Tudo passa? Na política nem sempre. As coisas rendem. Acabam sendo vencidas pelo cansaço. A procrastinação faz parte de nossa cultura. Não deixamos para amanhã o que podemos fazer hoje. Deixamos para depois de amanhã. Se possível, requeremos prazos mais confortáveis. Quanto mais elásticos melhor.
Adiar é o verbo mais conjugado entre nós. Adiamos o dentista, adiamos a dieta, adiamos a visita, adiamos o cineminha, adiamos a declaração do Imposto de Renda. Tentamos, até adiar a morte. Inventamos estratagemas para não bater o ponto final.
A prática é tão antiga que criou raiz. Até hoje o Brasil não quitou a dívida com os fazendeiros do Império contraída com o confisco de cavalos para a guerra do Paraguai. Deve, não nega, pagará quando puder. Ao que parece, no dia de São Nunca. Nossos governantes são - nossos governantes - fazem no planalto o mesmo que na planíce, diz Dad Squarisi, jornalista do Correio Braziliense.
No mundo corporativo, o desafio é pegar esses erros e convertê-los instantaneamente em uma nova idéia, corrigir o conteúdo, redefinir o contexto, recomeçar o exercício e resistir a essa prática.
Amazildo de Medeiros – Analista Organizacional
Análise/Resumo
Fonte: Correio Web
Publicado por: Amazildo de Medeiros