O Crepúsculo da Honra: A Tragédia do Exército do Tennessee na Batalha de Nashville
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Batalha de Nashville. ©Kurz & Allison
No auge da Guerra de Secessão, em dezembro de 1864, a Batalha de Nashville testemunhou o desdobramento de um capítulo sombrio na história do Exército do Tennessee. Após a carnificina brutal em Franklin e a captura das fortificações abandonadas pelos federais, o general confederado John Bell Hood lançou uma ofensiva fatal contra a capital do Tennessee.
Apesar dos inúmeros soldados que haviam sucumbido em ataques anteriores, a superioridade numérica esmagadora dos nortistas – quase cinco para um – selou o destino da batalha. O general George Thomas, líder do exército da União, avançou corajosamente, aproveitando a vantagem contra um inimigo numericamente inferior. A determinação de alguns oficiais subalternos e soldados individuais não foi suficiente para evitar a tragédia iminente. O que restou do orgulhoso Exército do Tennessee foi derrotado e varrido do campo de batalha nos dias 15 e 16 de dezembro de 1864.
Mesmo após a derrota em Nashville, os remanescentes do Exército do Tennessee não desistiram. Durante o rigoroso inverno de 1864-1865, aqueles que sobreviveram à trágica ofensiva de Hood uniram-se às "partes remendadas" lideradas pelo general Joseph Johnston. Juntos, eles lançaram uma última tentativa desesperada de atrasar a marcha imparável de Sherman através das Carolinas do Norte e do Sul.
O conflito em Bentonville, em março de 1865, evidenciou a resiliência dos corajosos insurgentes. Embora lhes faltasse força para "mudar a maré", conseguiram fazer os ianques pagarem com sangue por cada passo que avançavam.
A imagem sombria atingiu seu ápice em 4 de abril de 1865, quando o tenente Bromfield Ridley, do estado-maior do general A.P. Stewart, testemunhou o que descreveu como "a visão mais triste de sua vida". A procissão fantasma do Exército do Tennessee, outrora orgulhoso, marchava em uma forma esfarrapada, com sapatos desgastados ou até descalços. Suas fileiras rarefeitas eram lideradas por bandeiras desbotadas, seguidas por apenas trinta a quarenta soldados cada. Ridley comparou essa visão a um cortejo fúnebre, reconhecendo a melancolia que pairava sobre os corajosos defensores da Confederação.
O crepúsculo da honra tinha chegado, marcando o fim de uma era para o Exército do Tennessee. As palavras amargas de Ridley ecoaram, lembrando que o que antes fora um exército orgulhoso agora havia decaído para algo que ele descreveu como uma "gangue de saqueadores". O destino cruel desses bravos soldados ecoa na história, lembrando-nos das profundezas da tragédia naqueles tumultuados dias finais da Guerra Civil.
BIBLIOGRAFIA:
POHANKA, Brian. "Uma História Ilustrada da Guerra Civil Americana 1861-1865". Eksmo, 2003.
Publicado por: César Alexandre da Silva Aprile
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