Da ética a Nicômaco
Da ética a Nicômaco, o homem busca ser feliz, a essência da felicidade, vida contemplativa, a suprema felicidade, prazer intelectual, atividade virtuosa.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Aristóteles faz uma análise do agir humano. Constatou que todo o conhecimento e todo o trabalho do homem visam algum bem. O bem é a finalidade de toda a nossa ação. E essa busca do bem é o que diferencia a ação humana de todos os outros animais.
O homem busca ser feliz. A felicidade é o maior de todos os bens, e esse é o pensamento de todos os seres humanos, independente de ser um homem comum ou de um grande pensador. Desse modo, o bem viver e o bem agir é identificado com o ser feliz, ou seja, é uma ação conforme a virtude, visando o melhor. E a virtude está no meio termo entre os extremos, ou seja, evitar os excessos. É a justa medida que a razão nos impõe para controlar os excessos, sendo que a justiça é para Aristóteles, a virtude mais importante
Aristóteles verifica que o conceito de felicidade difere de homem para homem, e que identificamos o ser feliz com os valores que sustentam nossas ações. Ele menciona três tipos principais de vida: a vida dos prazeres, em que o homem se torna praticamente um escravo; a vida política aos que buscam a honra pelo convencimento, caindo na superficialidade; e a vida contemplativa, que parte da nossa alma.
A essência da felicidade é a vida contemplativa, isto é, a vida guiada pelo pensamento. Essa é a melhor vida que se pode levar, pois o pensamento pensa a si mesmo. A verdadeira felicidade está em buscar as coisas dentro e não fora de si mesmo. Por isso, a felicidade brota da alma dando luz às virtudes. A vida contemplativa (teorética ou filosófica) é fim em si mesmo, pois não se visa os seus resultados, assemelhando-nos ao próprio Deus, pois Deus é pensamento que pensa a si mesmo, consistindo em conhecer-se a si mesmo. Essa é a vida considerada mais que humana, a suprema felicidade. Assim, o prazer intelectual é o bem maior que podemos alcançar.
Aristóteles admite que haja luta na alma, um elemento irracional que pode causar-lhe desequilíbrio. Mas, ainda assim, a parte racional se sobrepõe, pois tem poder persuasivo sobre a irracionalidade, constituindo-se a razão uma atividade virtuosa. E o homem, pode ser bom de duas maneiras: vivenciando as virtudes morais, como a bondade, a justiça, etc., ou na atividade das virtudes intelectuais no conhecimento e na inteligência que elas podem alcançar para o seu discernimento.
Publicado por: Neiva da Silva Martinelli
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