Protestos no Chile (2019-2020)
Análise sobre os protestos no Chile em 2019 e 2020.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Em outubro de 2019 explodiu uma série de manifestações no Chile. Inicialmente estas manifestações pediam a suspensão do aumento da passagem de metrô no país. No entanto, mesmo após a revogação do aumento, as manifestações continuaram e suas pautas aumentaram.
As manifestações não tinham uma lista precisa de demandas e nem um líder, suas pautas giravam em torno de uma crítica geral ao um sistema econômico neoliberal que o país adota.
Esta política neoliberal fez com que o Chile tivesse um relativo êxito nos seus índices econômicos se comparado a um período anterior ou até mesmo a outros países sul-americanos. Entretanto, esta política deixa desamparada uma grande parte da população chilena, pois não fornece uma série de serviços para a população mais carente, como um sistema de saúde universalizado, por exemplo.
O histórico das manifestações.
Em outubro de 2019, as passagens de metrô em Santiago sofreram um aumento de 3,75%, uma taxa que não se via desde 2010. Junto a este aumento se somava um aumento prévio das passagens em janeiro do mesmo ano e o aumento do preço das contas de luz.
Esse cenário despertou diversas manifestações, inicialmente protagonizadas pelos estudantes, mas com a repressão aplicada ao movimento dos secundaristas e a falta de recuo destes, elas aumentaram enormemente.
No dia 18 de outubro, ocorreu uma das manifestações mais emblemática de todo o processo, com diversos manifestantes indo para as estações de metrô e forçando a entrada sem pagar. Este episódio resultou no fechamento de todas as estações do país e deu início a uma escalada de protestos mais extremos.
Correram muitos episódios de violência como incêndios propositais nas estações de metrô e depredações em geral, o que fez com que o governo chileno decretasse Estado de Emergência. Na semana seguinte, com a continuidade das manifestações, aplicou também toque de recolher na maior parte do país.
Inicialmente houve muita repressão aos protestos o que resultou em 20 mortos e 592 civis feridos, centenas de detidos. Pela primeira vez desde o fim do regime militar de Augusto Pinochet, o governo enviou tropas de protestos para a rua.
Este cenário de repressão fez com que a insatisfação da população chilena crescesse ainda mais. No dia 25 de outubro, foi convocada a “maior manifestação da história” do Chile, com a participação de mais de 1,2 milhão de pessoas. Esta manifestação marcou uma mudança na postura do governo chileno, que passou a buscar um maior diálogo com os manifestantes e suas reinvindicações.
Dentro deste cenário, o presidente Sebastian Piñera pediu a renúncia de todos os seus ministros, o do interior e de segurança pública, o que era pedido por muitos manifestantes.
Fontes:
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/10/20/entenda-a-onda-de-protestos-no-chile.html
https://www.politize.com.br/protestos-no-chile/
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/11/02/internacional/1572723876_406423.html
https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2019/10/21/o-que-esta-acontecendo-no-chile-especialistas-explicam.htm
Publicado por: Guilherme do Nascimento Rodrigues
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