A ALCA e o MERCOSUL

A difícil relação entre o MERCOSUL e a implantação da ALCA

Uma das principais barreiras enfrentadas pelo bloco do MERCOSUL é decorrente da pressão do governo norte-americano em implantar a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas).

Em 1998, foi realizada no Chile uma primeira reunião, da qual participaram 34 representantes dos países de todo continente americano, e que preliminarmente ficou definido que o bloco denominado ALCA seria implantado em 2005, entretanto, em 2004 as discussões foram retomadas acerca da implantação, e após os debates preferiram adiar a concretização do bloco, mas sem uma data pré-determinada.

A implantação total do bloco depende estritamente das políticas norte-americanas, pois é preciso primeiramente a votação do congresso para a liberação de uma profunda integração do país nesse processo. É evidente que sem a participação e liderança dos Estados Unidos a consolidação do bloco econômico não seria possível diante de sua importância no cenário mundial.

Dentro dos Estados Unidos existem dois grupos de pessoas, um a favor e o outro contra a inserção norte-americana no bloco, indagam acerca do que o país ganharia ao ingressar-se entre economias frágeis e pobres da América do Sul.

Alguns americanos não concordam com a criação do Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), pois tais grupos contrários dizem que a implantação do bloco favoreceu unicamente o México, pois foram instaladas várias empresas ao norte do México por causa dos baixos salários, e que a migração dessas empresas prejudicou os trabalhadores americanos.

 No entanto, essa afirmação não condiz com a realidade, pois as taxas de desemprego atuais são as mais baixas dos últimos trinta anos. Na verdade grande parte dessas empresas que se instalaram no México certamente já estava indo de qualquer forma para o país, não estabelecendo nenhuma relação direta com o Nafta.