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O Governo Jânio Quadros

Você conhece a história do governo de Jânio Quadros? Clique e confira!

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

A eleição presidencial de 1960 (a última antes do golpe militar) foi marcada pela sua grande disputa eleitoral entre os 5 principais canditados a presidência e a vice-presidência. Jânio Quadros, Adhemar Barros e o Marechal Teixeira Lott disputaram pela presidência, enquanto João Goulart e Milton Campos disputaram a vice-presidência.

O candidato lançado pela (PTN) e (PDC) Jânio Quadros venceu as eleições para presidente com pouco mais de 48% dos votos, acompanhado do slogan ''varre, varre, vassourinha, varre varre a bandalheira” que empolgou os eleitores, enquando João Goulart venceu as eleições para vice-presidente. Estava se iniciando um novo período na história política brasileira, que antecederia um dos piores momentos da história brasileira, a ditadura militar.

O governo Jânio Quadros é marcado principalmente pelas suas contradições, como o restabelecimento das relações político-diplomáticas com a URSS, condecorou Che Guevara, um dos líderes da Revolução Cubana, com a medalha Cruzeiro do Sul, em agosto de 1961. Todas essas contradições culminariam em uma série de fatores negativos para o presidente, como o início das críticas da elite, militares e dos principais representantes da UDN, como Carlos Lacerda, que ''temiam'' uma aproximação do governo com a ''sociedade vermelha''.

Em relação aos problemas econômicos, como a inflação alta, o presidente adotou algumas políticas internas, como a diminuição dos gastos do governo com a educação e saúde, congelamento do salário mínimo, mas isso de nada adiantou, pois a inflação continuava alta e a dívida externa só aumentava. Algumas medidas ''estranhas'' adotadas pelo presidente também são lembradas em seu governo, como a proibição das brigas de galo e do uso de biquínis em desfiles.

As coisas só pioravam para Quadros, que tinha a maioria dos seus projetos rejeitados pelo congresso nacional, tinha uma  forte oposição da elite, de algumas classes de trabalhadores e dos militares. Tudo isso foi resultado da política externa independente adotada no início de seu governo( aproximação da China e URSS e afastamento dos EUA), que culminou na perda do apoio político-social por parte da elite e dos militares.

No dia 24 de agosto de 1961, Carlos Lacerda acusou o presidente de estar planejando um golpe de Estado. No dia seguinte, Jânio Quadros enviou ao congresso uma carta de renúncia à presidência, que aceitou o pedido do ex-presidente. Segundo a constituição de 1946, em caso de renúncia do presidente, o cargo seria entregue ao vice-presidente, no caso João Goulart.

Alguns historiadores dizem que a renúncia de Jânio Quadros foi uma estratégia política, que tinha como objetivo voltar à presidência com maiores poderes, com o apoio do congresso e da elite. O raciocínio é simples, o congresso e os militares não iriam permitir que João Goulart(esquerdista), assumisse a presidência, logo teriam que pedir a Jânio Quadros para voltar ao seu cargo, lhe oferecendo em troca o seu apoio político.

Alguns dias depois, com o objetivo de evitar uma guerra civil no país, foi criada uma Emenda constitucional, que instituía o parlamentarismo como forma de governo, logo limitaria o poder de João Goulart, quem governaria de verdade era o primeiro-ministro.


Publicado por: Felipe José Mendes de Lima

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