobia social fica em torno de 1%10 e a do transtorno de pânico (TP) 0,6% (Ajuriaguerra, 2010).

3. PREVENÇÃO E INTERVENÇÃO PRECOCE

Nas últimas décadas, têm – se notado uma mudança de foco de tratamento para prevenção e intervenção precoce em crianças e adolescentes (Greenberg et al., 1999). Programas de intervenção precoce são necessários para indivíduos, famílias e comunidades para prevenir o desenvolvimento de transtornos de ansiedade e depressão. Isso tem sido alcançado por meio do aumento de resiliência emocional e a promoção de habilidades de enfrentamento positiva antes que dificuldades emocionais mais sérias se manifestem.

Recentemente, tem sido notado também o aumento no corpo de pesquisas que examinam a efetividade de programas de prevenções em escolas para diversos transtornos psicológicos (La Greca et al., 2009). Essa mudança de foco foi encorajada pelo fato de que poucas crianças com transtornos de ansiedade ou depressão são encaminhadas para tratamento com profissionais adequados. Muitas das crianças sofrem por anos e quando recebem tratamento desistem ou não respondem positivamente.

Segundo Donovan e Spence (2000), a falta de sucesso nos tratamentos em muitos casos ocorre porque ele é oferecido muito tardiamente, quando os efeitos associados com o transtorno já estão enraizados e mais difíceis de serem revertidos. Dessa forma, acredita-se que oferecer tratamento quando os sintomas de transtorno de ansiedade já estejam presentem pode não ser o melhor momento para redução da incidência de transtorno de ansiedade na infância.

Atualmente, há diversas pesquisas focando na intervenção precoce e como forma de não só melhorar a saúde mental das crianças como também de contribuir para o desenvolvimento de resiliência a longo prazo. Programas de intervenção precoce tem se mostrado eficientes para reduzir o número de crianças e adolescentes com transtornos de ansiedade (Barrett, Farrell, Dadds e Boutler, 2005).

Tais programas oferecem excelente relação custo benefício e podem reduzir futuros gastos com serviços especializados, além de diminuir a incidência de casos de depressão, uma vez que o transtorno de ansiedade é tipicamente comórbido com depressão.

Embora a literatura aponte que os programas de prevenção e intervenção precoce sejam altamente efetivos, há falta de evidência em relação a quais são as melhores estratégias e qual a melhor idade para que tais intervenções ocorram (Dadds e Roth, 2008).

4.TRATAMENTO

A abordagem diante de um diagnóstico de transtorno de ansiedade pode ser dividida em: tratamento não medicamentoso (incluindo suporte, psicoeducaçao e psicoterapia) e tratamento medicamentoso. As especificidades e gravidade de cada caso orientam a melhor forma do tratamento.

As crianças com sintomas ansiosos transitórios, ou sintomas leves e pouco, ou nenhum, prejuízo funcional, geralmente respondem a reasseguramento e suporte; os com sintomas leves e com prejuízo funcional, assim como os com sintomas mais intensos, devem ser encaminhados a tratamento específico.

Tem-se considerado que a abordagem de escolha, dentro do tratamento específico, é a terapia cognitivo-comportamental (TCC) direcionada ao transtorno, com ou sem farmacoterapia; psicofármacos são utilizados quando não é possível tentar psicoterapia inicialmente, quando não há resposta à abordagem psicoterápica isolada, quando há sintomas graves e/ou presença de comorbidades psiquiátricas, como transtorno depressivo e risco de suicídio.

4.1 Tratamento precoce para ansiedade infantil

A prevalência de ansiedade em crianças em idade escolar varia entre 4 e 25% com média de 8%. Porém, a prevalência atual pode ser ainda maior, já que muitas crianças e adolescentes não recebem nenhum tipo de auxílio e não constam nas estatísticas (Neil e Christensen, 2009).

Programas de intervenção em prevenção precoce em crianças são extremamente importantes, uma vez que ele sabe que os primeiros sinais o desenvolvimento do contorno de ansiedade podem ocorrer muito cedo na vida da criança.

Fornecer tais programas para os pais e crianças, com intuito de que todos aprender a manejar suas ansiedades e frequentar situações desafiadoras de forma positiva, tem o potencial de reduzir o impacto negativo que ansiedade pode causar ao longo da vida da pessoa e evitar que se torne transtorno de ansiedade. Além disso, pode aumentar as chances de que a criança seja mais bem sucedida acadêmica e socialmente. (Zins, Elias e Greenberg, 2003).

As escolas de educação infantil e ensino fundamental pode desempenhar papel imprescindível na promoção de saúde mental por meio de implantação de programas aniversário, com objetivo de aumentar o aprendizado social emocional.

4.2 Psicoterapia

A TCC consiste em um sistema de psicoterapia que se baseia na teoria na qual o modo como o indivíduo estrutura as suas experiências determina o modo como ele se sente e se comporta (Dattilio& Freeman, 1998). De acordo com a teoria, os sentimentos não são determinados por situações, mas sim pela forma como as pessoas interpretam tais situações.

Nesse sentido, os transtornos psicológicos decorrem de um modo distorcido ou disfuncional de perceber os acontecimentos, influenciando assim, os afetos e os comportamentos (Beck, Rush, Shaw &Emery, 1997).

O tratamento normalmente se divide em duas etapas: estratégias facilitadoras exposição as situações tremidas, devendo iniciar com educação afetiva e familiarização com modelo de tratamento por meio de psicoeducação (Shapiro, Bardenstein, 2006).

O tratamento para os transtornos de ansiedade visa ensinar a criança a reconhecer sinais de ansiedade, utilizando os para enfrentá-la. A criança aprende a identificar os processos cognitivos envolvidos no estado de excessivo ansiedade e recebe treinamento e relaxamento.Para atingir essas metas algumas estratégias tem demonstrado eficácia estão compiladas no modelo de tratamento copingcat (Kendall, 1994; Kendall et al., 1997).

O desenvolvimento do tratamento não depende somente das técnicas selecionadas, mas também da sensibilidade do terapeuta infantil. Algumas variáveis são significativas e devem ser observadas na avaliação inicial: as comorbidades, o nível de desenvolvimento, os estresses familiares ambientais e, finalmente, a condição socioeconômica. É necessário o ajuste da sintonia fina entre a fidelidade as técnicas que se mostraram efetivas e a flexibilidade indispensável a um terapeuta.

4.3. Medicamentos

De forma geral, os casos de ansiedade que necessitam de tratamento medicamentoso, recebem a mesma abordagem, podendo ter pequenas variações segundo os diferentes quadros clínicos apresentados. Nesse momento do tratamento, deve-se recorrer à inclusão ou, pelo menos, à orientação de um psiquiatra para melhor manejo na utilização dos psicofármacos.

Embora os transtornos de ansiedade sejam bastante prevalentes em crianças e adolescentes, os estudos avaliando tratamento psicofarmacológico para essas patologias são escassos. Em geral, os grupos de pacientes são pequenos e as respostas ao placebo são altas.

As medicações comumente utilizadas para os tratamentos de ansiedade são os antidepressivos, em geral os inibidores seletivos de receptação de serotonina (ISRS) e os tricíclicos, além dos benzodiazepínicos.

Alprazolam (Frontal® - 0,25 a 4 mg até 3 tomadas ao dia) e clonazepam (Rivotril® - 0,25 a 3 mg em uma a duas tomadas por dia) são eficazes no controle de sintomas somáticos e sinais autonômicos de ansiedade (palpitações, tremores e sudorese) encontrados em diferentes quadros clínicos desses transtornos.

Tonturas e sedação são os efeitos colaterais mais comuns. São dose-dependentes e autolimitados conforme se instala a tolerância. Outros efeitos colaterais podem ser incoordenação, diplopia, tremores e desinibição comportamental ou efeito paradoxal, comum em crianças muito pequenas e é caracterizado por irritabilidade, rompantes de agressividade e descontrole de impulsos.

Em razão do seu potencial de causar tolerância e dependência, recomenda-se o uso dos benzodiazepínicos, quando necessário, por curto período de tempo e, no momento de retirada, fazê-lo de forma gradual para que sejam evitados os sintomas e sinais de abstinência ou ansiedade de rebote.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 

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Publicado por: Karoliny Machado Silva

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