O tráfico negreiro e a escravidão
Tráfico negreiro é o nome que se dá ao sequestro de negros africanos, durante o período colonial, na condição de escravos.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Infelizmente, a escravidão sempre existiu na história da humanidade. Ao longo da história, brancos e negros foram escravizados. Tráfico negreiro é o nome que se dá ao sequestro de negros africanos, durante o período colonial, na condição de escravos, para as Américas e outras colônias europeias.
Ao trazer africanos para o Brasil, no século 16, o objetivo dos portugueses era suprir o problema da mão-de-obra. Permaneceram escravos cerca de quatro séculos. Livres pela Lei Áurea (13/5/1888), os libertos não foram indenizados pelas contribuições prestadas ao País e nem pela violação e degradação de seus direitos. Até hoje são estigmatizados pela cor, pelas práticas culturais e religiosas, os afro-brasileiros engrossam a fila do analfabetismo, afinal, são excluídos da universidade e são as maiores vítimas do desemprego. O dado mais significativo nessa questão é que não se pode incorrer no erro de acreditar que a vida do negro melhorou, de fato, com o fim da escravatura. Por sua vez, o racismo permaneceu.
Por fim, vale lembrar que o dia 20 de novembro – data oficial da morte de Zumbi dos Palmares, que lutou contra a servidão – é considerada a data mais importante para a comunidade negra.
As leis abolicionistas
No Brasil, portanto, as leis abolicionistas foram criadas com o intuito de adiar ao máximo o término da escravidão. O fato é que essas leis foram instituídas a partir da pressão internacional. Exemplo disso é a lei inglesa Bill Aberdeen (1845), que autorizou a marinha britânica prender navios negreiros em alto mar. Deste modo, sem o apoio da comunidade internacional, ao manter o escravismo, o País ficou mundialmente isolado.
Para resolver o problema, o staff escravista conseguiu a aprovação de leis no Parlamento com o objetivo de protelar o fim do escravagismo. São elas: Lei Eusébio Queiroz (1850), que proibiu o fim do tráfico de escravos africanos para o Brasil com severas penas aos infratores, em seguida, a Lei do Ventre Livre ou Rio Branco, que declarou libertos os filhos de escravos nascidos a partir de 1871, Lei dos Sexagenários (1885) ou Saraiva Cotegipe, proclamou libertos os escravos maiores de 65 anos de idade e finalmente a Lei Áurea (1888), que pôs fim ao cativeiro no País. (Ricardo Santos é prof. de História)
Publicado por: RICARDO SANTOS
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