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Um olhar para a juventude na pós modernidade

Como está se comportando os jovens da sociedade pós-moderna?

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

“A grande multidão possui olhos e ouvidos, mas não muito mais do que isso, menos ainda juízo e memória” (Arthur Schopenhauer)

A cultura juvenil não pode ser emoldurada e nem generalizada. Mas parece sofrer a cada dia um processo de imediatismo exacerbado que os levam a prorrogar o que podemos considerar certa “autopunição” por meio de narcóticos e estimulantes de diversos tipos.

A tecnologia avançando de modo acelerado faz com que os jovens se apressem junto com a mesma e muitas vezes se perdendo em meio à própria modificação tecnológica. Para alcançar esse processo é preciso pelo menos de uma boa memória, rapidez e estar atento ao universo capitalista que muitos não têm acesso pela forma como são expostos. O filósofo Arthur Schopenhauer, que viveu no século XIX, propôs que a multidão tende a se perder visto que possuem certas limitações. Enraizadas muitas vezes pela educação estabelecida ou até mesmo pela busca desvirtuada pelo efêmero.

Os jovens intelectualmente dotados se perdem num labirinto de oportunidades, pois vivem a grande frustração de não serem aceitos dentro de uma sociedade cheia de pré-julgamentos e instâncias imposta pelo sistema capitalista. O que gera fatores nocivos para eles e para as pessoas que eles próprios influenciam. É preocupante, pois esses jovens acabam se perdendo no meio ao caos pós-modernista de aceleração do processo de vinculação que o sistema estabelece como padrão.

Mas na verdade, não existe um padrão. Existe sim, algo pré-estabelecido que pode gerar padronizações, que não necessariamente devem ser seguidas pelos jovens na visão contemporânea. Deve ser exercido algo que os separem da alienação e consequentemente da frustração. A sociedade “compra” modelos de jovens – na maioria das vezes da classe média, que seguem esse padrão, deixando de lado muitos daqueles que pretendem buscar um lugar na sociedade.

É de fato um “crime hediondo” não dar atenção aos jovens que tem algo a contribuir para com a sociedade e estarem presentes nas manifestações para que os excluídos tenham voz ativa também. A cada dia que passa, vemos jovens que se preocupam com a modificação da ordem vigente e transformação da sociedade pós-modernista. Precisamos acabar com o silêncio antes que ele cale nossos jovens definitivamente, quando de fato, eles preferem calar a manifestar sua indignação perante aos holocaustos prejudiciais a uma vida digna.

Grande parte dos jovens de hoje em dia são praticamente robôs do sistema, que já vem com controle remoto acionado. É bastante preocupante essa omissão, mas devemos tentar entender os motivos pelos quais a manipulação é vigente. Os meios de comunicação se expandem, mas as ideias, as boas ideias se restringem. Tudo parece ser movido pelo imediato, pelo comodismo e pela alienação. Temos o controle. Mas ele é “remoto”. Remoto pelo fato de que estamos cada vez mais afastados uns dos outros de uma forma, e de outra forma, amontoados em ideias que não conseguimos por motivo de ostracismo pôr em prática.

O jovem acaba aprisionando suas ideias. Ou simplesmente acabam se deixando levar pelo tédio de que nunca elas serão ouvidas. Acredito na juventude, mas não acredito que de imediato podemos mudar a forma de como o mundo se comporta.

Os jovens precisam de um sentido para a vida. A maioria deles tem como convicção a idéia de que "eu vou morrer mesmo" e acabam saindo da busca de um foco por objetivo. Se te deram a vida, aproveite! Para que quando chegar à morte você - de alguma forma -, se orgulhe de ter vivido.

Tudo que não é concretizado gera ao desânimo. E os que mais vemos hoje em dia são jovens desanimados e sem uma perspectiva de um futuro vindouro. Pois o que mais vemos são famílias desmoronadas, pouca afetividade e pouco incentivo. Se formos levar com abrangência este problema, acabaremos num amontoado sem fim de caminhos ainda sem soluções. A liberdade de expressão ainda é um grande mito engavetado dentro do hemisfério cultural. Porque não podemos exercê-la sem deixar que o sistema acabe “jogando tudo para baixo do tapete.”.

É de suma importância analisar o foco em que os jovens estão desencadeando no meio desta sensação de mínima importância para a sociedade. Voltando a ressaltar que, por esse motivo a maioria tende a se melindrar e não expor uma solução para o silêncio generalizado, substituindo-o por sucumbir-se ao álcool e as drogas ilícitas. A omissão para resolver o problema da “sociedade do silêncio” é em sua maioria a ovação aos temas dos mais variados.

É importante criar uma forma de desencadeamento para que todos não acabem no ostracismo. Mostrando que os jovens têm um poder imenso para a utilização de sua opinião perante a sociedade. Eles precisam entrar no controle da situação e desenvolver suas aptidões e meios que provem que são soluções pertinentes para os problemas da sociedade. O poder precisar passar pela mão dessa juventude do século XXI que tem como característica marcante a estrutura da pós-modernidade e os instrumentos da tecnologia. Que usados de forma correta podem definitivamente recompor uma esfera de crises e problemas quase insolúveis.


Publicado por: Daniel Velloso

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.