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PSICOMOTRICIDADE E O TRABALHO DO PSICOPEDAGOGO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Análise sobre a importância da psicomotricidade na Educação Infantil e como a ludicidade pode ser um relevante aliado na avaliação e no diagnóstico psicopedagógico.

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RESUMO

Neste trabalhos abordamos como o psicopedagogo deve compreender como as pessoas aprendem e investigar as possíveis barreiras que impedem o ato de adquirir conhecimentos perante as práticas metodológicas propostas no ambiente escolar. Vários teóricos abordam a forma pela qual a criança se desenvolve, amplia seu repertório de saberes e constrói seu conhecimento sobre o mundo. Os estudos acadêmicos ligados à área de Educação Infantil compreendem a psicomotricidade e a ludicidade como importantes aliadas no desenvolvimento pleno das potencialidades da criança. O ato de brincar é visto como uma fonte de conhecimento que, guiado por práticas psicopedagógicas direcionadas às dificuldades de aprendizagem, possibilitam o avanço no ato de aprender, auxiliando as áreas cognitivas, motoras e afetivas. Partindo de um levantamento teórico acerca do saber psicopedagógico em face das dificuldades de aprendizagem e da utilização de atividades psicomotoras na Educação Infantil, no intuito de sanar ou amenizar tais dificuldades, é objetivo desta pesquisa trazer contribuições significativas para a área de Psicopedagogia, proporcionando ações que possam ser aplicadas no cotidiano escolar

Palavras-chave: Psicomotricidade. Psicopedagogia escolar. Educação Infantil. Lúdico. Matemática.

ABSTRACT

In their daily work, performing it in a preventive or therapeutic way, it is up to the educational psychologist to understand how people learn and to investigate the possible barriers that prevent the act of acquiring knowledge in the face of the methodological practices proposed in the school environment. Several theorists approach the way in which the child develops, expands his repertoire of knowledge and builds his knowledge about the world. Academic studies related to the area of Early Childhood Education understand psychomotricity and playfulness as important allies in the full development of the child's potential. The act of playing is seen as a source of knowledge that, guided by psychopedagogical practices aimed at learning difficulties, allow progress in the act of learning, helping the cognitive, motor and affective areas. Starting from a theoretical survey about psychopedagogical knowledge in the face of learning difficulties and the use of psychomotor activities in Early Childhood Education, in order to remedy or alleviate such difficulties, the objective of this research is to bring significant contributions to the area of Psychopedagogy, providing actions that can be applied in everyday school life.

Keywords: Psychomotricity. School psychopedagogy. Child education. Ludic. Mathematics.

INTRODUÇÃO

Aprendizagem é um processo de mudança comportamental resultado das experiências vivenciadas pelo sujeito e influenciadas pelos fatores emocionais, neurológicos, sociais, ambientais e culturais, ou seja, os estímulos sofridos pelos indivíduos motivam o desenvolvimento cognitivo e físico.  No entanto, existem casos onde o indivíduo pode apresentar dificuldades de aprendizagem, como falta de atenção, problemas relacionados aos números, fracasso na aquisição da leitura e da escrita, desajustes emocionais, dificuldades de concentração, má percepção e inibição participativa. 

Partindo desta perspectiva o presente artigo busca identificar fatores e apresentar ações psicopedagógicas que proporcionem um trabalho agradável e eficaz na aquisição de conhecimentos de pessoas que possuem algum tipo de dificuldade de aprendizagem.O estudo se subdivide em duas partes específicas: a primeira sob a perspectiva da Psicopedagogia voltada para a compreensão das dificuldades de aprendizagem; e o papel do psicopedagogo em trabalhar com o processo de construção do conhecimento.Neste sentido, cabe ao psicopedagogo lidar com o processo de aprendizagem humana identificando e investigando fatores que inibem o ato de aprender. Seu caráter terapêutico permite promover ações onde o educando supere seus problemas de aprendizagem, para isto são utilizados diferentes recursos como jogos, desenhos, brinquedos, conto de histórias, entre outras situações onde a criança possa expressar seus sentimentos.

Em seguida, há uma investigação sob a óptica da Psicopedagogia voltada para a busca de possibilidades interventivas. O estudo bibliográfico aborda a importância da psicomotricidade na Educação Infantil e como a ludicidade pode ser um relevante aliado na avaliação e no diagnóstico psicopedagógico.

Sua finalidade está em promover ações preventivas através da psicomotricidade que permitam melhorar o desenvolvimento pleno das habilidades e potencialidades do educando e estimular sua aprendizagem de forma prazerosa.A pesquisa bibliográfica tem como objetivo analisar a concepção da Psicopedagogia sobre a prática da psicomotricidade na Educação Infantil. A educação psicomotora é a realização de um pensamento através de um ato motor coeso, econômico e harmonioso, exigindo para esse uma afetividade equilibrada.

A metodologia aplicada é de caráter bibliográfico baseada na fundamentação teórica de estudiosos como Froebel (2001, 2019), Piaget (1973, 1975 e 1996), Wallon (1995) e Vygotsky (1989), que, em seus pressupostos, buscaram investigar e compreender os fatores e processos da aprendizagem humana. Além de conceitos acerca do lúdico, como a utilização de jogos, brincadeiras e brinquedos como fator relevante no desenvolvimento infantil.

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente por livros e artigos científicos que fundamentam de forma descritiva o objetivo da investigação psicopedagógica.

De acordo com tais autores é fundamental que a criança esteja inserida socialmente para construir suas referências culturais e possa expressar-se livremente, pois a aprendizagem acontece por meio dos contatos ou interações com outros indivíduos do grupo social.

O desenvolvimento psicomotor está diretamente associado ao desenvolvimento das funções corporais, neste sentido, o uso da prática psicomotora em seu aspecto preventivo e interventivo permite auxiliar a criança a despertar suas potencialidades, estimular a criatividade e valorizar as interações sociais.

O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO FRENTE ÀS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

O processo de aprendizagem pode ser compreendido através de diferentes perspectivas, no entanto, a relação em comum entre as diferentes teorias de aprendizagem resulta no conceito de que o sujeito aprende por meio de suas interações com o mundo. Neste sentido, pode ser definida como um processo complexo de aquisição de informações, conhecimentos, habilidades, valores e atitudes possibilitados através do estudo do ensino ou da experiência adquirida no convívio social. Na concepção de pedagogia dialógica de Paulo Freire o ato de aprender se desenvolve por meio das relações culturais entre os seres humanos e destes com o mundo, sabendo que “ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo” (FREIRE, 1987, p. 79). A aprendizagem humana é um processo contínuo e cabe ao educador colaborar para o desenvolvimento intelectual do aluno, de forma que ele possa se inserir efetivamente em um mundo que passa constantemente por transformações. No entanto, existem alunos que apresentam um desempenho abaixo do esperado, que não conseguem compreender pelos mesmos métodos pedagógicos aplicados com sucesso na maioria das salas de aula. Para caracterizar tal situação indica-se o termo dificuldade de aprendizagem. Mas o que são as dificuldades de aprendizagem?

Em uma perspectiva orgânica, as dificuldades de aprendizagem são desordens neurológicas que interferem com a recepção, integração ou expressão de informação, caracterizando-se, em geral, por uma discrepância acentuada entre o potencial estimado do aluno e a sua realização escolar. Em uma perspectiva educacional, as dificuldades de aprendizagem refletem uma incapacidade ou impedimento para a aprendizagem da leitura, da escrita ou do cálculo, ou para aquisição de aptidões sociais.

Para uma avaliação psicopedagógica significativa é necessário conhecer claramente os fatores ou circunstâncias que impedem a aprendizagem, bem como os sintomas que caracterizam cada tipo de dificuldade.

A psicopedagogia surgiu da inquietação e insatisfação de profissionais que desenvolviam atividades como forma de tratamento das dificuldades de aprendizagem e da compreensão dos múltiplos aspectos que envolvem o processo de aprender, ensinar, de interagir e de construir o conhecimento humano. O desempenho dos alunos é algo que está diretamente relacionado à metodologia empregada pelo professor, no entanto, outras causas como fatores orgânicos, emocionais ou sociais influenciam o ato de aprender.

O psicopedagogo é um profissional que pode atuar em diversos locais, como escola, unidades de saúde e empresas, sua função é intervir de forma preventiva, buscando identificar os possíveis problemas que impedem a aprendizagem. Segundo o Código de Ética da Psicopedagogia, em seu Capítulo I – Dos Princípios – Artigo 1º afirma que o psicopedagogo pode utilizar procedimentos próprios da Psicopedagogia, procedimentos próprios de sua área de atuação.

Neste contexto, cabe ao psicopedagogo utilizar recursos como entrevistas com os profissionais escolares e com a família, investigar o motivo da consulta, conhecer a história de vida da criança, realizar anamnese, fazer contato com outros profissionais que atendem a criança, utilizar Jogos que representem uma situação – problema, realizar Provas de Inteligência, Testes Projetivos e Operatórios, Avaliação Psicomotora, Teste de Lateralidade, entre outras possibilidades.

Após o recolhimento de todos os dados e informações necessários é o momento de analisá-los, pois “uma vez recolhida toda a informação (...) é necessário avaliar o peso de cada fator na ocorrência do transtorno de aprendizagem” (PAÍN, 1992, p.69).

O diagnóstico psicopedagógico consiste em uma investigação do significado, da causa e da modalidade de aprendizagem do sujeito, suas possibilidades e impossibilidades no que diz respeito à aquisição do conhecimento, visando identificar os fatores que impedem seu desenvolvimento cognitivo.

PRINCIPAIS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Entre as dificuldades de aprendizagem mais conhecidas, tem-se a Dislexia do desenvolvimento, que é considerada um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração. Essas dificuldades, normalmente, resultam de um déficit no componente fonológico da linguagem e são inesperadas em relação à idade e outras habilidades cognitivas. Os alunos que enfrentam esse distúrbio apresentam, tipicamente, uma dificuldade de leitura.

A dislalia é um distúrbio que acomete a fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras. A pessoa portadora de dislalia, troca as palavras por outras similares na pronúncia, fala erroneamente, omitindo ou trocando as letras. Resumidamente, as manifestações clínicas da dislalia consistem em omissão, substituição ou deformação dos fonemas.

A disortografia pode ser definida como o conjunto de erros da escrita que afetam a palavra, mas não o seu traçado ou grafia. A disortografia é a incapacidade de estruturar gramaticalmente a linguagem, podendo se manifestar no desconhecimento ou negligência das regras gramaticais, confusão nos artículos e pequenas palavras, e em formas mais banais, na troca de plurais, falta de acentos ou erros de ortografia em palavras correntes ou na correspondência incorreta entre o som e o símbolo escrito.

A discalculia é um tipo de transtorno de aprendizagem caracterizada por uma inabilidade ou incapacidade de pensar, refletir, avaliar ou raciocinar processos ou tarefas que envolvam números ou conceitos matemáticos. Percebe-se desde muito cedo, mas é na escola que  todos  os  sinais  e  dificuldades  se  expressam  de  maneira  clara  e  explícita.

A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo, escreve muito lentamente, o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando-a ilegível.

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um transtorno característico pela hiperatividade, distração, agitação, desorganização, esquecimento, impulsividade e outras características específicas do transtorno.

Disartria é definida como a dificuldade de utilizar os músculos da fala, ou então a fraqueza destes. Embora a disartria pareça ser um problema de linguagem, é realmente um problema motor. Pode ser causada por danos no tronco cerebral.

A dispraxia é uma disfunção motora neurológica que impede o cérebro de desempenhar os movimentos corretamente. Seus sintomas mais comuns são: a falta de coordenação motora (lentidão, imprecisão), a falta de percepção tridimensional (copiar figuras geométricas) e o equilíbrio.

A criança "dispráxica" apresenta dificuldade na execução de movimentos coordenados, com consequente dificuldade em organização espacial, o que pode causar, por exemplo, uma desorganização da apresentação de trabalhos no papel ou às fibras nervosas que ligam a camada externa do cérebro (córtex cerebral) ao tronco cerebral.

A disfemia, também denominada taumatez ou disfluência e, popularmente conhecida como gagueira ou gaguez, é a mais comum desordem da fala, acometendo aproximadamente 2 milhões de pessoas no Brasil e mais de 60 milhões no mundo todo.

Acalculia é um transtorno adquirido por lesão cerebral, como um acidente vascular cerebral ou um traumatismo cranioencefálico, na qual a pessoa perde habilidades matemáticas já consolidadas e desenvolvidas. Ela se refere a uma alteração, tanto no manejo dos números como nas realizações de operações aritméticas, consequentes de um dano cerebral. É caracterizado pela dificuldade em realizar operações aritméticas e na sequência de números. Está diretamente relacionada à discalculia, por apresentar características em comum.

A afasia é uma deterioração da função da linguagem falada e escrita, após ter sido adquirida de maneira normal e sem déficit intelectual correlativo. É caracterizada pela dificuldade em nomear pessoas e objetos. A principal causa da afasia é o acidente vascular cerebral (AVC), que resulta em uma lesão no cérebro. Deste modo, essa patologia provavelmente é a maior sequela ou limitação, do ponto de vista pessoal, social ou econômico, resultante de um dano cerebral.

A apraxia consiste em um distúrbio neurológico caracterizado por causar perda de habilidade para realizar movimentos e gestos precisos, embora o indivíduo apresente vontade e habilidade física para tal. A causa desta condição é uma disfunção dos hemisférios cerebrais, que pode ser resultado de traumas locais, tumores, dentre outros fatores. Comumente, os pacientes com esta disfunção apresentam problemas na pronúncia dos sons da fala, sendo que a severidade do quadro fica na dependência da natureza do dano cerebral. Além disso, também leva à redução da capacidade de utilizar objetos e de executar atos motores conhecidos.

A IMPORTÃNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E NA APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA

São fundamentalmente importantes as habilidades e competências matemáticas na vida cotidiana. A capacidade de gerir o tempo, a habilidade de compreender as comparações entre os preços dos produtos, a capacidade de ler calendários e descobrir as horas em diversos tipos de relógios são algumas anotações sobre como somos profundamente dependentes do conhecimento dos objetos de estudo da matemática. Levando-se em conta a grande variedade de competências desta ciência, são também evidentes as dificuldades que se avolumam nesta área do conhecimento em todos nos níveis escolares podendo surgir dificuldades em: contar objetos e identificar o significado dos símbolos numéricos; ordenar os números na sua decomposição e composição; organizar os objetos de acordo com a sua forma, tamanho ou cor e reconhecer padrões. Todos que se aventuram em conhecer o fascinante mundo da matemática sabem que ela é compreendida como uma segunda linguagem, como uma forma de comunicação de ideias e de informação.

Não se aprende matemática em espaços desorganizados e com metodologias que não analisam os processos nem procuram entender o porquê de alguns desenvolverem-se no estudo destas ciências e outros não conseguirem o mínimo para prosseguir. Ou seja, aprendizagem desta é um processo vagaroso e que se vai construindo a cada aula, a cada descoberta. E assim os conhecimentos se vão arrumando de forma fragmentada e gradual, até que em determinado momento se constitua uma habilidade global. São três Os processos implícitos as sequências evolutivas da aritmética, a saber: Compreender o sentido de número, como realizar as operações e como resolver os problemas. Ou seja, encontrar uma relação de sentido para o número é o princípio fundamental na primeira etapa da aprendizagem da matemática, como por exemplo as relações de magnitude; equivalência; contagem de sequências; emparelhar um item informal a um formal e conservação, seriação e cardinalidade.

As crianças em seu cotidiano se divertem com os objetos e suas formas, quebra cabeças, caixas ou bolas criando os processos de aquisição dos conceitos pré- simbólicos de tamanho número e forma. A partir do momento em que as crianças começam a compor e decompor os objetos, elas começam a desenvolver com mais facilidade, a percepção dos números e das suas relações, de forma que, toda a base perceptiva facilita o processo de aprendizagem. Desta forma quando as crianças tocam, manipulam as coisas e os objetos, ao tocar e começar a juntá- los ou classificá-los, surge o primeiro contacto com a contagem, numeração e ordenação.

Quando se juntam todas as partes deste processo começa-se a se construir o conhecimento lógico-matemático, pois a, manutenção das relações anteriormente estabelecidas com estes objetos favorecem a construção a aprendizagem, por exemplo, “a geometria, num primeiro momento, pode ser vista como imagem que se percebe através dos movimentos; portanto, a primeira geometria é constituída pelo corpo” (SMOLE, 1996; 122). Mas sabemos que a simples manipulação do objeto, em si, não desenvolve nem favorece o raciocínio lógico- matemático, são as ações mentais criadas sobre diversos processos cognitivos de manuseio dos objetos que facilitam a compreensão. Os procedimentos de manipulação dos sujeitos sobre os objetos, de forma não contextualizadas e isoladas, não podem ser consideradas como experiências lógico-matemáticas, e sim as ações e a relação que se estabelecem entre o sujeito pensante e o objeto.

As experiencias vividas pelos indivíduos são responsáveis pelas operações mentais, que influenciam as deduções. Conforme nos ensinou Piaget, “toda nova aprendizagem se insere num conjunto das aquisições anteriores à aprendizagem das estruturas lógicas no período pré- operatório, dessa forma, a apreensão de estruturas lógicas faz uso de experiências anteriores.” Baseados nas análises acima e nos pressupostos apresentados, acreditamos que, quando uma criança apresenta dificuldades na aprendizagem da matemática, é factual que ela não tenha desenvolvido os elementos básicos de psicomotricidade, não houve um trabalho eficiente que tenha sido bem trabalhado para que fossem bem desenvolvidos, o esquema corporal, a lateralidade, a estruturação espacial e a orientação temporal. Esses elementos estão ligados ao desenvolvimento motor global, que deve ser aguçado por experiências vivenciadas com o corpo na Educação Infantil, quando a criança sai do período pré-operatório para o período operatório concreto.

Desta forma, atividades que relacionam o jogar dominó, dados, varetas, cantarolar parlendas, cantigas de roda, brincadeiras com corda ou amarelinha auxiliarão em atividades matemáticas em que seja necessário um bom desenvolvimento da percepção e localização espacial, bem como no desenvolvimento ideias iniciais de medidas e números. Já brincadeiras com sombras e pipas ajudarão, posteriormente, na vida escolar do indivíduo, quando forem necessárias a identificação, classificação e comparação de formas geométricas e identificação de simetrias. Culturalmente, as instituições formais de aprendizagem separam as atividades que envolvem o corpo das atividades que envolvem o raciocínio, pois há uma desvalorização das atividades corporais. No entanto, para Piaget (apud FONSECA, 2008;76) “a inteligência é a resultante e o resultado da experiência do indivíduo”. A compreensão do ambiente é uma das ligações mais importantes entre a matemática, o estudo das ciências exatas e a psicomotricidade. A apropriação do espaço pela criança requer que ele esteja ligado a seu esquema corporal, porque não sendo capaz de compreender e identificar os elementos básicos e as partes de seu corpo, não terá possibilidade de colocá-lo no espaço. Para a realização dessas ações, a criança precisa ter a capacidade de, primeiramente, examinar e verbalizar um agrupamento de factos que acontecem no tempo e no espaço para, futuramente ser capaz de decodificá-los simbolicamente. Ou seja, para a realização destas operações, é essencial a existência da função simbólica, a compreensão e percepção do tempo e a orientação espacial.

Desta forma, a Psicomotricidade, ao possibilitar os exercícios e as atividades que estimulem a consciência do esquema corporal, ajuda bastante no sucesso da aprendizagem. Essa ideia se fundamenta porque a criança emprega o seu próprio corpo como ponto de referência, como orientação para conectar-se a um conjunto de informações fundamentais para a obtenção de conceitos básicos da matemática, partindo do que vivenciou e sentiu corporalmente, para adquirir conceitos matemáticos.

A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 20 de dezembro de 1996 (Lei 9394/96), art. 29: “a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade” (BRASIL, 2018).

Como primeira etapa da Educação Básica, a Educação Infantil é o início do processo educacional, simboliza a primeira separação da criança com seus vínculos afetivos familiares para se integrarem à socialização estruturada e à proposta pedagógica oferecida pelos sistemas educacionais. É o momento de ampliar o universo de experiências, conhecimentos e habilidades.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009), a criança é definida como: “Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura” (BRASIL, 2010).

Neste sentido, a educação básica desde a pré-escola prioriza pelo desenvolvimento físico, intelectual e socioafetivo da criança, pois na relação de aprendizagem, o intelectual e o afetivo são indissociáveis. É necessário proporcionar às crianças um ambiente que estimule seus movimentos por meio de gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, relacionamentos, histórias, objetos e elementos da natureza, ampliando seus saberes sobre sua cultura.

De acordo com esta perspectiva, a educação psicomotora é definida como um instrumento pelo qual o profissional da Educação Infantil poderá usufruir para identificar possíveis dificuldades de aprendizagem, pois o desenvolvimento psicomotor é um dos pré- requisitos para o desenvolvimento intelectual.

Algumas alterações nos processos mentais e no comportamento das crianças já podem ser identificadas desde a fase da pré-escola, como a hiperatividade, alterações na motricidade, na atenção, na compreensão auditiva, na memória, são percebidas desde muito cedo. No entanto, outros distúrbios de aprendizagem como dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, entre outros, são manifestados durante o período de alfabetização.

Crianças que apresentam dificuldades na coordenação motora fina, imaturas, que não estão conseguindo acompanhar o ritmo da turma por falta de atenção, com dificuldades na compreensão, dificuldades em aprender a ler e escrever ou dificuldades em fixar informações, deverão ser indicadas para avaliação psicopedagógica.

Segundo a Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), o Código de Ética do Psicopedagogo permite que o mesmo atue em Educação e Saúde, auxiliando no processo de aprendizagem, considerando o sujeito, a família, a escola, a sociedade, e o contexto histórico e social, fazendo o uso de procedimentos próprios, mas que estejam fundamentados em diferentes referenciais teóricos da área.

Quando um psicopedagogo recebe uma criança com dificuldades de aprendizagem e tem acesso ao seu histórico escolar, familiar e social, de acordo com seus conhecimentos, ele pode se apropriar de aspectos da psicomotricidade para sanar as dificuldades do cliente e tornar a aprendizagem prazerosa.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR

Para compreender como o sujeito passa de um estágio do conhecimento para outro é necessário o contato concreto com objetos. Os jogos, os brinquedos e as brincadeiras encontradas no cotidiano de uma brinquedoteca, bem como as técnicas utilizadas na Educação Infantil, têm influência nos estudos de Froebel (2001; 2019). Para ele, as brincadeiras são os primeiros recursos no percurso da aprendizagem.

Para Froebel (2001), a brincadeira é algo que faz parte da natureza infantil, dessa maneira, esta é a atividade principal para que esta faixa etária expresse seu mundo interior e interiorize as novidades vindas de fora. Dessa forma, pode-se pensar que as atividades lúdicas e coordenadas pedagogicamente oportunizam para as crianças a expressão, a criação e trocas de informações, além de trabalhar a cooperação e criatividade na busca de soluções.

Pesquisando como a criança conhece o mundo e desenvolve-se, Piaget (1975) investigou o desenvolvimento intelectual do ser humano dividindo-o em quatro grandes períodos: período sensório motor – período que inicia-se com o nascimento até os 02 anos de idade, nesta etapa do desenvolvimento, o bebê gradualmente se torna capaz de organizar atividades sensório motoras; período pré-operatório – estágio que ocorre entre os 02 à 07 anos de idade, caracterizado pela interiorização de esquemas de ações que foram construídas no estágio anterior; período das operações concretas – etapa que se estende dos 07 aos 11 anos, caracterizada pelo desenvolvimento de noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade, indicando que a criança já é capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade; e período das operações abstratas – dos 11 anos em diante, nesta etapa é desenvolvida a capacidade de pensar em conceitos abstratos e no próprio processo de pensamento.

Cada período estabelece as bases necessárias para os períodos seguintes, sendo assim, um estágio de desenvolvimento é pré-condição para alcançar os outros. Para Piaget (1996), todos os humanos passam por todos estes períodos ou etapas no desenvolvimento de sua inteligência, o qual segue uma linha pré-definida, apesar de variável de indivíduo para indivíduo, no que diz respeito ao ritmo que ocorre.

A partir das ideias elaboradas por Wallon (1995), pode-se entender que, na base orgânica do corpo humano, o Sistema Nervoso, as conexões cerebrais, modificam-se à medida que o ser humano se relaciona socialmente. Por exemplo, as regiões do bebê se ampliam e mudam suas funções de acordo com as interações sociais nas quais o mesmo está envolvido.

De acordo com Wallon (1995), todo indivíduo é organicamente social, sendo assim cada indivíduo aprende, desenvolve suas funções, constitui sua identidade e seu conhecimento a partir dos relacionamentos sociais. Wallon (1995) propôs três centros que se entrelaçam diretamente ao longo do desenvolvimento da criança: a afetividade, a motricidade e a cognição.

Vygotsky (1989), em suas pesquisas na área de Psicologia, buscava compreender como o sujeito se torna capaz de produzir símbolos, ou seja, como a linguagem é organizada permitindo a comunicação. Seus estudos se baseiam acerca da problemática das transformações das ações exteriores e interiores no processo de desenvolvimento do ser humano: do ato motor ao ato simbólico, confirmando, assim, a importância da socialização para que o cognitivo seja bem desenvolvido.

Na perspectiva de Vygotsky (1989), o brinquedo é um recurso que promove experiências agradáveis à criança, desempenhando um papel de grande importância para seu desenvolvimento psicológico e cognitivo. Segundo o teórico:

Brincando e jogando, a criança aplica seus esquemas mentais à realidade que a cerca, apreendendo-a e assimilando-a. Brincando e jogando, a criança reproduz as vivências, transformando o real de acordo com seus desejos e interesses. Por isso, pode-se dizer que, através do brinquedo e do jogo, a criança expressa, assimila e constrói a realidade (VYGOTSKY, 1989, p. 25).

As atividades lúdicas contribuem e oportunizam para as crianças momentos de expressão, criação e troca de informações, além de trabalhar a cooperação. O lúdico envolve diferentes tipos de comunicação, proporcionando o desenvolvimento da oralidade e, ao mesmo tempo, o melhor entendimento e a aceitação das regras, pois, como afirma Piaget (1973), é necessário que o indivíduo internalize o conhecimento para depois colocá-lo em prática.

No jogo a criança começa a adquirir estímulos, habilidades e atitudes necessárias à sua participação social, a qual só poderá ser atingida completamente mediante a convivência com seus companheiros da mesma idade e também com os mais velhos, por meio dos jogos a criança adquire e inventa regras.

A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA E O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR

A aprendizagem e a construção do conhecimento são processos naturais e espontâneos da condição humana, pois desde muito cedo se aprende a mamar, falar, andar, pensar, fatos esses que garantem a sobrevivência da espécie. A aprendizagem escolar também é considerada um processo natural, sendo consequência de uma complexa atividade mental, na qual o pensamento, a percepção, as emoções, a memória, a psicomotricidade e os conhecimentos prévios estão envolvidos e onde a criança sinta prazer pelo ato de aprender.

Para Paín (1992), é necessário compreender, de forma global e integrada, os processos cognitivos, emocionais, orgânicos, familiares, sociais e pedagógicos que determinam a condição do sujeito e interferem no processo de ensino aprendizagem, a partir desta compreensão serão elaboradas estratégias que resgatem a aprendizagem em sua totalidade de uma maneira prazerosa.

A utilização de jogos e brincadeiras na intervenção psicopedagógica requer um ambiente acolhedor, prazeroso e que estimule suas capacidades cognitivas e motoras, promovendo a aquisição de novos saberes. De acordo com Bossa (2007), durante a ação do jogar é possível observar as atitudes infantis para que haja a identificação de como a criança executa suas ações e aprende. Ao brincar, as crianças expressam seus sentimentos de medo, desejo, frustração, ampliando sua imaginação, além do uso da criatividade ao inventar seus brinquedos, expondo suas potencialidades.

Em sua intervenção ou avaliação psicopedagógica, as ações lúdicas contribuem para realizar o levantamento da hipótese diagnóstica acerca das limitações ou dificuldades de aprendizagem e possibilidades para o aprendente ultrapassar seus obstáculos cognitivos ou motores, neste sentido, cabe ao psicopedagogo identificar qual a dificuldade e criar as condições favoráveis para superação.

É importante transformar momentos como a Hora do Jogo em situações-problemas, onde o indivíduo possa solucionar e analisar as consequências de suas ações, permitindo a reestruturação do pensamento. Dessa forma, a intervenção psicopedagógica possibilita um diagnóstico real do nível de desenvolvimento do aprendente.

Em relação ao desenvolvimento psicomotor, este, por sua vez, é um tipo de aprendizagem que só se efetiva por meio das interações e experiências do sujeito, as quais devem ser aproveitadas e exploradas. O psicopedagogo, ao tratar com crianças na fase da Educação Infantil, deve ter um olhar amplo acerca das dificuldades, para que possa promover práticas terapêuticas estimulantes e prazerosas que favoreçam as experiências motoras concretas.

Como sugestão de atividades para intervenção psicopedagógica com uso da ludicidade, apresentam-se o Dado Pedagógico, que trabalha a formação silábica; o Jogo da Memória com as emoções, cujo objetivo é avaliar a percepção e a memória; o Troca Letras, que auxilia na junção das sílabas, fonemas, grafemas, entre outros; o Boliche Numérico, com a finalidade de desenvolver o raciocínio lógico-matemático.

A estimulação do desenvolvimento psicomotor é fundamental para que aconteça a interação dos movimentos com a emoção e a cognição do indivíduo, para o estímulo da coordenação motora fina e ampla são sugeridas atividades que envolvam a dança, a música, as brincadeiras populares, como amarelinha, basquete e futebol, bambolês como obstáculos para a criança passar pulando, atividades com recorte, encaixe, massa de modelar, entre outras possibilidades que estimulem os pequenos músculos. A psicomotricidade é favorável à aprendizagem, pois reconhece que diferentes fatores, tanto de ordem física quanto de ordem psíquica e social, não atuam isoladamente, mas sim em conjunto, para que aconteça uma significativa aprendizagem.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A psicomotricidade possibilita relevantes benefícios para a Educação Infantil, suas atribuições estão presentes no desenvolvimento motor, cognitivo, físico e emocional da criança. Práticas psicomotoras associadas à ludicidade auxiliam o processo de aprendizagem, neste sentido, é preciso enfatizar intervenções psicopedagógicas que se fundamentam na utilização de atividades lúdicas na Educação Infantil. Este recurso possibilita a promoção de atitudes que possam superar as dificuldades de aprendizagem.

No decorrer deste trabalho acadêmico, difundiram-se ideias a respeito das dificuldades de aprendizagem, da psicomotricidade e do lúdico na psicopedagogia. Ao longo da discussão, há apontamentos de práticas na visão de importantes teóricos sobre o processo de aprendizagem e como a criança se apropria do conhecimento por meio de atividades lúdicas.

A utilização de brinquedos, jogos e brincadeiras proporciona situações prazerosas onde o processo de assimilação de regras modifica o comportamento da criança e estimula a criatividade, além disso, ajuda a desenvolver as emoções e reconhecer dificuldades e limitações.

A utilização de jogos e brincadeiras nas intervenções psicopedagógicas propicia à criança, assistida pelo psicopedagogo, o aprimoramento de diversos conhecimentos de forma lúdica. Contudo, é necessário auxiliar a criança de maneira sutil, para que a mesma brinque espontaneamente e com diversos brinquedos, possibilitando intervir com eficácia nas dificuldades de aprendizagem.

REFERÊNCIAS

BOSSA, Nádia Aparecida. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil / Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, 2010.

BRASIL. LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 2. ed. Brasília: Senado Federal, 2018. 58 p.

BRASIL. Programa de Formação de Professores de Educação Infantil. Brasília: MEC. Secretaria de Educação a Distância, 2004. 70p.

SMOLE, Kátia Cristiana Stocco. O matemático e o corporal. In: A matemática na educação infantil: a teoria das inteligências múltiplas na prática escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. p. 119-131.

CÓDIGO DE ÉTICA DA ABPp. Código de Ética do Psicopedagogo. Disponível em: http://www.abpp.com.br/documentos_referencias_codigo_etica.html. Acesso em: 28 dez. 2018.

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Publicado por: Jefte Gabriel Ferreira

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