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TRABALHO REMOTO E JORNADA DE TRABALHO FLEXÍVEL COM FOCO NAS CARREIRAS DE TI

Analise sobre trabalho remoto e jornada flexível de trabalho nas carreiras de TI.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Estamos vivendo uma era em que a tecnologia já faz parte do nosso cotidiano, hoje, fica difícil imaginar uma pessoa sem conexão à internet e a todo o ecossistema que ela pode lhe inserir. A cada dia que passa, nós vamos ficando mais cercados por dispositivos cada vez mais simples e basais que se conectam à rede mundial. O ritual de se conectar à internet não existe mais, as pessoas simplesmente já estão conectadas. Daqui a alguns anos, ficará difícil para as novas gerações imaginarem como que era ter uma vida “não-conectada”, estamos cada vez mais íntimos com a rede.

Com toda essa facilidade em estar conectado, os profissionais de tecnologia têm uma vantagem que está se tornando cada vez mais tendência na área: O trabalho remoto. Uma grande parcela das pessoas que conseguem trabalhar como home office se beneficiam de não precisarem se deslocar por grandes distâncias para estarem presentes no escritório da empresa. O fato de estar presente fisicamente na empresa, não necessariamente está relacionado ao aumento da produtividade, como mostra os resultados de quem trabalha remotamente.

Para o sócio proprietário da SAP, Sebastião Augusto Perossi, a maior presença de empresas da TI está relacionada às características das funções desempenhadas: "A tecnologia possui diversas funções que podem ser executadas de forma remota, sem perder a qualidade e a produtividade dos resultados esperados pelos gestores. ”, Afirma Perrosi.

Outra tendência que vem ganhando cada vez mais força é a jornada de trabalho flexível, principalmente nos times de desenvolvimento de software, que na maior parte da manutenção e criação dos sistemas, não tem necessidade de contato direto com o cliente e, assim, não necessariamente tem a obrigação de trabalhar em horário comercial. Para os funcionários isso pode trazer diversos benefícios como poder trabalhar durante mais horas durante alguns dias e sair mais cedo ou se ausentar em outro que precisar, seja por um outro compromisso ou apenas uma folga. As empresas vêm cada vez mais adotando jornadas com banco de horas, para que o funcionário possa se policiar com os horários, faça seus outros compromissos sem prejudicar o seu trabalho e diminui drasticamente a quantidade de horas extras que a empresa precisa desembolsar para eventuais necessidades em que o funcionário trabalhe por mais uma hora ou duas. A empresa pode direcionar mão de obra para um momento de pico de trabalho solicitando que o funcionário fique mais tempo na empresa e quando este mesmo funcionário tiver intervalos ociosos, usa-los para compensar no banco de horas.

A Philips também está entre as empresas que colhem resultados positivos com a adoção do modelo para alguns funcionários. Segundo a gerente de saúde e bem-estar da Philips, Cristiane José, o número de viagens dos funcionários teve uma queda. A Philips possui um programa chamado Workplace Innovation, que dá aos colaboradores uma opção de trabalhar home office. O programa permite a troca de informações e o trabalho em conjunto com os outros remotamente. Todos os funcionários recebem um notebook e um celular quando contratados, e podem trabalhar de qualquer lugar. "Nossos colaboradores podem fazer home office para os escritórios da Philips no Brasil, os dias são combinados com os gestores de cada área", afirma Cristiane José.

Um estudo de 2016 levantado pela Firjan no Rio de Janeiro, indica que 3 milhões de pessoas gastam, em média, 2h21min para se deslocar para seus respectivos trabalhos e esse tempo que as pessoas perdem para ir e vir para Região Metropolitana gera um prejuízo de R$ 24,3 bilhões. Quem mora em cidades da baixada fluminense como a de queimados, para se deslocar para o centro do Rio esse tempo aumenta para 2h54min, levando em conta que os dados utilizados na pesquisa são de 2013 e que a média de aumento anual foi de 4%, em 2020 esse número poderá chegar a 3h de média de deslocamento e para os moradores de queimados seria algo em torno de 3h42min. Todo esse tempo que é gasto, poderia ser investido para produtividade caso o funcionário tenha a liberdade de trabalhar remotamente.

Outro fator que interessa a essas empresas é o abono do vale-transporte e infraestrutura para suportar aquele funcionário, afinal, ele não precisa sair de casa e está utilizando luz, água e etc. da sua própria residência, essas pequenas economias, escalando para um universo de vários funcionários, fazem uma diferença bastante significativa na contabilidade da empresa.

Hoje em dia, cerca de 10% dos trabalhadores dos EUA têm pelo menos um dia de home Office por semana. Partindo desse dado, a Universidade de Stanford resolveu investigar o tema. Uma empresa chinesa de telemarketing submeteu 250 funcionários a um teste: uma parte deles trabalharia de casa 4 dias por semana e o outro grupo ficaria 9 meses seguindo a rotina normal: da casa para o trabalho, do trabalho para casa. A conclusão foi a seguinte: a turma que trabalhou do conforto do seu lar teve uma performance 13% melhor do que de costume. Esse número é motivado por duas questões principais – eles ficavam menos doentes e faziam menos pausas, além de conseguir realizar mais ligações devido ao ambiente silencioso que os cercava.

Algumas empresas se mantêm firmes contra esse tipo de prática, afinal, o trabalho remoto demanda não somente de capacidade de o funcionário estar em um outro local, mas também de uma relação de confiança e da comprovação de uma produtividade elevada, porém, a cada dia os resultados se mostram mais produtivos e promissores, fazendo com que aos poucos a tendência chega no maior número de oportunidades possíveis.

Não só na carreira de TI, mas também em diversos outros ramos de trabalho a jornada flexível e o trabalho remoto tem ganhado muita força. Podemos enumerar algumas profissões que estão cada dia mais inseridas nesse contexto, como:

  • Jornalistas
  • Escritor
  • Tradutor
  • Contador 
  • Professores
  • Administrador de empresas

Todos esses profissionais se beneficiam da tecnologia e conectividade para poder interagir em “real-time”, bastando ter acesso a uma ferramenta simples para se comunicar como um notebook ou um smartphone.

Hoje temos diversas plataformas de ensino a distância que vem ajudado a diversos profissionais que não tem o tempo necessário para deslocamento e dedicação em um dia específico para se dedicar a aquele curso ou afim. O aluno/cliente pode usar das suas horas vagas aonde estiver para que possa estar sempre consumindo conteúdo e reforçado cada vez mais o seu aprendizado. Isso gera a criação de vagas para profissionais que trabalham como tutores de ensino, servindo para sanar eventuais dúvidas que os alunos possam criar pela “falta” que um professor faz fisicamente disponível no local de estudo.

Como é possível perceber, a área de TI e o que vive em sua órbita são os mais suscetíveis a aceitar horários flexíveis e o trabalho remoto, sendo pela facilidade de acesso de muitos funcionários que como um desenvolvedor, só precisam de uma estação de trabalho, que pode ser um simples notebook. No geral, o profissional que recebe tais benefícios se sente mais livre e valorizado, seja pelo fato de estar no conforto da sua residência e/ou por evitar uma jornada de ida e volta do trabalho que pode afetar e muito a qualidade de vida do funcionário.

Referências:

https://exame.abril.com.br/carreira/esta-e-a-maneira-de-aproveitar-o-home-office-sem-perder-a-produtividade/

https://www.sitecontabil.com.br/noticias/artigo.php?id=429

https://oglobo.globo.com/rio/tempo-de-deslocamento-para-ir-vir-do-trabalho-faz-rio-perder-24-bi-20025603

Autor: Hudson da Costa Angelo


Publicado por: HUDSON DA COSTA ANGELO

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.