O Fordismo e o Modelo T
O Fordismo e o Modelo T, Linha de montagem, Henry Ford, a história de Henry Ford, “The Universal Automobile”, produção fordista, o Ford modelo T.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
O Fordismo é um sistema racional de produção em massa, que transformou radicalmente a indústria automobilística na primeira metade do século XX.
Uma das marcas do Fordismo foi o aperfeiçoamento da Linha de Montagem. Com isto, os automóveis eram construídos em esteiras rolantes que funcionavam enquanto os operários ficavam, praticamente, parados nas “estações”, quando realizavam pequenas etapas da produção. Desta forma não era necessária quase nenhuma qualificação dos trabalhadores.
Seu idealizador, Henry Ford, praticou à risca os projetos de padronização e simplificação criados por Taylor e promoveu novas tecnologias para o período histórico. Além do mais, Ford também criou o mercado de massa para os automóveis. Seu grande objetivo era o de ter um produto muito barato, para que todos podessem comprá-lo.
O empreendedor Henry Ford nasceu em 1863, numa fazenda em Deaborn, no Estado norte-americano de Michigan. Quando tinha 12 anos, seu pai o levou até Detroit, para apreciarem uma composição de trem. Disto, Ford já pensou numa máquina com 20% das dimensões da locomotiva que havia conhecido.
Entre 1883 e 1887, Ford foi estudar na Detroit Edison Lighting Company. Neste período, alugou uma garagem na Bagley Avenue. Enquanto vários estudiosos discutiam em torno da idéia de se usar motor a vapor ou elétrico, Ford partiu para experiências com motores à combustão interna, com uso de Etanol e de Gasolina como combustíveis.
Em 1896, Ford finalmente inaugurou sua garagem, quando construiu um quadriciclo de motor traseiro, de 4 cilindros, com radiador de água e com rodas de bicicletas. Após conhecer este veículo motorizado, a Detroit Automotive Company o contratou.
Pensando em ficar conhecido, Ford dedicou seu tempo na construção de um automóvel de corridas. Assim, em 1901, Ford construiu o “Sweepstakes” – automóvel com motor de dois cilindros e 8.8 L de cilindradas. Em outubro deste mesmo ano, em sua primeira corrida, em Gross Point, Michigan, o automóvel saiu vencedor.
No ano seguinte, Ford lançou o 999, ou seja, mais um automóvel de corridas. Esta máquina fazia 60 milhas por hora. Agora, conhecido pelos seus “bólidos”, em 1903, o empreendedor fundou a Ford Motor Company.
Em 1908, apresentou o famoso Modelo T – “The Universal Automobile”. O sucesso desse automóvel foi tão grande que, num prazo de 12 meses aproximadamente, foram vendidas 10 mil unidades. Com certas inovações, frente às demais marcas, foi o primeiro automóvel com volante à esquerda. Também, era equipado com um câmbio de engrenagens e com duas marchas para a frente e uma à ré. Estas marchas eram selecionadas por meio de pedais. Mas, para funcionarem, o freio de mão deveria estar na posição correta.
Outra novidade era o acelerador: Ainda não era com pedal, porém uma alavanca ao volante, que fazia par com outra, para ajustar a regulagem do motor. Essas duas alavancas, na horizontal, formavam a figura de um bigode, o que levou o Modelo T, no Brasil, a ser chamado de Ford de Bigode. O motor era um 2.9 L de 17 cv de potência e velocidade máxima de 55 km/h.
No início, com sua linha de produção, Ford oferecia o Modelo T ao preço de US$ 850,00 e em cinco cores: cinza, verde, vermelho, pérola e preto. E, para atrair seus potenciais compradores, Ford anunciava: “Ford é o melhor automóvel, não porque é mais barato, mas porque vale mais”.
Com este marketing, Henry Ford passou a vender 18 mil unidades/ano. Contudo, em 1913, esta marca chegou a 200 mil unidades/ano. Mas o sucesso de tamanha produção e grande venda estava na Linha de Montagem idealizada por Ford, quando esta fazia com que cada peça chegasse ao trabalhador que tinha função específica. Aí, as peças se moviam de “estação” em “estação de trabalho”.
Este sistema de estações, curiosamente, foi idealizado por Ford, depois que ele tinha conhecido o trabalho dos empacotadores de carne, em Chicago, onde os pedaços de carne se moviam em ganchos, que corriam pela Linha, para que a carcaça do animal fosse desmontada. Assim, juntando com as teorias do Taylorismo, Ford pensou na reversão do processo, ou seja, a Linha de Produção para montagem de automóveis.
A partir de 1913, a produção Fordista fez com que cada automóvel fosse montado em 93 min. Neste contexto, em 1914, Ford lançou sua mais famosa frase: “Quanto ao meu automóvel, as pessoas podem tê-lo em qualquer cor, desde que seja preta!”. Acontece que, para a Linha de Produção Fordista, a cor preta é o que secava mais rápido.
Como conseqüência do Fordismo, o principal produto, o Ford Modelo T, a partir de 1915, passou do custo de US$ 850,00 para US$ 490,00 e com isto passou a produzir 300 mil unidades/ano. Só nos EUA, são 500 mil proprietários desse automóvel.
No entanto, a Linha de Produção Fordista era entendiante. Com isto, por anos, cada trabalhador estava apenas numa execução de tarefas. Mas Ford, tomando consciência disso e para promover o entusiasmo dos trabalhadores, em 1914 lançou o Cinco Dólares/dia; baixou de 10 horas para 8 horas/dia. Além disso, Ford criou o Departamento Sociológico: assim, passou a estabelecer regras de convivência para seus trabalhadores.
E, para a felicidade daqueles que apreciavam a Revolução Industrial Fordista, em 1924, o Modelo T de número 10 milhões, custava US$ 290,00. Assim, com seu baixíssimo custo, em 27 de maio de 1927, foi produzido o último Ford Modelo T, sob nº. 15.007.003.
Porém, Henry Ford, pela busca de resultados, literalmente, colocou o mundo sobre rodas, quando uniu pessoas de todos os modos de vida, numa gigantesca inter-relação social em torno do automóvel.
Publicado por: alberto jorge mansur
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