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O Sendaísmo à luz da filosofia

Breve resumo sobre Sendaísmo à luz da filosofia.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Na busca por compreender a diversidade de sistemas filosóficos e religiosos que moldam a experiência humana, o Sendaísmo emerge como uma filosofia de vida que integra elementos do Budismo, Estoicismo e sociedades fraternais. Neste ensaio crítico, exploraremos o Sendaísmo sob a perspectiva filosófica, examinando suas raízes, princípios fundamentais e implicações para a busca de sentido e transcendência.

O Sendaísmo é influenciado pelo Budismo, uma tradição que enfatiza a impermanência da vida e a busca pela iluminação espiritual. Schopenhauer, em sua obra "O Mundo como Vontade e Representação", argumenta que a vida é caracterizada pela insatisfação e sofrimento, e a libertação é alcançada através da negação da vontade. Esses princípios budistas ressoam no Sendaísmo, que propõe a aceitação serena da impermanência como um caminho para a paz interior.  Além disso, o Sendaísmo incorpora elementos do Estoicismo, uma escola de filosofia que prega viver de acordo com a natureza e aceitar serenamente o que não pode ser mudado. Epicteto, em seus "Discursos e Enchirídeon", argumenta que devemos focar em coisas que estão sob nosso controle e aceitar o resto com serenidade. Essa abordagem estoica é refletida e praticada no Sendaísmo que encoraja os praticantes a encontrar tranquilidade através da aceitação das circunstâncias da vida. É perceptível entender esta base estoica através da ênfase na aceitação serena da vida e no viver de acordo com a natureza. O filósofo estoico Epicteto, em "Enchiridion", discute a importância de aceitar as coisas como elas são e viver de acordo com a razão e a natureza.

Adicionalmente, o Sendaísmo é influenciado por sociedades fraternais que enfatizam rituais simbólicos e busca pela verdade. Michel Foucault, em "As Palavras e as Coisas", examina as instituições de poder e conhecimento na sociedade, incluindo sociedades secretas como a Maçonaria. Embora a influência específica da Maçonaria no Sendaísmo seja debatida, é inegável que sociedades fraternais contribuem para a abordagem ritualística e simbólica do Sendaísmo.

Os princípios fundamentais do Sendaísmo refletem sua herança filosófica e religiosa. A aceitação serena da impermanência da vida, inspirada no Budismo e Estoicismo, é central para a prática do Sendaísmo. Alan Watts, em "O Caminho do Zen", explora a natureza impermanente da realidade e sua relação com a libertação espiritual. Essa aceitação serena é vista como um caminho para transcender o sofrimento humano e encontrar paz interior. Outro fato a ser exposto é que o Sendaísmo promove a compreensão da interconexão de todas as coisas, influenciada pelo Budismo e pensadores como Spinoza, que argumenta que todas as coisas estão interligadas e são expressões de uma única substância. Essa visão holística da realidade é fundamental para a ética do Sendaísmo, que enfatiza a importância de agir com compaixão e empatia em relação a todas as formas de vida.

A prática sendaísta tem implicações filosóficas significativas para a compreensão da existência humana e busca espiritual. Sua abordagem integrativa oferece uma visão abrangente da natureza da realidade e do propósito da vida. Por exemplo, a ênfase na impermanência da vida e interconexão de todas as coisas levanta questões sobre a natureza da identidade e do eu. Alan Watts, em "O Livro do Tabu", explora a natureza transitória do eu e sua interconexão com o universo. Essa compreensão filosófica é essencial para a prática do Sendaísmo, que convida os praticantes a transcender o ego e encontrar identidade em relação ao todo cósmico. Além disso, o Sendaísmo tem implicações éticas para a forma como vivemos nossas vidas e nos relacionamos com os outros e o mundo ao nosso redor. O filósofo Peter Singer, em "Ética Prática", argumenta que devemos agir com compaixão e consideração pelos interesses de todos os seres sencientes. Essa ética de consideração e compaixão é central para a prática do Sendaísmo, que enfatiza a importância de agir de forma ética e compassiva em todas as áreas de nossa vida.

O Sendaísmo tem o potencial de contribuir significativamente para o diálogo inter-religioso e a compreensão mútua entre diferentes tradições espirituais. Sua abordagem inclusiva, que incorpora elementos de diversas tradições filosóficas e religiosas, oferece uma plataforma para o encontro e o diálogo entre diferentes sistemas de crenças. Por exemplo, ao compartilhar com o Budismo a ênfase na compaixão e na busca pela “iluminação espiritual”. O filósofo e monge budista Thich Nhat Hanh, em "O Coração da Compreensão", explora a prática da compaixão e como ela pode transformar nossas vidas e o mundo ao nosso redor. Esses princípios são compartilhados pelo Sendaísmo, que convida os praticantes a cultivar a compaixão e agir em benefício de todos os seres. É perceptível entender que o Sendaísmo também compartilha com o Estoicismo a ênfase na aceitação serena da vida e no viver de acordo com a natureza. O filósofo estoico Epicteto, em "Enchiridion", discute a importância de aceitar as coisas como elas são e viver de acordo com a razão e a natureza. Esses processos não evidenciam de forma alguma que a prática Sendaísta fica distanciada dos questionamentos desenvolvidos pela prática e conhecimentos da filosofia. A conduta sendaísta é um mergulho no Eu como forma de autocompreensão e na incessante busca pelo saber. Tal busca não se torna marginalizada ou dominada pelo egoísmo, vícios a modernidade ou atos de injustiça e insensibilidade. A filosofia, principalmente a estoica, serve como um mapa a ser trilhado visando tão somente as virtudes, o conhecimento prático e o bem comum entre a sociedade. 

Referências bibliográficas

Schopenhauer, Arthur. "O Mundo como Vontade e Representação".

Epicteto. "Discursos e Enchirídeon".

Foucault, Michel. "As Palavras e as Coisas".

Alan Watts. "O Caminho do Zen".

Thich Nhat Hanh. "O Coração da Compreensão".


Publicado por: RUBENS SANTOS DO NASCIMENTO

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.