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Energia no Trabalho

Energia no Trabalho, índices de poder, energia psíquica, extroversão e auto-estima, desfrutar a complexidade, entropia no trabalho, viver com equilíbrio e energia psíquica.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

"Quando sou, por assim dizer, absolutamente eu mesmo - completamente só e de bom humor; é nessas ocasiões que as minhas ideias fluem melhor e mais abundantemente". -                                Wolfgang Amadeus Mozart

INVESTIR ENERGIA PSÍQUICA NA VIDA E NO TRABALHO

Cada homem é diferente de todos os outros homens em termos de uma quase infinita lista de variações, tal como a mulher é diferente de todas as outras mulheres. E em todas as sociedades conhecidas estas variações são usadas como índices de poder. Nas sociedades de forte intensidade competitiva, o conhecimento, a astúcia e a força da personalidade das suas comunidades são características que explicam o êxito das suas organizações, a capacidade de influenciar e um sentimento de responsabilidade para com a comunidade.
A existência ou não de uma oportunidade de acção, e o facto de essa oportunidade constituir um obstáculo inultrapassável ou um desafio estimulante, depende mais da preparação mental da pessoa que a enfrenta do que de quaisquer condições materiais objectivas. As pessoas que atingem uma boa classificação na força da personalidade, igualmente associada à extroversão e à auto-estima, tendem a ser mais activas, a assumir posições de chefia e influência; por outras palavras, as personalidades fortes, seja qual for o estrato social a que pertençam, são curiosas, perseguem a inovação, e as suas crenças, ideias e hábitos estarão mais frequentemente representados no futuro das empresas. Infelizmente, há sempre excepções para provar que nem sempre assim acontece.

A sociedade tem muitas maneiras de permitir às pessoas construírem energia psíquica, mas para nos interessarmos por actividades precisamos de modelos, entre outras coisas, e, as mais das vezes, não há na comunidade adultos capazes de induzir os indivíduos a dedicarem-se a actividades de fluxo. A maioria tem medo de perder o controlo sobre a sua própria energia psíquica, e é talvez a principal razão que leva tantas pessoas a voltarem a sua atenção para dentro e tentarem defender o eu ignorando o potencial de envolvimento que as rodeia. Chegou talvez a altura de reunir as peças da resposta que tem levado muitas pessoas a achar que podem pôr de parte as boas maneiras e a preferirem o tempo livre entediante e deprimente.
O tipo de atividades que proporciona fluxo no trabalho depende do tipo de trabalho e das capacidades do trabalhador. Como seria de esperar a novidade e a variedade tendem a produzir mais fluxo. Mas a verdade é que algumas pessoas têm experiências de fluxo no mesmo trabalho onde outros encontram tédio, provando uma vez mais que não são as condições externas e objectivas que definem a qualidade da experiência e motivam a viver o trabalho com paixão, mas a maneira como respondemos a essas condições.

Uma evolução harmoniosa depende da nossa capacidade de investir energia psíquica no trabalho, nos tempos livres, na vida. O indivíduo que concentra e gasta toda a sua atenção a tratar do presente, ou a defender-se de possíveis perigos futuros, terá inevitavelmente um eu que será deixado à margem da corrente da evolução. Surpreendentemente, as actividades passivas de tempos livres menos susceptíveis de produzir fluxo são ver televisão e os trabalhos de manutenção domésticos. Nas raras ocasiões em que as pessoas estão envolvidas em formas de lazer activas – pintar, tocar piano, modelar barro, por exemplo – é quando referem os mais altos níveis de fluxo e energia psíquica, mas essas actividades parecem ocorrer com tão pouca frequência na vida da pessoa média que quase não deixam rasto. A questão é, portanto, como aprender a desfrutar de uma maior complexidade, em vez de sermos obrigados a encontrar prazer em actividades que apenas proporcionam à consciência um simulacro de harmonia? Conforme as competências que uma pessoa venha a cultivar ao longo da sua vida, assim serão as diferentes actividades capazes de proporcionar alegria e conduzir à complexidade.

Quando lutamos contra a entropia no trabalho ou na vida pessoal recebemos uma recompensa imediata e muito concreta pelos esforços, gostamos do que estamos a fazer, momento a momento. O eu é inundado por um sentimento de exaltação quando metemos mãos a uma tarefa que exige competências complexas, que conduz a um objectivo difícil de atingir. Nesses momentos sentimos que, em vez de sofrermos os efeitos de acontecimentos sobre os quais não temos o mínimo controlo, estamos a criar as nossas próprias vidas. Criámos no nosso sistema nervoso, uma preferência pela complexidade. Sentimentos no trabalho e na vida que incluem concentração, absorção, envolvimento profundo, alegria, uma sensação de realização – descrevemos e partilhamos com contagio e entusiasmo, as experiências e o envolvimento com os colegas ou amigos e, arrastados por uma corrente de energia psíquica, fazemo-los viajar. A mesma sensação está presente quando cantamos ou participamos numa actividade de formação outdoor. São experiências de fluxo, de energia psíquica, que nos deixam menos propensos a contrair doenças relacionados com o stress.

VIVER COM EQUILÍBRIO E ENERGIA PSÍQUICA

Na vida de todos os dias, e muito frequentemente no escritório ou na sala de aulas, as pessoas desconhecem qual é verdadeiramente o objectivo das suas actividades, e só muito mais tarde vêm a saber se procederam bem ou mal. Para se experimentar viver com equilíbrio, experimentar fluxo e transformar uma parte da energia vital em energia psíquica, temos de ter presentes algumas condições para um envolvimento profundo na experiência:

•Objectivos definidos e feedback imediato – sabemos o que estamos a fazer tudo bem feito.

•Oportunidade e competências - as nossas competências individuais estão bem adequadas aos desafios propostos.

•Concentração na tarefa - uma reacção química entre acção e atenção – a mente e corpo concentram-se.

•Controlo potencial – a sensação de crescimento, de fazer parte de algo mais vasto; uma transcendência dos limites do ego.

•Imersão no tempo – tudo se passou tão depressa.

•Repetir, repetir – tudo foi agradável, é digno de ser feito de novo.

Numa conferência numa universidade americana, Brian Dyson, Ex-Presidente da Coca-Cola, falou sobre a relação entre o trabalho e outros compromissos da vida.

“ Imaginem a vida como um jogo, no qual as pessoas fazem malabarismo com cinco bolas que planam no ar. Essas bolas são: o trabalho, a família, a saúde, os amigos e o espírito. O trabalho é uma bola de borracha. Se cair, bate no chão e pula para cima. Mas as quatro outras são de vidro. Se caírem no chão quebrarão e ficarão permanentemente danificadas. “

•Não diminuam o próprio valor comparando-se com outras pessoas
.
•Não desistam quando ainda são capazes de um esforço a mais
.
•Não temam enfrentar riscos
.
•Não tenham medo de aprender
.
•Não usem imprudentemente o tempo ou as palavras.

•Desfrutem a vida e o trabalho.

É por estas razões que se torna tão importante aprender a ter prazer em actividades que conduzam a uma complexidade harmoniosa em vez de conduzirem ao caos. Quando falta às pessoas a competência de organizar oportunidades mais interessantes, tendem a regressar às escolhas simples, imitadoras e brutais.

Acreditem no equilíbrio, invistam no presente toda a energia psíquica e não se deixem arrastar para espaços famosos.

Vivam melhor no pessoal e no trabalho.

Professor Álvaro Monteiro, (Doctor), PhD; ND
Associado e Médico Naturopata (IIRHB-Canadá/Faculdade Livre de Medicina Natural de Paris)


Publicado por: Alvaro Ferreira Monteiro

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