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Os tombos

Os tombos, sorrisos explodindo felicidade, o monstro do saco, me senti feliz quando caí e me machuquei, Tão logo a peguei, já a comandava, o primeiro presente, a bicicleta.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Quando eu os via para lá e para cá com ela, eles e aqueles sorrisos explodindo felicidade, ficava com os olhos marejados de vontade de estar lá no lugar deles, com ela.

Sentia-me triste e bem dentro de mim calava uma mágoa da mãe e de mim mesma, pois era medrosa demais para desafiar quem tinha gerado a vida minha. E enquanto eles se divertiam e riam e caíam, se machucavam, levantavam, viviam! Eu, com os olhos marejados, observava-os invejosa, tentando criar coragem para o desafio.

Eis que enfim chegou o grande dia em que o monstro do saco já não me assustava. Lembro o quão decidida eu estava em ficar com ela, tomá-la em meus braços e fazê-la minha após tanto tempo de espera.
Foi mais fácil do que eu supunha. Tão logo a peguei, já a comandava. E me senti feliz quando caí e me machuquei, pois sabia que aquilo fazia parte do aprendizado (e como foi maravilhoso sentir-me viva, de fato!).

Porém, eles já não ligavam pra ela, não viam mais graça nela e eu me senti como quem chega por último em uma competição...e me senti sozinha. Ela, que eu tanto quis, me veio tarde... e eu culpei a mãe pelo que sua proteção demasiada havia me feito perder.
Mas sabia, aqui dentro, que era corajosa de menos e que se fosse um pouco mais, teria provado à genitora que embora os tombos machucassem, valiam a pena, por que eles são as lições que precisamos aprender.

Quando eu tiver meus filhos, o primeiro presente que darei a eles será uma bicicleta. Contarei a história de quando eu via meus amigos brincando com ela e vou desejar que meus filhos tenham sorrisos explodindo de felicidade, sem nenhum monstro do saco para atormentá-los. E se desta vez meus olhos marejarem, que seja da alegria de vê-los felizes, rindo, caindo e levantando, aprendendo as lições que os tombos podem nos ensinar.

Por Meg
(claudia.magnolia@hotmail.com)


Publicado por: Claudia Magnólia de Almeida Freitas

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