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PROJETO DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS “O COMPADRE DE OGUM”, DE JORGE AMADO

Breve apresentação do projeto de contação de histórias "O Compadre de Ogum", intitulado conforme a narrativa de Jorge Amado.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

PROJETO DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS “O COMPADRE DE OGUM”, DE JORGE AMADO

Introdução

A contação de histórias é um potente estímulo a imaginação, sobretudo, uma forma divertida de se transmitir o conhecimento. Vale salientar que é um aliado importante da educação infantil, como também auxilia no desenvolvimento socioemocional, físico e cognitivo do aluno.

Por sua vez, é considerado como uma das formas mais antigas de difundir valores considerados importantes, visto que estabelece entre os humanos uma convivência equilibrada. Somando a isso, proporciona à criança uma melhor compreensão do mundo, como também ajuda na construção de identidade cultural.

Nota-se que a contação de histórias estimula modos diferentes de expressão dos educandos, assim como na compreensão das emoções. Podemos acrescentar, inclusive, que essa atividade auxilia na recriação da sala de aula, tornando assim esse espaço mais atrativo e lúdico, em todos os sentidos.

Justificativa

 O projeto “O Compadre de Ogum” tem como fundamento um pequeno conto do escritor Jorge Amado, o qual se caracteriza pela intensidade e espiritualidade contidas nessa narrativa. Logo, esse conto nos revela a mistura religiosa que aproxima o catolicismo do candomblé, possibilitando, dentro da nossa cultura, a solução de problemas e diferenças através de muito humor, motivos estes que nortearam a escolha dessa temática.

Assim, quando uma história é contada em sala de aula, novas realidades são vividas pelos alunos. Nesse caso, a contação de histórias, associada ao ato de leitura, faz com que os alunos se coloquem no lugar dos personagens. Além disso, isso permite que a criança desenvolva um gosto por diferentes culturas, bem como a vontade de expressar sentimentos e pensamentos.

Dessa forma, vale destacar que a leitura das histórias deve ser incentivada, haja vista que em cada fábula há novas expressões e palavras que o estudante não conhece. Portanto, o incentivo a leitura permite a criança desenvolver a criatividade e a imaginação para interpretar os personagens, fatos e cenários de cada história.

Objetivos/Finalidades 

Despertar a curiosidade, o hábito e o gosto pela leitura, haja vista que a contação de história e o ato de ler desenvolvem a escrita, a oralidade e a percepção dos alunos. Mediante a contação de histórias, fazer uso da leitura como método de desenvolvimento humano, objetivando a melhoria do desempenho escolar, bem como das necessidades intelectuais, por consequência da leitura da obra escolhida.

1.3. Objetivos Específicos

  • Desenvolver a criatividade e o senso crítico.
  • Desenvolver a oralidade;
  • Estimular o interesse pela leitura;
  • Desenvolver o raciocínio lógico;
  • Estimular a postura de ouvinte e leitor;
  • Analisar a importância da obra.
  • Compartilhar o produto final do projeto com os alunos.

Metodologia

A proposta desse projeto de contação de histórias é incentivar a interpretação, leitura e análise dos alunos. O projeto didático tem como público-alvo os alunos das turmas do EJA (Educação de Jovens e Adultos). Ao decorrer do ano de 2023, serão realizadas ações com esses alunos através de contações de histórias. Para essa finalidade, foi escolhido o livro “O Compadre de Ogum”, escrito por Jorge Amado.

A fábula conta a história do negro Massu em encontrar dificuldades na escolha de um padrinho de batismo para o seu filho. Uma prostituta entrega um bebê para Massú, dizendo que é seu filho. Logo, a criança não havia sido batizada e Veveva insistiu nesse acontecimento. Massu escolheu Tibéria, mas encontrou muita dificuldade na escolha de um padrinho, haja vista que ele era uma pessoa popular e querida na região do Pelourinho. Por fim, o Orixá Ogum termina sendo o padrinho do garoto, no entanto, muitos contratempos aconteceram para que a divindade chegasse ao batizado. A obra, repleta de humor, relata o sincretismo religioso entre o catolicismo e o candomblé.

Recursos Humanos e Materiais

Histórias sonoras, utilizando entonação de voz e rosto expressivo dos personagens; teatro de fantoches com caixas e tecidos; malas de histórias contendo o livro da fábula.

Avaliação do Aprendizado

A avaliação é um processo de formação contínua que o docente deverá compreender, com um novo olhar em sala de aula, o mundo mágico e encantador da leitura, sobretudo, como prática diária do estudante. Para fins desse projeto, alguns objetivos serão analisados:

  • Examinar o trabalho em equipe, interação e participação;
  • Verificar o progresso dos alunos no uso da linguagem escrita e falada;
  • Observar, em todas as atividades expostas, a evolução dos alunos;
  • Analisar, através da contação de histórias, o uso da leitura como método de desempenho escolar e progresso dos alunos.

Para o desdobramento deste projeto, serão realizadas 10 aulas com duração de dois meses. Durante as aulas, o aluno deverá desenvolver os seguintes objetivos específicos:

  • Apresentar a obra “O Compadre de Ogum”;
  • Relatar a vida do escritor Jorge Amado, autor da fábula;
  • Contar a história mediante ações lúdicas;
  • Participar, efetivamente, das atividades propostas pelo projeto.

Em primeiro lugar, ao iniciar a aula, o professor fará a apresentação do conto e explicará aos alunos a importância do domínio da linguagem oral, como também os valores de um bom leitor, uma vez que estas características visam o acesso a informação e a boa comunicação. Diante disso, o docente fará com que os alunos desenvolvam diversas opiniões e interpretações sobre a obra do escritor Jorge Amado, “O Compadre de Ogum”, citando os pontos negativos e positivos dessa fábula, conforme as suas perspectivas.

Por ultimo, o projeto será encerrado com uma oficina em sala de aula, onde os alunos, junto com os professores, irão protagonizar o conto de Jorge Amado, tornando o projeto ainda mais especial e divertido. Para finalizar, teremos um coffee break com muitas variedades.

Considerações Finais

 Em síntese, a escola deve dar atenção a contação de historias, haja vista que ela é a responsável pela construção, sobretudo, reconstrução do conhecimento dos alunos nos aspectos psicológicos, morais e sociais. Podemos destacar a socialização, criatividade, aprendizagem de conteúdos e comunicação como vantagem da contação de histórias.

Destaca-se que a história permite o conhecimento de novas palavras, desenvolvimento da imaginação, oralidade, o contato com a escrita de forma correta, pensamento crítico e oralidade. Alem disso, mediante a motivação que a contação de história exerce sobre o discente, podemos incluir a abertura de novos espaços para novas aprendizagens e a melhora de relacionamentos interpessoais com outros alunos.

Espera-se, por intermédio desse projeto, que seja despertado pelos alunos o gosto pela leitura, bem como o interesse pela literatura brasileira. Para mais, que possam compreender que há diversas formas de leitura e contação de histórias, sobretudo, por meio desse processo, que eles serão beneficiados de conhecimentos diversos.

REFERÊNCIAS

BASTOS, E. D. Contação de Histórias, Subjetividade e Diversidade Cultural. Maracás - BA, Trabalhos Gratuitos, Centro Universitário Jorge Amado - UNIJORGE, 2018, 5p. Disponível em:  https://www.trabalhosgratuitos.com/Sociais-Aplicadas/Pedagogia/CONTA%C3%87%C3%83O-DE-HIST%C3%93RIA-SUBJETIVIDADE-E-DIVERSIDADE-CULTURAL-1369211.html. Acesso em 21 jun. 2023.

BELATTO, V. Contação de Histórias. Palmitos - SC, Faculdade Santa Rita, Projeto final de ensino, curso especialização em contação de historias, 2016, 30 p. Disponível em: http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/index.php/pos-graduacao/trabalhos-de-conclusao-de-bolsistas/trabalhos-de-conclusao-de-bolsistas-a-partir-de-2018/linguistica-letras-e-artes/especializacao-7/663-contacao-de-historias/file. Acesso em: 20 jun. 2023.

COLATINO, A. S.; BRITO, A. S.; OLIVEIRA, S. T. Sincretismo Afro-Brasileiro em o Compadre de Ogum, de Jorge Amado. Rio de Janeiro, Linguagem em Revista, vol. 15, n. 29, 2020, 13 p. Disponível em: http://www.filologia.org.br/linguagememrevista/29/12.pdf. Acesso em: 20 jun. 2023.

CURY, A. Qual a Importância da Contação de Histórias na Educação Infantil. São Paulo, Blog EI- Escola de Inteligência: educação socioemocional. São Paulo, 2021. Disponível em: https://escoladainteligencia.com.br/contato/. Acesso em: 18 jun. 2023.

Faculdade Santa Rita – FASAR. Projeto de Extensão: “A Arte de Contar Histórias”. Novo Horizonte – MG, 2016, 18 p. Disponível em: http://fasar.edu.br/fasar/wp-content/uploads/2017/04/contacao-de-historias.pdf. Acesso em: 18 jun. 2023.

SIQUEIRA, K; BUENO, M; SOUZA, T. Diversidade cultural, produção de subjetividade e infância: pensando o cotidiano na educação infantil. Rio de Janeiro, Horizontes, v. 33, n. 2, 2015, p. 19-26.

Publicado por

Marcos Aurelio Coura de Araujo[1]

Jean Jorge de Santana da Silva[2]


[1] Aluno do Curso de Letras – Língua Portuguesa/Literatura da Universidade Veiga de Almeida

[2] Professor Tutor do Curso de Letras – Língua Portuguesa/Literatura da Universidade Veiga de Almeida


Publicado por: MARCOS AURELIO COURA DE ARAUJO

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