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A fala: ocupação do espaço vital

A relação entre falar e escutar, Espaços vitais, comunicação, emissor, receptor, relacionamento interpessoal,...

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

A relação entre falar e escutar está intimamente ligada. Ambas ocupam espaços vitais, por entrelaçarem os pontos decisivos da comunicação. Quando falamos, inscrevemos no outro nossas percepções, sentimentos e atitudes. Ao ouvirmos, direcionamos a atenção para o que é significante na fala, e logo em seguida a devolvemos. Assim o que é produzido no campo da linguagem abre as portas para o afeto, de maneira que, ocupamos lugares, antes estrangeiro, e a partir do primeiro movimento de aproximação passa a ser vital.

O relacionamento interpessoal demonstra o quanto é importante a comunicação para que se torne comum um significado. O emissor (quem fala) ocupa espaço no emaranhado que compõe o receptor (o outro – com quem se fala). Para que a mensagem possa ser representada sem interrupções ou barreiras, fazem-se necessárias as inter-relações, de modo que a conversa seja estreitada a partir de um ambiente propício, que siga a lógica do diálogo e a ética dos encontros.

O espaço vital compreende a inter-subjetividades, o que foge da idéia de um território individualizado, ou melhor, alarga-se até a extremidade que compõe as superfícies do sujeito da conversação, tornando-se vital toca-lo. É interessante que as informações possam se organizar em volta do foco em questão, o sujeito e seus desdobramentos. A devolução a cada demanda é fundamental para a implicação, de modo a instigar o repertório e os deslocamentos em busca de se perceber melhor diante aos acontecimentos.

Em se tratando do universo discursivo entre a fala e seus possíveis significados, fica notável que apreendemos de formas diferentes, cada qual com seu conhecimento de mundo. Exploramos nossa existência de modo que ocupamos lugares antes estrangeiros, mas por serem vitais, é sentido, o que caracteriza as relações estabelecidas. Constituímo-nos através da linguagem e da cultura, em que veredas possibilitam encontros em linhas da diferença, integrando as partes estranhas do ser a compreensão.


Publicado por: UALY CASTRO MATOS

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