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O racismo no Brasil

Breve análise sobre o racismo no Brasil.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Quando falamos de racismo no Brasil,ou delimitamos discussões sobre o assunto logo se pensa em nossa atualidade a qual ainda possuí enraizadas desigualdades e conceitos deferidos pelas raças. Desde os séculos XVI-XVIIas definições estabelecidas pelo critério diversificado entre raça e racismo, assumem que ambos conceitos reconhecem as relações de ascendênciae de sujeitos perante as classes. Preconceito consiste em uma atitude hostil que pode ser direcionada a um grupo como um todo ou auma pessoa em função da sua pertença a um grupo social (ALLPORT, 1971). Fica claro, a partir dessa definição, que o preconceito está ligado a grupos sociais, mais ainda aos grupos socialmente desvalorizados. No caso do racismo, um indivíduo e/ou toda uma categoria social são definidos como diferentes, por isso são discriminados ou excluídos com base em alguma marca física externa, a qual é ressignificada em termos de uma marca cultural interna (LIMA; VALA, 2004).A sociedade desde suaconcentração sobre ‘tons de pele’, os quais definiam desde que a humanidade se triplicou e assumiu novas melaninas, a cor da pele atribuiu característicasque fossem questionáveisdiante da sociedade.

No Brasil,discorre-se pela análise em que a ideologia racial continua sendo difamada, arquitetando ações que trazem uma exclusão diante da classificação do indivíduo. É espantoso perceber como a etnia do ser é covardemente banalizada, o que nos deixa ainda mais perplexos são os números exorbitantes que segundo o Mapa da Violência em nosso país em 2016, a cada 23 minutos um jovem negro era assassinado, dados alarmantes que nos mostra queo preconceito ainda acontece, cada vez mais frio e cruel.Por apresentar atributos de um passado marcado pela escravidão, o Brasil prossegue em uma onda onde ainda as visões perante raça e preconceito são desiguais, pensando que desde a extinção da escravidão após a assinatura da Lei que extinguiu todo este processo horripilante e desumano, não houve a garantia da educação aos negros, ou quaisquer outros meios de valorização.É necessário entender as relações étnicoraciais como forma de composição desenvolvida a ser marcada na escravidão a princípio pelos indígenase logo depois a população negra, as quais aindaocorrem em nosso território.

É alarmante perceber a falta de estudantes negros ingressos em escolas da rede privada, o analfabetismo altamente taxado, e principalmente a falta de personagens negros dentro de sala de aula, e o quemais ficaa mercê é a falta de educadores negrosnas escolas, pois o número ainda é pouco significativoe cresce lentamente no ensino brasileiro, visto queainda se falta maiores pendências na contratação de profissionais.Portanto, fazendo um paradigma entre o texto ‘’Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo e etnia’’, Munanga esclarece que hoje os conceitos de raça e etnia são convicçõesde domíniopré-estabelecidas, as quais este paralelo ainda é desentendido principalmente por pessoas que são leigas no assunto ou de pesquisadores que estão no início.É importante verificar o papel da escola em relação a esse assunto que é marcado por diversas manifestaçõese protestos em todo país, obter a ‘desconstrução’do racismo é algo que ainda será marcado por inúmeras lutas, o desafio é cada vez maior visto que o preconceito é ainda um dos maiores problemas encontrados na sociedade.

Observamos esta disfunção causada em milhares de ambientes, nos meios de comunicação a reflexão sobre o que nos traz o reality show Big Brother Brasil (2021), evidência um enorme caminho que ainda deve ser trilhado, a influência de raça é assunto subestimado, onde viver numa era totalemente voluvél que explana um militarismo desconcertado, aborda ainda a falácia de consciência dos indivíduos diante do que é práticar o racismo, da forma em que nos vemos diante nossa miscegenação ancestralista. Ataques racistas, a falta de informação, a intolerância ao se 'violentar verbalmente' caso que ocorreu com a cantora e compositora Ludmilla, onde em um evento de músicas no qual iria se apresentar, sofreu ofensas, e foi duramente atacada por vaias, e xingamentos intolerantemente racistas.

É falho dizer que a evolução do pensamento humano está próxima, é erronéo negar os acontecimentos passados, o racismo no Brasil ainda é gloriado por números e estatísticas que se recriam todos os dias. É necessário alavancarmos ainda, desde a concepção na escola, ensinar as crianças todos os aspectos e valores, retirando a escassez em somente ensinarmos que o negro é figura escravicista; e que pelo contrário, vidas negras importam...

REFERENCIAS:

GOLDBERG, D. T. (Orgs.).Race critical theories, text and context. Malden/Oxford: Blackwell Publishers, 2002. p. 283-306. 

LIMA, M. E. O.; VALA, J. As novas formas de expressão do preconceito e do racismo.Estudos de Psicologia, Natal, v. 9, n. 3, p. 401-411, 2004.

MUNANGA, Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia. In: Programa de educação sobre o negro na sociedade brasileira, 2004.


Publicado por: Alessa Cristina Silva

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.