Cautela e o real desmatamento
Cautela e o real desmatamento, ministério do Meio Ambiente, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a Mata Atlântica e sua dimensão, previsões espetaculares e promessas superficiais e sustentáveis do governo.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Desde o ano de 1988, o ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) vem medindo e analisando, por meio de imagens de satélite as áreas e os índices de desmatamento da Floresta Amazônica brasileira.
Neste mês de agosto de 2007, festejam-se os dados publicados pelo MMA da redução, pelo terceiro ano consecutivo no governo Lula, do desmatamento da floresta: em 2003/2004 a taxa de desmatamento ficou em 27.429 km2, em 2004/2005 em 18.793 km2, em 2005/2006 14.039 km2, 25% a menos que os verificados nos 12 meses anteriores.
Registram-se agora uma estimativa para 2006/2007 de menos de 9.600 km2, com uma margem de erro de 10%. Deve-se ressaltar que estes resultados parecem de uma boa envergadura, num país extremamente dependente de seus recursos naturais e que sempre privilegiou a exportação de matérias-primas aos outros países.
Mas não se pode relaxar e deixa-se enganar. Uma simples leitura do passado histórico do Brasil pode-se constatar que o país foi construído com base em uma exuberante floresta: a Mata Atlântica. De todo modo, 9,6 km2 constitui uma dimensão respeitável (equivale a quase 2 vezes o Distrito Federal).
A sociedade, os políticos e a mídia devem ficar atenta ainda ao fato de que há em suspensão o entusiasmo de investimentos nos biocombustíveis (principalmente a cana, tão ressaltado pelo presidente Lula), que pode alastrar ainda mais a fronteira agrícola à Amazônia, como já acontece nos casos da soja e do gado, bem como a cana-de-açucar. Neste sentido, as medidas espaciais e estimativas proféticas podem comprometer previsões espetaculares e promessas superficiais e sustentáveis.
Publicado por: Amilson Barbosa Henriques
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