Um mundo de espelhos
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"Cheguei à firme convicção de que a vaidade é a base de tudo, e de que finalmente o que chamamos de consciência é apenas a vaidade interior."
Gustave Flaubert
As palavras deste renomado romancista francês despertaram-me para algo que nunca havia notado, a vaidade realmente está ligada à tudo em nossa volta, fundamentada na estética, na classe social, no visual e aparência das pessoas, na idade, no poder, na sabedoria, no dinheiro, e principalmente, no orgulho.
Seu conceito explica ser uma qualidade do que é vazio, fútil, firmada em uma aparência ilusória e criadora do absurdo e do irreal aos olhos alheios. A meu ver, digo ser uma estima exagerada de si mesmo ou de suas posses, uma necessidade de vangloriar-se e elevar-se perante aos outros - a busca constante em ser o centro das atenções.
É comum confundir-se vaidade com auto-estima e muitos vaidosos escondem-se atrás deste álibi, mas é essencial que saibamos que existe uma grande diferença entre ter consciencia de seu valor e reconhecer suas qualidades e defeitos, e precisar mostrar-se mais capaz que outros.
O inacreditável é que apesar das inestimáveis conquistas científicas e tecnológicas, o homem ainda não aprendeu a conhecer a si próprio e aos seus semelhantes. Ainda não percebeu que enquanto cresce em proporção geométrica, seus valores andam a passos de tartaruga, e desta forma, ainda não está pronto para ser totalmente feliz e realizado.
A grande verdade é que precisamos acordar, nos livrar dos espelhos das opiniões e finalmente enxergar os espelhos morais e éticos, os únicos que poderão mostrar quem verdadeiramente somos, sem que nos preocupemos em se encaixar ao mundo ou ter a ilusão que o mundo deve se moldar a nós. Pois como diria Gustavo Corção, escritor e jornalista: "todas as coisas, todas as opiniões, são como o espelho de sua própria importância, da sua própria face, que para ele é a grande, a única realidade, em torno da qual o mundo inteiro é uma imensa moldura".
Publicado por: Jennifer Duarte
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