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Xenofobia na Africa do Sul

Tudo sobre esse transtorno psiquiátrico, moçambicanos são afetados na áfrica do Sul...

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Desta vez, aparece numa altura em que o jovem é desafiado por vários problemas, ao mesmo tempo que o nosso distrito disponibiliza várias expectativas ao nível cultural bem como do emprego, atendendo que o governo tem em manga muitos projectos e ainda este ano será feita a conferencia distrital de investidores e agora decorrem negociações tendo já sido confirmados alguns empreendimentos inéditos e de grande valor para a economia do distrito e da província e que garantirão mais de três mil novos empregos de mão de obra local. São noticia brilhantes para os jovens e criam mais confiança nos seus dirigentes, pois os jovens são em tudo beneficiários privilegiados de todos resultados a serem desfrutados dentro de dois anos segundo o timoneiro do distrito.

Para alem das lindas noticias, muitos jovens moçambicanos, e por assim dizer, de Morrumbene estão afectados por uma calamidade “xenofobia” na Africa do sul. Este é um comportamento não aceite em comunidades com uma longa história de convivência entre os povos, de uma boa vizinhança e não agressão afirmados por Samora Machel nos Acordos de Incomati nem pelos objectivos da fundação da extinta OUA. Curiosamente, a OUA faria seu aniversário no mês de Maio e é neste mês que há uma instabilidade muito séria em um dos países africanos afectando toda Africa, sua estima, economia e política.

Afinal, que será Xenofobia? Há muitas opiniões por ai, mas numa maneira de pensar mais simples, pode se considerar que é uma aversão patológica pela pessoa que é diferente, pelo outro, que geralmente nos assusta com sua diferença. É um transtorno psiquiátrico que gera um medo excessivo, difícil de controlar pelo desconhecido, que podem ser objectos ou pessoas. Este conceito também se estende, de forma polémica, a qualquer discriminação de ordem racial, de grupo (em referência a grupos minoritários) ou cultural. Esta acepção causa uma certa ausência de clareza, pois é assim confundida com preconceitos, e nem todos eles são considerados fobias.

O repúdio a culturas diferentes geralmente traz em sua essência o ódio, a animosidade, o preconceito, embora este possa provir também de outras raízes, como opiniões preconcebidas sobre determinados grupos ou colectividades, por falta de informação sobre eles; conflitos ideológicos que envolvem crenças em atrito, causados por um choque conceitual; motivações políticas, económicas e outros tantos factores. É polémico, porém, em alguns casos, definir se há preconceito ou xenofobia, e isso remonta de muito tempo na História dos povos, basta reparar a situação do Hitler, os zulus, Boers, lutas tribais e mais. A medida colonial chamada “Táctica de dividir para reinar” também está por detrás da xenofobia, pois um individuo está sempre em desconfiança do outro seu semelhante. São muitos anos de independência mas a ideia do “chefe”, “confiado”, “bem sucedido” deixou marcas e corre ainda nas veias sanguíneas. Resultam neste acto chamado xenofobia.

Ora, é um acto condenável o drama que se vive na Africa do sul, um terror organizado contra estrangeiros depois de tantos anos de convivência. Há registo de mortos, desalojados, desfalque de bens, o que se resume numa tremenda violência que a não encontrar resistência pacifica pode alastrar se num conflito generalizado, desde que em muitos países africanos se encontrem sul-africanos e com muitas benfeitorias. Todavia, os governos são chamados a tomarem uma atitude muito radical de repudio a este comportamento e os jovens devem tomar mais uma vez a dianteira neste combate do mal que emerge entre africanos, evitando participar neste tipo de conflitos e resistindo a manipulação de pessoas mal intencionadas que pode querer utilizar a energia dos jovens para destruir a sua integridade e seu espírito de unidade nacional, africana, etc. Os jovens devem tomar uma atitude de sensibilização dos seus governos por forma a solicitar uma repressão total e uma limpeza dos medos e receios que alguns povos têm de conviver com outros.

Os moçambicanos nunca tiveram razões para serem maltratados fora de Moçambique, basta pensar que existem até estrangeiros que entraram como refugiados e foram acolhidos e integrados no País, maior parte deles estão bem sucedidos e ninguém alguma vez teve medo deles a ponto de repudiar a sua permanência em Moçambique. Há muitos estrangeiros sul-africanos, alguns dos quais praticam até mesmo actos de descriminação de cor ou raça dentro do Pais e ocupam as melhores partes, marginalizam moçambicanos, privam instâncias e praias a favor de estrangeiros, impedem o uso de vias de acesso, e muito mais, nós sempre sensibilizamos lhes pacificamente e convivemos com eles cortesmente no nosso belo País. Mas, em oposição, os moçambicanos e outros que são cruelmente tratados na Africa do Sul, vivem nas zonas menos atractivas e sem condições.

Há também que apelar os jovens moçambicanos, principalmente de Morrumbene para analisar melhor as motivações da partida para uma aventura no estrangeiro, pois, alguns órgãos de comunicação social nacionais, mostraram declarações dos serviços de migração que davam conta de milhares de regressados que estavam na Africa do Sul sem nenhum documento de identificação, isto é, seriam culpados antes de mais nada por violação de fronteira e, seguramente na Africa do Sul viviam ilegalmente e nunca poderiam ser empregados formais o que resultaria no crescimento de criminalidade descontrolada nos locais de chegada. Apelo muito sério e fraterno é que jovens iguais aos outros e iguais a mim, procurem manter se nas escolas e aproveitem os recursos de que o distrito dispõe para desenvolve-lo, produzindo comida na machamba e no mar. O presidente da república propõe sempre nas suas intervenções públicas o sentimento de auto estima, e o que alguns jovens fazem tira esse valor de amor-próprio e auto estima. É verdade que o nosso Pais é pobre mas não é de mendigos e existe Paz, condições suficientes para estar no País e produzir comida até criar emprego.

É por isso que muitos empresários estrangeiros investem suas economias aqui porque têm certeza das potencialidades existentes, desde mão-de-obra qualificada e dedica, terras férteis, recursos para pesca e turismo e tantos outros. Porque sofrer em casa do padrasto se o pai tem tudo e te dá tudo? Voltem irmãos e comportem se como filhos arrependidos, o vosso país, vossos irmãos e famílias vos esperam. Aos prejudicados, que talvez sejam todos que se encontravam lá. A esses todos vítimas, endereçamos palavras de conforto e encorajamento. Há que ter muita força e determinação neste momento de tristeza e lágrimas. As lágrimas moçambicanas sempre foram transformadas em coragem, força e determinação para superar as crises e lutar por dias melhores. É esse espírito que caracteriza o moçambicano e o povo de Inhambane, e tem que ser de verdade o espírito de Morrumbene.

Notem que estamos todos envolvidos, de uma forma directa e indirectamente todo povo moçambicano, basta olhar para o investimento que o governo fez e vai fazer no sentido de minimizar os efeitos desta catástrofe. São viagens, tendas, comida, saúde, e muito mais. Por isso, esperamos mesmo que as famílias façam um exame de consciência com seus irmãos de forma a assumir um comportamento de maturidade e auto estima evitando comportamentos errados como agressões as esposas, filhos, pais, vizinhos e amigos; o roubo, a droga, a violência de que espécie, a prostituição e outros males que são contra o bom-nome do Pais.

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Francisco Miguel
E-mail: muroela@gmail.com Cell: (+258)-827300340


Publicado por: Francisco Miguel

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