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Em campanha

campanha política, candidatos, mudança, implicações para se escolher um candidato...

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Insisto, o que vou contar não é piada. Faz parte de um amplo repertório de situações que exigem posicionamento dos eleitores. Ou, talvez, mais do que posicionamento, exigem discernimento.

Ocorre que estamos em tempo de campanha política e existem candidatos para todos os gostos, para todos os eleitores e para todos os financiadores de campanha – os quais, evidentemente, desejam receber o saldo, depois do cara eleito. E depois do cara eleito, mesmo que seja péssimo, a possibilidade de mudança ou de corrigir somente aparece depois de quatro anos. E, como anda mostrando aquela campanha de conscientização que está sendo veiculada na TV: “Quatro anos é muito tempo!”; ou, então, como dizia um antigo radialista, em suas narrações de futebol, depois do larápio eleito, “não adianta chorar, torcida brasileira!”

Estou dizendo isso a propósito de mais uma daquelas mensagens chatas que os chatos nos enviam pelo correio eletrônico. É claro que tem algumas que podemos aproveitar muito bem. Esta é uma delas:

“Um senador andava tranqüilamente pela rua quando foi atropelado... e morreu. Sua alma foi diretamente pra o Paraíso e deu de cara com São Pedro na entrada.
– Bem-vindo ao Paraíso! – diz São Pedro – antes que você entre, há um probleminha. Raramente vemos parlamentares por aqui. Por esse motivo não sabemos bem o que fazer com você.

– Não vejo problema, é só me deixar entrar – diz o antigo senador.

– Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte: Você passa um dia no Paraíso e um dia no Inferno. Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade.

– Não precisa, já resolvi. Quero ficar no Paraíso diz o Senador.

– Desculpe, mas temos as nossas regras.

Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno. A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe. Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado. Todos muito felizes em traje social. Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo.

Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar. Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas. Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora. Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe.

Ele sobe, sobe, sobe e porta se abre outra vez. São Pedro está esperando por ele.

– Agora é a vez de visitar o Paraíso – diz São Pedro.

Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando.

Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.

– E aí? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Agora escolha a sua casa eterna.

Ele pensa um minuto e responde:

– Olha, eu nunca pensei... O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno.

Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.

A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo. Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho e colocando em sacos pretos. O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do senador.

– Não estou entendendo – gagueja o senador – Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arrasados!!! O que aconteceu? O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:

– Ontem estávamos em campanha. Agora, já conseguimos o seu voto...”


Em tempo de campanha eleitoral, até o diabo veste roupa de santo, nos abraça, da tapinha nas costas com um largo sorrisos pendurado de orelha a orelha. O problema é depois da eleição... é nesse momento que o capeta mostra sua cara!

Não quero intimidá-lo, amigo leitor, mas corremos o risco de sermos engambelados pelo tinhoso. E quatro anos é muito tempo par se arrepender.

Já fiz campanha pela anulação do voto, mas em virtude da civilidade e da cidadania que se prega tão fortemente, nestes tempos de campanha, sou obrigado a confessar que estava numa guerra desproporcional. Continuo acreditando que só o desprezo pode corrigir a índole satânica de muitos candidatos. Mas sei, também, que nosso povo ainda tem fé!!!! E nada mais fácil do que enganar um povo crédulo... por isso tantos “Coisa-Ruim” têm sido eleitos.

Em vista disso é que precisamos ficar atentos, pois em tempo de campanha o “Chifrudo” nos apresenta o inferno dizendo que é o céu. E a candura do céu, não tem como competir com o brilho do inferno.

Depois de eleito, o Satã nos vira as costas e nos diz “Ontem estávamos em campanha. Agora, já conseguimos o seu voto...”

Neri de Paula Carneiro – Mestre em Educação, Filósofo, Teólogo, Historiador.

Publicado por: NERI DE PAULA CARNEIRO

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.