A Batalha de Termópilas
Sobre a lenda da batalha de Termópilas, filme 300, Segunda Guerra Médica, Grécia, Xerxes, Leônidas.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
A batalha de Termópilas, que aconteceu no contexto da Segunda Guerra Médica (guerra decorrente dos conflitos entre os Gregos e os Persas), passou-se em 480 a.C. no desfiladeiro de Termópilas, na Grécia. Embora tenha se passado há muito tempo, ainda hoje é alvo de estudos por muitos historiados. Logo que, além de ser considerado um marco histórico, constitui um clássico de estratégia militar.
Sob o comando do Imperador Xerxes, o exército persa avançava em meio à Grécia Central, o que constituía uma ameaça às civilizações gregas. Supunha-se na época que sua tropa contava com um número aproximado de 5 milhões de soldados, entretanto, estudos recentes comprovam que não passara de duas centenas de milhares (ainda sim, constituindo uma grande vantagem sobre o contingente grego).
Em meio à situação de perigo, elaborou-se uma aliança entre as Cidades-Estado Gregas comandada pelo Rei e General Espartano Leônidas. Este estudou bem o terreno e escolheu o desfiladeiro de Termópilas, “Portas Quentes”, como o local mais apropriado para o confronto, pois era uma região bastante estreita, onde a enorme diferença numérica existente entre ambos os exércitos não resultaria em uma enorme vantagem aos gregos. Para melhor assimilação, imagine um corredor não muito largo, onde enfileirados paralelamente só poderiam passar uns 20 soldados. A qualidade individual de cada um sobressairia sobre a quantidade destes.
As tropas comandadas por Leônidas constituíam-se de 300 Espartanos, a elite da elite guerreira helênica, e mais 7000 aliados de outras cidades gregas. As tropas gregas utilizavam eximiamente bem a formação de falange (Phalanx), ou seja, uma concentração de soldados, alinhados em linha e colunas coesas, protegidos por seus grandes escudos e com as lanças apontadas para frente. Tornavam-se dessa forma, uma barreira potencialmente intransponível quando combatida frente a frente.
Xerxes fora informado que, os espartanos estavam aguardando, com uma força militar infinitamente menor, porém, ainda assim pareciam despreocupados. Com esperança de que os gregos se rendessem, Xerxes aguardou durante 4 dias, e quando se deu conta de que estes não estavam dispostos a abandonar a causa sem ao menos lutar, ordenou um ataque no quinto dia.
Os gregos então se dispuseram em Falanges, como já explicara, formando uma muralha de lança e escudos de uma ponta a outra da passagem de Termópilas. Os persas, não dispondo de muitos artifícios, não conseguiam de forma alguma transpassar a mureta grega que lutava bravamente por suas vidas. Como não poderiam ser rodeados ou cercados, mediante ao terreno, reduziram brutalmente a vantagem dos números nitidamente maiores do exército persa.
Xerxes não podia acreditar no que ocorria e não se deixaria vencer para um grupo tão inferior numericamente. Eis que então prometeu que iria fazer uma chuva de flechas tão grande, que cobriria a luz do sol. Sendo assim, Dienekes, respeitado integrante do exército espartano, simplesmente comentou: “Ótimo. Combateremos, então, à sombra”. Durante o segundo dia de batalha, os persas continuavam sendo aniquilados e Xerxes ordenou o ataque da sua elite, os Immortais, acreditando assim, ser capaz de quebrar a formação grega. Todavia, cometera um triste engano, e a falange espartana infligiu pesadíssimas baixas na elite persa, forçando-os a bater em retirada.
Foi aí que surgira a oportunidade de vitória persa. Ephialtes, um dos gregos, desertou para o lado persa e informou a Xerxes da existência uma passagem alternativa no desfiladeiro. Isso resultaria num flanqueamento das tropas gregas. Alguns gregos guardavam a passagem, entretanto foram atacados pelo contingente persa de surpresa, que iniciava uma reação.
Ficava nítido que a derrota grega era só uma questão de tempo. Logo, o Rei Leônidas dispensou os gregos não-espartanos da batalha, restando 300 soldados que se recusaram a abandonar a batalha e decidiram morrer lutando para retardar o avanço persa. O combate foi feroz e os gregos foram sendo empurrados contra as montanhas, enquanto seus números iam diminuindo gradativamente. Os Espartanos eram soldados de elite, treinados desde a infância para, se possível, dar suas vidas pelo bem de Esparta e assim fizeram. Após um tempo, Leônidas caiu em batalha - o que geralmente desmoraliza uma tropa - mas ao contrário do esperado, os espartanos lutaram bravamente para proteger seu corpo. Dizem que, quando suas lanças quebraram, os Espartanos lutaram com suas espadas e quando estas também quebraram, o combate foi com as próprias mãos e dentes. Até que o último soldado espartano foi derrubado a flechadas.
Os gregos, como foi retratado, foram capazes de originar um grande impacto sobre as tropas de Xerxes, matando dois de seus irmãos e abatendo extraordinariamente a força invasora persa, onde em confrontos posteriores, os persas seriam derrotados. Fica a lição do qual não vence uma batalha somente aquele que consegue dezimar o exército inimigo, mas sim aquele que é capaz de cumprir seus objetivos. Os Espartanos, ao deterem durante dias, os persas nas Termópilas, permitiram a salvação de Atenas e, conseqüentemente, da nascente Civilização Ocidental.
Publicado por: Rodolfo Ferreira
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