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UMA BREVE ABORDAGEM ACERCA DA PRÁTICA DO ORIENTADOR E SUPERVISOR EDUCACIONAL, NO ATUAL CONTEXTO DE AULAS PRESENCIAIS: NOVAS PERSPECTIVAS

Análise sobre a necessidade de organização prática do Orientador e Supervisor Educacional para fortalecer os laços do alunado com a comunidade escolar.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

RESUMO

O presente estudo tem a finalidade de fazer uma breve abordagem acerca da relevância do Orientador e Supervisor educacional, para o alcance da formação integral do aluno dentro das perspectivas da Educação, isto é, a oferta de um processo de ensino-aprendizagem, considerando as atuais demandas em variados aspectos sociais. O objetivo geral, pauta-se em demonstrar a necessidade de organização prática do orientador e supervisor educacional para fortalecer os laços do alunado com a comunidade escolar. Justifica-se pela vontade de buscar conhecer novas estratégias para consolidar o trabalho desses profissionais, de modo que possam ser interlocutores entre os responsáveis pela manutenção do repasse de um ensino que venha ao encontro dos planejamentos traçados pelos diferentes educadores institucionais, tendo como meta elevar as possibilidades de melhorias no ambiente escolar, fortalecendo assim, as bases para que o sujeito adquira autonomia, autoconhecimento e motivação no ato de aprender. A metodologia é uma revisão bibliográfica, com abordagem qualitativa e métodos descritivos, tendo alguns dos autores para propor a fundamentação ao assunto: BRASIL (1996); LIBÂNEO (2001); GIACAGLIA (2002); FERREIRA (2008); BNCC (2019), dentre outros citados no decorrer dos textos. Mencionando que, as ações despendidas no espaço educacional precisam ser compartilhadas e as equipes direcionadas a um único objetivo, que é orientar e mediar conflitos para o desenvolvimento satisfatório do alunado.

Palavras-chave: Orientador Educacional. Supervisor Educacional. Mediação. Prática. Formação Integral do Aluno.

1 INTRODUÇÃO

O objeto de estudo proposto para elaboração desse Artigo Científico tem como proposta fazer uma pequena abordagem acerca das atribuições do Orientador e Supervisor Educacional, mediante os desafios preexistentes em todas as escolas públicas, mas que no pós-pandemia vem apresentando inúmeros questionamentos acerca de como trabalhar o alunado de maneira que adquira a motivação para os estudos, depois de 2 anos de afastamento do ambiente escolar.

A aprendizagem é um processo lento e requer que o aluno esteja motivado para aprender, porém o isolamento social trouxe problemas, principalmente, de não adequação ao aprendizado ofertado de forma online pelos diferente recursos (zoom, google.meet, chamada de vídeo, etc.), além disso as questões associadas à integração, socialização, conflitos entre os pares e a rejeição ao professor, que diante da aprovação automática e com o distanciamento da sala de aula, faz com que os sujeitos demonstrem a recusa de aceitação aos mediadores de séries posteriores e que terão de fazer parte.

O Orientador e Supervisor Educacional são partes integrantes da comunidade escolar e devem estar atentos as demandas apresentadas, tanto pela escola (parte administrativa), quanto as relacionadas aos alunos frente aos aspectos essenciais para aprender, que são os fatores cognitivos, psicológicos, emocionais e afetivo que precisam estar em condições saudáveis.

A Base Nacional Comum Curricular – BNCC/2019, aponta “para além da garantia de acesso e permanência na escola, é necessário que sistemas, redes e escolas garantam um patamar comum de aprendizagem a todos os estudantes (BRASIL, 2019, p.10)”, significando que as atribuições desses profissionais devem ser compartilhadas, o trabalho realizado em equipe e, com buscas para fortalecer os laços do aluno com a escola, logo, agregada a participação da família, tendo como meta o alcance da formação integral dos alunos, dentro das demandas exigidas no contexto social.

E, dentro dessa breve abordagem, o objetivo geral, pauta-se em demonstrar a necessidade de organização prática do Orientador e Supervisor Educacional para fortalecer os laços do alunado com a comunidade escolar.

Ao se tratar dos objetivos específicos, tem-se: desmitificar as atribuições do Orientador e Supervisor Escolar e, mostrar que esses profissionais estão aptos a ajudar os alunos a atingirem uma formação significativa para elevação de seus saberes; efetivar o processo de ensino-aprendizagem, de modo que os sujeitos se sintam partes integrantes do ambiente escolar; aproximar o aluno e a família do contexto institucional, para privilegiar a participação e integração, junto aos membros educadores.

Quanto a problemática: Quais práticas devem ser utilizadas pelo Orientador e Supervisor Educacional para trabalhar o aluno, de forma que sinta prazer em fazer parte do ambiente escolar?

Justifica-se pela vontade de buscar conhecer novas estratégias para consolidar o trabalho desses profissionais, de modo que possam ser interlocutores entre os responsáveis pela manutenção do repasse de um ensino que venha ao encontro dos planejamentos traçados pelos diferentes educadores institucionais, tendo como meta elevar as possibilidades de melhorias no ambiente escolar, fortalecendo assim, as bases para que o sujeito adquira autonomia, autoconhecimento e motivação no ato de aprender.

O Orientador e Supervisor Educacional têm inúmeras atribuições, nas quais algumas delas serão mencionadas no decorrer dessa pequena abordagem, mostrando que os mesmos não estão apenas direcionados a apresentar falhas, mas serem mediadores e profissionais integradores dos diferentes pares que compõem o espaço de aprendizagem. Neste prisma, o olhar atento as mudanças que ocorrem dentro e fora da escola, associadas à formação continuada e o respeito as diversidades, transformam, cria estratégias e possibilita uma boa aprendizagem para o alunado como um todo.

2 METODOLOGIA

O estudo aponta a metodologia a partir de uma revisão bibliográfica, com abordagem qualitativa e métodos descritivos, tendo alguns dos autores para propor a fundamentação ao assunto: BRASIL (1996); LIBÂNEO (2001); GIACAGLIA (2002); FERREIRA (2008); BNCC (2019), dentre outros citados no decorrer dos textos.

Ao se tratar da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN nº. 9.394/96), pode-se dizer que retrata a Educação como o único caminho que forma o indivíduo para viver em sociedade e com condições de integrar-se, socializar-se e enfrentar as demandas sociais, seja em termos pessoais, tanto quanto profissionais.

TÍTULO I - Da Educação. Art. 1º. A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. § 1º. Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. § 2º. A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social [...] (BRASIL, 1996).

A LDBEN nº. 9.394/96 expressa os direitos dos indivíduos em frequentar e concluir o ensino proposto para a formação básica, mas ao mesmo tempo, traça outras diretrizes para que o sujeito evolua dando continuidade nas etapas posteriores, como por exemplo, o Ensino Médio e Superior, de modo que adquira os próprios meios de elevar os saberes e assegurar a sobrevivência.

Libâneo (2001), descreve a importância dos profissionais educadores em propor um processo de ensino-aprendizagem planejado, para tornar o alunado participativo e com motivação para os estudos. Em consonância a este pensar, tem-se Freire (1996, p.14),

[...] O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Uma de suas tarefas primordiais é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se “aproximar” dos objetos cognoscíveis. E, esta rigorosidade metódica não tem nada que ver com o discurso “bancário” [...].

Com base nos pensares dos autores citados acima, percebe-se a relevância de se promover o diálogo no espaço de aprendizagem, pois o sujeito precisa sentir-se participe deste contexto para ter satisfação no ato de aprender. Por isso, Libâneo (2001), evidencia a relevância do educador exercer a sua prática pautada no diálogo e na participação ativa do alunado em todo os conteúdos ministrados durante o repasse em sala de aula.

GIACAGLIA (2002) relata que o Orientador e Supervisor Educacional enfrentam constantemente inúmeros desafios no ambiente escolar, o que leva a necessidade de estar revendo as práticas e atualizando-as em acordo com as transformações que ocorrem dentro e fora do espaço institucional, haja vista, que o aluno reproduz em sala de aula o que vivencia fora dela com a primeira base. A Educação Continuadas é um ponto importante a ser considerado no exercício da profissão.

E, FERREIRA (2008), mostra a amplitude de tarefas que são dadas ao Orientador e Supervisor Educacional e que requer revisão e reflexão contínua, isso porque, o trabalho envolve todo o processo educativo, cabendo a organização, planejamento e metodologias cercadas de inovações, para fortalecer os demais profissionais educadores em suas ações, junto a diversidade de alunos que compõe o ambiente de aprendizagem.

Finalmente, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC/2019) expressa que,

[...] as decisões pedagógicas devem estar orientadas para o desenvolvimento de competências. Por meio da indicação clara do que os alunos devem “saber” (considerando a constituição de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e, sobretudo, do que devem “saber fazer” (considerando a mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho), a explicitação das competências oferece referências para o fortalecimento de ações que assegurem as aprendizagens essenciais definidas na BNCC (BRASIL, 2019, p.15).

A BNCC (2019), é clara ao destacar que os profissionais educadores em diferentes áreas devem ter um olhar para a multiplicidade de diversidades que compõe o espaço institucional, pois as demandas são complexas e os saberes a serem disseminados pelos educadores em sala de aula precisa ter o Orientador e Supervisor Educacional bem capacitados e habilitados para ajudar os demais mediadores em suas práticas educativas, tendo como finalidade, o fortalecimento das ações e a promoção da aprendizagem colaborativa, para que possa identificar a situação problema e solucioná-las, sempre com o olhar voltado para a formação integral do aluno.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os dias de hoje, requerem dos diferentes profissionais mediadores do ensino uma prática direcionada a motivar o aluno em sua trajetória educacional, portanto, cada colaborador dentro de sua área de atuação, tem um papel indispensável para fortalecer a práxis pedagógica no contexto escolar e, Orientador e Supervisor Educacional; também, são bases incontestáveis neste espaço que exige um olhar constante para as transformações que ocorrem no meio social.

O Orientador e Supervisor Educacional são responsáveis pela construção de um ambiente saudável que promova o bem-estar cognitivo, físico, emocional e afetivo, para que o processo de ensino-aprendizagem seja satisfatório para o alunado e o mesmo alcance as habilidades necessárias ao desenvolvimento da autonomia, com vistas ao prosseguimento dos estudos, até que se cumpra a formação integral para atuar em um mercado de trabalho altamente competitivo (SOARES e SILVA, 2016, p.273).

[...] a construção dessas habilidades é necessária à prática da supervisão escolar, e esta não surge de forma inesperada, mas surge através de um processo que envolve a ação, reflexão e ação. Também, pretende-se promover uma reflexão de quanto é importante não só para o supervisor, mas para todo o corpo docente, momentos de estudos e reflexões teóricas sobre os discursos pedagógicos nas práticas escolares.

Com base nos autores, a boa prática pedagógica necessita ser refletida diariamente, contudo, a forma de atuar de cada profissional influencia decisivamente nas ações do demais mediadores na formação do aluno, por isso, a missão do Orientador e Supervisor Educacional devem estar direcionada a orientação para a divulgação dos conhecimentos pelos professores, por meio de habilidades e competências que fortaleçam o trabalho em equipe, a integração e relações interpessoais aceitáveis no ambiente de trabalho (SOARES e SILVA, 2016).

Libâneo (2001), deixa claro que a prática pedagógica é totalmente social, o que evidencia a necessidade dos Orientadores e Supervisores Educacionais estarem aptos as suas atribuições, no que concerne ao favorecimento de um aprendizado eficaz pelo aluno.

Ao se tratar das atribuições do Orientador e Supervisor Educacional, tem-se dentre algumas delas: melhorar na elaboração do Projeto Político-pedagógico; participar efetivamente nas adaptações curriculares; promover o encaminhamento de casos específicos aos profissionais coordenadores/gestores; mediar os conflitos; auxiliar os alunos nas dificuldades de aprendizagem e fazer o acompanhamento do progresso dos alunos, dentre outros (MARTINS, 1984).

Essas atribuições listadas acima em relação ao Orientador Educacional relatam que a atuação precisa ser organizada e pautada em questões éticas e de respeito, tanto aos demais profissionais mediadores, quanto, aos alunos, familiares e comunidades, para que ocorra uma integração satisfatória por todos os pares e, com isso, se efetive a aprendizagem (MARTINS, 1984 apud LIBÂNEO, 2001).

E, ao se tratar do Supervisor Educacional, dentre as muitas funções, pode-se citar: buscar assegurar a manutenção correta do andamento da vida escolar do aluno junto a parte administrativa; procurar estabelecer uma relação interpessoal com a parte gestora, para estar apurando as defasagens e construindo soluções; verificar a os dados do aluno (documentação, frequência, problemas relacionados as dificuldades de aprendizagem para atuar com os mediadores, organização dos diários e análise dos conteúdos ministrados, etc.), assim como, procurar desenvolver uma consciência crítica e propostas de resoluções para os possíveis problemas de inadequação as grades curriculares com a parte gestora e demais mediadores/educadores (SILVA JÚNIOR, C.; RANGEL, 1997 apud GIANCATERINO, 2022, p.2).

As citações acima sobre as algumas das atribuições do Orientador e Supervisor Educacional especificam que as características desses profissionais estão diretamente associadas a promoção do desenvolvimento do aluando em termos cognitivos, afetivos, emocionais e psicossociais, refletindo que para se atuar é necessário além de verificar o campo em que se encontra inserido (escola como um todo), é indispensável observar o andamento na prática de todas as organizações destinadas ao bom aprendizado do aluno, indo desde sua satisfação em fazer parte do ambiente institucional, quanto a aprendizagem significativa em termos curriculares (SILVA JÚNIOR, C.; RANGEL, 1997 apud GIANCATERINO, 2022).

E, para melhor fundamentar o tema proposto, o objetivo geral, que se pauta em demonstrar a necessidade da organização prática do Orientador e Supervisor Educacional para fortalecer os laços do alunado com a comunidade escolar, mostra que toda e qualquer ação pedagógica deve estar centrada na formação integral do aluno, portanto, quanto maiores as habilidades e competências melhores serão os resultados alcançados por estes profissionais mediadores (CRISPNUN, 2001).

Ainda de acordo com Crispnun (2006, p.26 apud CONCEIÇÃO, 2010),

Orientação Educacional vê o aluno como um ser global, que precisa se desenvolver em um meio harmonioso e equilibrado, tanto no aspecto intelectual quanto físico, moral, estético, intelectual, educacional e vocacional. CONCEIÇÃO (2010) expõe claramente qual a função do orientador na escola e qual a sua contribuição para o ensino: O orientador educacional deve adotar a prática de agente de informação qualificada e estar preparado para as relações interpessoais dentro da escola, aderindo a prática da reflexão permanente com professores, alunos e pais, com o fundamento de que todos, juntos, alcancem soluções para os problemas que virão a ocorrer.

Já o Supervisor Educacional, segundo Schmitt (2016, p.3), demonstra que,

A função do supervisor escolar está centrada na ação pedagógica, processos de ensino e aprendizagem. Entendemos que o papel do supervisor escolar é muito importante, junto ao corpo docente e discente e toda equipe técnica escolar; não apenas um solucionador de problemas, mas também, que o mesmo desenvolva trabalhos relacionados à prevenção da indisciplina na escola.

O que significa a relevância do Orientador e Supervisor Educacional utilizarem-se da escuta sensível, do diálogo na mediação dos conflitos e da orientação aos profissionais educadores, para o atendimento em conformidade com as leis e demandas curriculares, tendo em vista, uma melhor forma de preparar o alunado para os plenos exercícios sociais (SCHMITT, 2016).

Ao se tratar dos objetivos específicos, tem-se: desmitificar as atribuições do Orientador e Supervisor Educacional, mostrando que esses profissionais estão aptos a ajudar os alunos a atingirem uma formação significativa para elevação de seus saberes, porém, é fundamental efetivar o processo de ensino-aprendizagem, de modo que os sujeitos se sintam partes integrantes do ambiente escolar e possam ter motivação para estudar (SCHMITT, 2016).

Sendo válido considerar que os períodos de isolamento social em 2020 e 2021, formaram pensamentos nos alunos relacionados ao medo, a insegurança e a não estabilidade em frequentar o ambiente escolar, isso porque este último, passou a ser tido como um lugar que poderá proporcionar o afastamento da família (medo da perda causado durante os períodos de Covid-19 – avanço da doença) e, a resistência em ter de reaprender a estudar em com outros pares, dentro dos muros da escola e não mais de forma virtual, onde poderia deixar de acompanhar as aulas online e não fazer parte de grupos de interações, caso perdesse o interesse (DOUGLAS, 2020).

Também, se faz essencial aproximar o aluno e a família do contexto institucional, privilegiando a participação e integração, junto aos membros educadores, haja vista que, quanto mais próxima da escola a família se encontrar melhores serão os planejamentos dos professores para traçar estratégias de aprendizagem compartilhadas entre a escola e o lar do aluno, isto é, o que aprende em sala de aula e pode ser reproduzido com o apoio dos pais/responsáveis nas tarefas de casa (JORNADA EDU, 2020).

Mencionando que, a participação conjunta dos responsáveis na aprendizagem do aluno produz motivação dentro e fora dos muros da escola, por isso, se fala tanto na relação família/escola, isso porque o trabalho do professor fica evidenciado em relação ao aluno, ao mesmo tempo, em que passa segurança ao educador de que a sua forma de ensinar está ajudando o aluno a alcançar a sua formação dentro das demandas e que os objetivos institucionais estão sendo validados através das respostas positivas nas observações avaliativas, que são dadas de diferentes formas.

Quanto a problemática ressaltada, isto é, quais práticas devem ser utilizadas pelo Orientador e Supervisor Educacional para trabalhar o aluno, de forma que sinta prazer em fazer parte do ambiente escolar? Pode-se dizer que, a partir de um trabalho em equipe se torna possível construir um ambiente propício para o exercício da prática pelo Orientador e Supervisor Educacional para os alunos e demais mediadores do ensino em variadas áreas de atuação, portanto, a ética, o respeito as funções dos pares, o compartilhamento de ideias e a criação de estratégias para o bom andamento institucional em diversos aspectos, se constituem em fatores importantes para se promover um ensino de qualidade (SÁ, 2009).

Segundo Sá (2009, p.9),

[...] O conceito de consciência ética se da seguinte maneira: estado decorrente de mente e espírito, através do qual não só aceitamos modelos para a conduta, como efetivamos julgamentos próprios”. Também, “ desempenhar uma atividade profissional de maneira ética significa seguir os princípios morais daquela sociedade, dentro do que prevê a lei, conforme o código de ética da profissão (p.11).

Finalmente, com base em Sá (2009) e nos demais autores listados no decorrer dos textos, pode-se afirmar que o Orientador e Supervisor Educacional têm funções relevantes no contexto escolar, cabendo a cada profissional exercer uma prática que auxilie os gestores e educadores a motivarem os alunos nos estudos e a prosseguirem na trajetória educacional, com finalidades para assegurar a própria sobrevivência através efetivação da escolarização básica e o ingresso em cursos profissionalizantes e outros, que venham a contribuir para o seu desenvolvimento como pessoa e profissional.

As competências desses profissionais podem ser alicerçadas nas relações interpessoais saudáveis e; também, na Educação Continuada, pois quanto maior for o nível de aprendizagem destes, melhores serão as práticas exercidas no cotidiano escolar. E, segundo Freire (1996, p.39), “Às vezes, as condições são de tal maneira perversa que nem se move. Mas, O desrespeito a este espaço é uma ofensa aos educandos, aos educadores e a pratica pedagógica”. Por isso, a importância da boa relação interpessoal, o saber ouvir o outro e respeitar as diversidades de ideias.

4 CONCLUSÃO

Os textos elaborados para propor fundamentação ao tema evidenciam que, a ética profissional é um dos primeiros fatores a ser colocado em prática para o exercício eficaz das funções de Orientador e Supervisor Educacional, cabendo o respeito as opiniões e o diálogo entre todos os mediadores, de forma que, o alunado seja colocado em primeiro plano em seu processo de ensino-aprendizagem.

As leis são claras frente a formação integral do aluno, por isso, o trabalho precisa ser efetivado de forma conjunta para o alcance de uma organização e planejamentos mais seguros, de modo, promover um aprendizado que motive o aluno a frequentar e aprender dentro das propostas curriculares, assim como, a ter boas relações interpessoais com os seus pares, a começar pelo educador.

Ressaltando que, Orientador e Supervisor Educacional são partes indispensáveis no contexto escolar, por isso, o trabalho deve ser detalhado e elaborado com a máxima observação no espaço de aprendizagem e com a atenção as informações ofertadas pelos demais profissionais mediadores, para que haja o máximo de acertos em prol da qualidade do ensino.

Em conclusão aos textos, é de extrema relevância a construção de elos entre a parte gestora para que haja mais facilidade de acesso à vida escolar do aluno, por isso, as relações interpessoais devem ser colocadas em prática de forma saudável, isto é, quanto menor os conflitos entre os pares, melhores serão as práticas exercidas dentro do contexto escolar por todos os responsáveis pelo processo educativo.

REFERÊNCIAS

BALESTRO, M. A trajetória e a prática da orientação educacional. Revista Prospectiva n. 28, 2004/2005.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN nº. 9394/96. Disponível em:  Acesso em 10 de jan. 2023.

_______. Base Nacional Comum Curricular – BNCC – 2019. Disponível em: . Acesso em 08 de jan. 2023.

CONCEIÇÃO, Lilian Feingold. Coordenação Pedagógica e Orientação Educacional. Porto Alegre: Mediação, 2010. Disponível em: . Acesso em 13 de jan. 2023.

DOUGLAS, Alessandro. Evasão escolar no pós-pandemia: evitar que alunos se desmotivem com a volta às aulas presencias, 2020. Disponível em: . Acesso em 15 de jan. 2023.

FERREIRA, Maria Elisa Caputo; GUIMARÃES, Marly. Educação inclusiva. Editora: DP &A, 2008.

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GIACAGLIA, L. R. A. Orientação educacional na prática: princípios, técnicas, instrumentos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

GIANCATERINO, Roberto. Relevância e as Atribuições do Supervisor Educacional de uma Escola Estadual do Município de São Bernardo do Campo – SP, 2022. Disponível em: . Acesso em 12 de jan. 2023.

GRINSPUN, Miriam P.S. Zippin. Supervisão e Orientação Educacional: Perspectivas de Integração na Escola. São Paulo. Editora Cortez, 2006.

JORNADA EDU. Como incentivar a participação dos pais no dever de casa? Disponível em: . Acesso em 15 de jan. 2023.

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos...Educar. Curitiba, n. 17, p. 153-176. 2001. Editora da UFPR. 3. Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscas.

MARTINS, José do Prado. Princípios e métodos da orientação educacional. 2 ed. São Paulo; Atlas, 1984. Disponível em: . Acesso em 12 de jan. 2023.

SÁ, Antonio Lopes de. Ética profissional. 8.Ed. São Paulo: Atlas, 2009.

SCHMITT, Carmemleda Rizzi. Orientador Educacional e seus Desafios de Função, 2016. Disponível em: . Acesso em 11 de jan. 2023.

SILVA JÚNIOR, C.; RANGEL, M. Nove olhares sobre supervisão. 7. ed. São Paulo: Papirus, 1997.

SOARES, Silvia Adriana da Silva; SILVA, Gilberto Ferreira da. O supervisor escolar e suas funções no contexto escolar. Práxis Educacional Vitória da Conquista v. 12, n. 23 p. 271-296 set./dez. 2016. Disponível em: . Acesso em 14 de jan. 2023.

Giselle Alves da Conceição[1]


[1] 2023.1

2 Nota obtida: 10.


Publicado por: Giselle Alves da Conceição

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