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O paisagismo sustentável aliado ao desenvolvimento urbano

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Palavras-Chave: Paisagismo. Sustentabilidade. Desenvolvimento urbano.

Introdução

A arquitetura paisagística baseia-se em caracterizar o espaço externo, buscando controlar o mundo físico e os sistemas naturais onde vive-se. Apoiando-se em critérios estéticos e na relevância que assumem os elementos naturais, principalmente a vegetação. As grandes cidades são dependentes do paisagismo, as áreas verdes urbanas são um ajuste para o equilíbrio ecológico.

Segundo Gilmar e outros (2008, p.10), é notória a necessidade dos centros urbanos obter melhor qualidade de vida e o paisagismo é um dos instrumentos ambientais que podem ser utilizados para melhoria na qualidade ambiental urbana. A arborização urbana, jardins verticais, calçadas verdes, telhados verdes, jardins filtrantes são técnicas que melhoraram o visual do ambiente, facilitam para melhoria e qualidade ambiental, podendo ser usadas por gestores ambientais.

O paisagismo contribui para a diminuição do calor, elevação da umidade, diminuição da erosão, melhor drenagem da água, preservação ambiental e atração da avifauna. Apesar da estética, a utilização do paisagismo contribui com o meio ambiente, principalmente nos grandes centros urbanos, que verticalizam suas edificações restringindo suas áreas verdes às áreas comuns, públicas e agora outras com telhados verdes.

O homem começa a perceber a qualidade de vida proporcionada pelo paisagismo que é um planejamento das melhores formas de se adaptar a plantas de diversos tipos, cada qual com suas características, em um ambiente, natural ou não, proporcionando leveza, beleza, recursos naturais e qualidade de vida. Da mesma forma possui um forte poder ecológico, biológico, sustentável e social no mundo.

Paisagismo Sustentável

O paisagismo sustentável é aquele que se adapta à realidade em que será inserido, e que busca encontrar o equilíbrio entre as dimensões da sustentabilidade integrando a arquitetura, os usuários e a natureza. Ele possibilita a prática de atividades de lazer voltadas ao público, favorece o plantio de espécies nativas e de relevância ambiental.

No âmbito social, o princípio do paisagismo sustentável considera a área verde como um espaço de educação ambiental para a comunidade ao criar espaços integrados. Na questão cultural, visa a preservação do patrimônio ao valorizar a memória local integrando de maneira harmoniosa uma área verde, considerando as características originais das edificações existentes e unindo a vegetação local, os recursos minerais e os recursos humanos.

Já no âmbito econômico, o paisagismo sustentável adere ao planejamento eficiente, ao selecionar materiais de baixo custo para a criação das estruturas, considerando o seu ciclo de vida, e a inserção de plantas nativas para evitar a necessidade de frequente manutenção e menor demanda de água. E por fim, na questão ambiental, o mais importante é realizar o projeto considerando as condições climáticas da região, aproveitando as condições hídricas, ventilação e
permeabilidade, por exemplo.

Sustentabilidade e Desenvolvimento Urbano

A partir da década de 80 as teorias urbanísticas ganharam novo ímpeto com o surgimento do paradigma do desenvolvimento sustentável. Vários autores procuraram estabelecer os parâmetros para se alcançar um desenvolvimento urbano sustentável. Essas teorias têm valorizado a combinação de formas urbanas compactadas e densas, associadas ao uso misto, pois além de maximizar o uso da infra-estrutura instalada, reduzem a necessidade de sua expansão para as áreas periféricas, viabilizam a implantação a implantação de sistema de transportes coletivos, favorecem o surgimento de atividades econômicas e encorajam o pedestrianismo.

No caso das metrópoles dos países periféricos a questão da sustentabilidade apresenta ainda grandes desafios relacionados com o processo de produção e apropriação sociais do espaço urbano. A Grande São Paulo, por exemplo, apresentou um crescimento desordenado que levou uma grande concentração de atividades e valorização de seu núcleo central, enquanto que as áreas ambientalmente críticas foram ocupadas pela população excluída do mercado imobiliário formal. Na década de 90, essas questões foram acentuadas com uma maior expulsão da população do centro consolidado, área que paradoxalmente apresenta maior dinamismo imobiliário, em direção as áreas periféricas.

Municípios susceptíveis à desertificação no estado do Ceará

A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação afirma que o Ceará é o único estado da federação que pode se tornar completamente infértil se não houver um trabalho de recuperação das áreas em situação mais crítica. O fenômeno é resultante de diversos fatores, entre eles as variações climáticas e atividades humanas.

No ano de 2016 foi realizado um mapeamento pelo território do estado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), constando 17.042 km², equivalentes a 11,45% do estado, estão fortemente degradados e suscetíveis à desertificação. Segundo o Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação (PAE), foram classificadas como áreas suscetíveis à desertificação, as que possuem degradação da cobertura vegetal, assoreamento dos rios, pastoreio excessivo, perda da biodiversidade, perda da capacidade produtiva do solo, baixa relação entre capacidade produtiva dos recursos naturais e a sua capacidade de recuperação. As áreas apontadas como mais sujeitas à desertificação no Ceará são Sertões dos Inhamuns, Sertões de Irauçuba, Centro Norte e os Sertões do Médio Jaguaribe.

Lemos (2001) afirma que os impactos sobre os recursos naturais podem ter a colaboração ou mesmo a indução da ação antrópica por meio das práticas de desflorestamento, agricultura predatória, utilização da cobertura vegetal como fonte de energia e incorporação de terras marginais no processo de produção agropastoril. A consequência é um processo de devastação dos recursos naturais, demonstrada pelo crescimento global da população, que induz um aumento da taxa de migração rural-urbana.

Referências

https://www.ipog.edu.br/revista-especialize-online/edicao-n5-2013/paisagismo/

Livro: Planejamento ambiental para a cidade sustentável Por Maria de Assunção Ribeiro Franco

https://monografias.ufrn.br/jspui/.../PaisagismoSustentavel_Silva_2016.pdf

https://g1.globo.com/ceara/noticia/100-do-territorio-cearense-corre-risco-de-desertificacao-alerta-funceme.ghtml

http://marte.sid.inpe.br/col/ltid.inpe.br/sbsr/2002/11.11.08.56/doc/12_056.pdf

https://www.researchgate.net/profile/Ricardo_Barreto4/publication/255654414_A_CONTRIBUICAO_DO_CAPITAL_HUMANO_PARA_CRESCIMENTO_ECONOMICO_E_CONVERGENCIA_ESPACIAL_DO_PIB_PER_CAPITA_NO_CEARA__TE_CONTRIBUTION_OF_HUMAN_CAPITAL_TO_ECONOMIC_GROWTH_AND_SPATIAL_CONVERGENCE_OF_GDP_PER/links/56cefd8d08ae85c823434042/ACONTRIBUICAO-DO-CAPITAL-HUMANO-PARA-CRESCIMENTO-ECONOMICO-E-CONVERGENCIA-ESPACIAL-DO-PIB-PER-CAPITA-NO-CEARA-THE-CONTRIBUTION-OF-HUMANCAPITALTO-ECONOMIC-GROWTH-AND-SPATIAL-CONVERGENCE-OF-GDP-PER.pdf#page=30

https://www.pensamentoverde.com.br/sustentabilidade/paisagismo-sustentavel-aliado-desenvolvimento-urbano/

http://labhab.fau.usp.br/biblioteca/textos/nobre_desenvolvimento_urbano_sustentabilidade.pdf

 

Escrito por Ana Alice Marco Pereira da Cunha, Lívia Bezerra Pedroza, Milena Carvalho e Stephanie Lopes Cardoso


Publicado por: Ana Alice Marco

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