A Era do Gelo
A Era do Gelo, situações de exclusão, a falta de sensibilidade de alguns indivíduos, a ausência de estímulos, o caos que vive o mundo como consequência das atitudes humanas.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Quem nunca se deparou com uma situação de explícita exclusão. Bom, nada mais normal do que a falta de disposição em investir em um relacionamento com alguém que parece irremediavelmente antipático. Mas, afinal de contas, quanto vale a vida se censuramos previamente tudo aquilo que não se ajusta aos nossos parâmetros.
De que presta a existência se nunca nos mostramos disponíveis a entender aquilo que nos parece, às vezes, repelente. O que me encomoda profundamente é a falta de sensilbilidade de alguns indivíduos, que utilizam de mecanismos grosseiros para se sobressair socialmente, tais como a humilhação ou difamação de outros.
A ausência de estímulo para buscar o convívio com alguém é perfeitamente aceitável; porém, contornar os limites do respeito constitui-se em caminho certo para a depravação das relações sociais. Algumas atitudes ferem intimamente as pessoas. E, infelizmente, o autor de disparates nem se dá conta dos males que causa. Daí a insensibilidade. De certo, a tendência que se tem em rebaixar o semelhante resulta de um estado próprio de inquietação. Ou seja, um insulto ou má apreço pode ser conseqüência da não-aceitação de quem os faz.
Mas, ainda que a lógica seja esta, é completamente irracional a vontade de ver o outro em um situação na qual nunca gostaríamos de estar. Por mais esperançosos que somos, ou por mais que mudemos de circunstâncias, sempre estas situações se impõem a nossa vista. E, a partir desse diagnóstico, algumas conclusões também saltam aos olhos: o problema é bem mais sério do que se pensava.
Do âmbito biológico, ações assim caracterizadas, devido a sua distribuição abundante em todos os meios de civilização, são um exemplo de adaptação evolutiva. Desse modo, reprimir o outro representa um verdadeiro instinto de sobrevivência, que de fato funciona (?). É algo como a briga entre dois machos pela disputa da fêmea, no mundo estritamente animal. Mas no universo humano, nem sempre está em jogo a "posse" da fêmea. Na verdade, na maioria das vezes, quem sofre do rebaixamento moral é alguem que não oferece riscos emintente ao nosso estado sexual, se é que me entendem. E é justamente esse o ponto que dói: a gratuidade do mal trato; a covardia que rege tais acontecimentos.
Entender esses procedimentos não é difícil. Quantas vezes não somos nós os agressores. Por mal, esse em um meio que geralmente nos faz sentir certo ar, ilusório, de superioridade. Mas entendê-lo em essência tranforma-se em algo extremamente imcompreensível. Por quê usar de tais artifìcios? Por quê não busca o auto-crescimento como ponte para o destaque junto à sociedade? E a resposta também soa com ar de simplicidade: é muito mais difícil e trabalhosa a construção do que a derrubada. Eis aí uma das razões óbvias da degradação da humanidade.
O mundo conflui para o caos porque as pessoas cada vez menos buscam melhorar. O atalho para a ascenção social reside na inibição de outros possíveis talentos. Estes, não são as vítimas, uma vez que sua reação tímida e intimista é tida como estímulo para a continuidade desse processo. E, enquanto isso, nós todos vamos mergulhando mais e mais na porcaria.
Publicado por: Leandro Lima da Silva
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