Escolhas
Você sabia que a escolha é possível, em certo sentido, porém o que não é possível é não escolher? Entenda!O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Se queremos efetivamente reconceituar a noção de revolução no sentido benjaminiano de parar o “trem da história” que corre para uma catástrofe, não basta apenas submeter à análise crítica a noção padronizada de progresso histórico; é preciso concentrar-se também na limitação da noção “histórica” ordinária do tempo: a cada momento de tempo, há múltiplas possibilidades à espera de se realizar; assim que cada uma delas se realiza, as outras são eliminadas. (ZIZEK, Slavoj. Em defesa das causas perdidas).
Nada mais apropriado que começar esta contribuição com a citação de um dos maiores intelectuais da atualidade, o checo Slavoj Zizek. Assim podemos compreender a necessidade de se reavaliar as bases teóricas que orientam a sociedade que temos hoje. Não é tão difícil perceber que vivemos em um mundo que corre vertiginosamente para uma catástrofe completa. Porém não se pode cair no equívoco da naturalização de se acreditar que “o jogo já está jogado” e que não temos alternativa que não seja aceitar este destino cruel e desumano que se aproxima cada vez mais.
Valores – O valor econômico tem sido preponderante em relação aos demais aspectos sociológicos. A vida humana não é encarada com o seu valor social e que somos vistos apenas como produtores de riquezas, ou na pior das hipóteses, como “pesos” dispensáveis na primeira oportunidade. O mundo que temos não responde aos anseios da maioria da população que apenas quer poder viver em paz e ser respeitada amplamente.
A escolha é possível, em certo sentido, porém o que não é possível é não escolher. Eu posso sempre escolher, mas devo estar ciente de que, se não escolher, assim mesmo estarei escolhendo. (SARTRE, Jean Paul. O Existencialismo é um Humanismo).
Por sim percebemos que o ato de se eximir de uma decisão já significa que estamos “tomando partido” e possibilitando o fortalecimento do status quo injusto e desumano que temos hoje.
Publicado por: Marcelo Noriega Pires
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