Resoluções de Ano Novo
Desejo de construir sentidos, de trabalhar em equipes, de ser ativo na aprendizagem, inclusivos com o diferente e o novo para poder viver com a heterogeneidade das pessoas e suas formas de atuação.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Segundo Carlos Drummond de Andrade, “é dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre”; nada poderia ser mais verdadeiro se pensarmos que a modernização dos processos pedagógicos em todas as nossas escolas, em qualquer nível de ensino, estão cada vez mais utilizando a internet, ao lado de uma maior compreensão de que a prática é essencial para complementar ou até anteceder a teoria.
Num ambiente em que professores continuam indispensáveis, pois orientação firme e dedicada faz muita diferença no mar de conhecimentos disponíveis, nem todos essenciais ou adequados em cada momento e faixa etária, porém necessários ao longo de toda a vida, o importante é que professores se atualizem constantemente. Não temer as novas tecnologias, dispender algum tempo e esforço em dominá-las razoavelmente é condição para ministrar boas aulas, para estar próximo de seus alunos e compreender razoavelmente suas aspirações.
Afinal, os novos espaços de conhecimento: empresas, organizações do terceiro setor, igrejas, sindicatos, complementam o trabalho escolar e familiar, fortalecendo-se como lugares de difusão cultural e reconstrução de saberes, e todo o planeta é hoje um imenso espaço educacional, alertando para a importância da independência intelectual, a capacidade de elaborar sínteses e estar atento a novas teorias, inovações na forma de fazer e entender os eventos, sejam eles rotineiros ou extraordinários. Curiosidade, desejo de construir sentidos, de trabalhar em equipes, de sermos ativos na aprendizagem, inclusivos com o diferente e o novo para poder viver com a heterogeneidade das pessoas e suas formas de atuação, são condições básicas.
Desde Sócrates, cujos conceitos sobre a educação estranhamente se tornam mais modernos a cada século, devemos educar os jovens para a vida em comunidade, e o grande método é através do diálogo, do esclarecimento mais profundo possível de ser obtido por meio de indagações, ou seja, a habilidade de um professor para conduzir o desejo de conhecimento do estudante de tal forma que este seja capaz de pensar por si mesmo; segundo ele, o verdadeiro mestre não é aquele que funciona como fonte inesgotável de saberes, mas sim o que ilumina o caminho do discípulo.
Principalmente hoje, em que ao utilizar a internet o aluno aprende sempre um pouco mais do que seu professor esperava, com os livros didáticos perdendo muito de sua importância, dado a rapidez com que os conhecimentos se renovam, e com processos sendo muitas vezes mais relevantes que seus resultados.
E assim, um pouco maravilhados e também assustados chegamos ao início de um novo ano, e quando comparamos o período transcorrido com diversos outros já vividos, não dispomos de medidas ou métodos objetivos a partir do qual possamos chegar a um julgamento, o que é um ano “normal”, ou seja, aquele em que não houve guerras ou imensas catástrofes, diante dos anteriores? Impossível formar uma opinião definitiva, pois cada intervalo de tempo é um encadeamento psíquico, repleto de fatos, de alegrias e tristezas, e por isso tentamos, aleatoriamente, dividir nossa vida em intervalos regulares, e a cada ano ampliamos nosso impulso em direção a melhores políticas públicas de democratização da escola, intensificando o domínio das habilidades de leitura, escrita, da compreensão matemática, que possam nos levar àquelas competências que nos transformem em seres mais solidários e mais competitivos no mundo do trabalho.
Melhorar currículos, avaliações, corrigir fluxos e aumentar os anos passados em bancos escolares é básico para eliminarmos o desemprego e a crescente marginalização do jovem; direitos humanos, ou ausência deles, são mais do que nunca visíveis no sistema educacional.
Publicado por: Wanda Camargo
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