O Brasil é um país de todos?

O nosso país é caracterizado pela grande diversidade quanto à cultura, raça, etnia, entre tantos outros que marcam esta riqueza de valores, estendendo-se por um vasto território de aproximadamente 8 514 876 km². Segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) os Estados do Nordeste, Sudeste e Sul concentram quase 90% da população do País, em cerca de 25% do território nacional, enquanto os Estados das Regiões Norte e Centro-Oeste concentram 10% da população, em cerca de 75% do território. Nesta heterogeneidade, a desigualdade social é o sinal mais evidente.

A desigualdade nas regiões brasileiras é evidente, pois quando comparamos o Nordeste e o Norte com poucos investimentos por parte do governo e do outro lado o Sul e o Sudeste com grandes investimentos fica bem claro o porquê das causas da diferença entre tais locais, visto que são inúmeros os fatores que influenciam na infraestrutura das regiões, dentre eles: o melhoramento da saúde pública, do saneamento básico, da educação, da moradia, entre outros. Tratando então de uma das regiões citadas, o Nordeste, percebemos que a falta de investimentos deste força o governo criar maiores benefícios à população nordestina e um deles é o BOLSA FAMÍLIA.

Porém, devemos ressaltar que a desigualdade social no Brasil não acontece somente no Nordeste, afinal isto ocorre no país inteiro e quando tratamos de grandes centros urbanos a situação e os reflexos desse mal parece ser ainda maior e pior. Os altos índices de violência como por exemplo, tráficos de drogas, roubos e assassinatos são apenas algumas das consequencias geradas por isso.

No entanto, a qualidade de vida não deve ser analisada apenas pelos fatos acima mencionados. É necessária uma reflexão sobre a saúde pública no Brasil, que também participa do bom desenvolvimento social da população, ela se encontra vastamente precária, afinal faltam leitos, materiais fundamentais para o atendimento de doentes, vagas e boas condições para os profissionais de saúde. Anteriormente, a saúde pública não tinha tanta importância como nos dias atuais, mas isso teve de ser mudado tornando até mesmo uma questão a ser vista com uma maior atenção por parte das autoridades.

Agora se tratando de lazer, o Brasil nesse quesito também é ruim, as possibilidades de acesso ao lazer para as camadas mais populares são restritas, porque o próprio governo não financia de modo algum e se caso ele financia são em lugares mais ricos dos centros urbanos, e, conseqüentemente para os desfavorecidos sobram a televisão e o futebol nos finais de semana. Logo, o acesso quanto ao lazer não é democratizado, bem como somente as classes com maior poder aquisitivo possuem melhores condições para financiar e desfrutar nas áreas de entretenimento, enquanto as classes desfavorecidas por não possibilitarem financeiramente de acessar o tal lazer, recorrem às formas menos atrativas, como as praças, visitas aos familiares etc.

O Brasil está marcado por uma má qualidade de vida, o cenário da realidade brasileira é alarmante, educação está em uma situação delicada. Um ponto de partida para mudar tudo isso é a melhoria de uma educação de qualidade. Assim, vale ressaltar que a educação brasileira só evoluirá quando a sociedade participar intensivamente junto com o governo, pois não parte apenas de um lado, mas sim de todos que fazem parte deste país.

Mediante o exposto, conclui-se que o Brasil, por ser um dos países mais desiguais do mundo, não fornece condições de igualdade para a maioria da população, então a melhoria nas condições de vida e melhores oportunidades devem ser motivo de luta para os cidadãos brasileiros. E, o hoje é o reflexo de um passado histórico político-econômico de nosso país. Para agravar, o mundo vive no sistema capitalista, onde quem tem poder estabelece as regras. Será mesmo o Brasil um país de todos?