Amor: Mãe, doce remédio!
Clique e entenda um pouco mais sobre o amor existente entre o bebê e sua mãe.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Há algum tempo alguém me questionou sobre o que promove saúde mental e na época do “dia das Mães” eu não poderia deixar de falar de função tão essencial. Na verdade, como fundante do psiquismo humano, jamais poderia deixar de através deste artigo homenagear minha mãe e todas as preciosas mães de nossa comunidade.
A sabedoria popular já instituiu a máxima: “O amor constrói”. Com certeza, este saber é confirmado quotidianamente, porém onde estão seus alicerces? O único momento da vida em que o ser humano necessita de amor incondicional é o amor de mãe! Explico. O bebê necessita que não o privemos da sutil ilusão de ser ele o centro do universo: “sua majestade, o bebê”. Nos primórdios da vida, formam-se os alicerces da saúde física e mental.
O bebê, ao nascer, depara-se com três grandes desafios e tarefas integrativas ao psiquismo: continuar descobrindo ele mesmo, o mundo e as pessoas. O período entre a concepção, o nascimento e os três primeiros anos de vida são críticos para o desenvolvimento físico, emocional e mental dos seres humanos. Felizmente, em nossa sociedade, há maior consciência da importância da maternagem adequada, inclusive reconhecido direito trabalhista de dedicação exclusiva da mulher operária ao recém-nascido. Este requer a presença física de sua mãe, mas essencialmente necessita de sua real presença afetiva, que esteja totalmente disponível para acolhê-lo e tranquilizá-lo em seus primeiros meses de vida.
O bebê recém-nascido necessita que aqui fora ofereçamos a ele um ambiente similar a um “útero artificial”, onde prevaleça a tranquilidade, segurança, poucos estímulos externos e fundamental aconchego e carinho. Requer ambiente de intimidade afetiva nos momentos de amamentação, quando recebe não somente o alimento que sacia sua fome, mas também é alimentado afetivamente por sua mãe através do aconchego em seu colo, do toque do olhar, da suavidade de suas mãos, do acalanto tranquilizador, enfim de toda atenção que o investe de humanidade. Todo e qualquer cuidado ao bebê é muito mais do que uma tarefa prática, é antes de tudo o alicerce afetivo da boa auto-estima.
Resumindo, a mãe nutre seu bebê com o “leite materno ou não” e também com gotículas de amor incondicional, cabendo ao pai do bebê inicialmente favorecer e proteger este vínculo dual. Toda família deve se mobilizar no auxílio e cuidado ao novo membro, colaborando em atividades domésticas e isentando a nova mãe de sobrecarga física e emocional, pois ela também precisa de colo. È nosso dever social propiciar a cada nova mãe condições concretas e respaldo afetivo para que ela empreenda a delicada tarefa de estar em sintonia fina com as necessidades físicas e emocionais de seu bebê.
Gradualmente o bebê irá se desenvolvendo e gradativamente a maternagem suficientemente adequada o auxiliará no doloroso e inevitável processo de abandono da ilusão inicial de ser ele o umbigo do mundo, porém isto leva tempo...
Recomendo às futuras mães, pais e famílias que acionem serviços especializados de orientação e tranquilização quando houverem dúvidas em cuidados aos bebês e crianças pequenas, considerando a excelente contribuição dos atuais grupos de orientação ás gestantes, pediatras, , psicanalistas de crianças, psicólogos infantis, psiquiatras infantis, etc. Desde pequena, a criança quando ajudada, pode aprender a lidar razoavelmente bem com as suas circunstâncias e se desenvolver bem, sem precisar estabelecer sintomas como meio de expressão de suas dificuldades.
Receber o bebê com amor e carinho é a melhor maneira de lhe dar boas-vindas ao mundo. Afinal, saúde mental se constrói através de sólidos laços de ternura e mãe suficientemente boa é verdadeiramente um santo remédio!
Por Eliane Pereira Lima
Psicóloga - Psicanalista
CRP 06/43457
Publicado por: Eliane Pereira Lima
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