Pratica educativa na sociedade contemporânea
Pratica educativa na sociedade contemporânea, a importância do educador na formação dos cidadãos, o conceito de educador, o que a educação propõe, a escola, a transformação do homem.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Resumo
O presente ensaio sobre a responsabilidade e a importância do educador na formação do cidadão como um todo, ressalta o ser e não o ter, evidenciando que a educação vai muito além do transmitir informações e que este possa diminuir a distancia entre a tecnologia, pedagogia e a pratica no seu dia a dia. Também que forme pessoas criticas capazes de sobressair-se sobre as novas tecnologias e ideologias que são impostas a cada período, tornando esta pessoa responsável pelos conhecimentos adquiridos
Palavras chaves: educador-tecnologia-ideologia
O conceito de educador engloba a todas as pessoas e instituições que realizam a função de educar com o objetivo de desenvolver o educando como ser. A função dos mestres é insubstituível, não existem materiais didáticos ou métodos capazes de educar sem o auxílio de professores. Com base nesta realidade é que buscamos uma educação que visa o desenvolvimento social, igualitário, justo, economicamente viável, ambientalmente sustentável e solidário em relação ao ambiente capaz de atingir o cidadão, a família e a natureza. E todas estas iniciativas vêm ao encontro das necessidades de investimentos na escola, visando à qualidade da educação.
Portanto, sonhamos e trabalhamos por uma escola aberta, melhor estruturada tecnologicamente, agradável, mais comprometida com o cidadão e sempre responsável pedagogicamente assumindo a sua função social e transformadora valorizando o ser, oportunizando momentos de aprendizagem para que as pessoas possam viver e tornarem-se mais críticas.
Segundo Morin (2004), no século XXI, a educação, muito além de transmitir informações tem como desafio formar cidadãos que saibam transformar a informação em conhecimento, que saibam usar esses conhecimentos em benefício próprio e de sua comunidade.
A escola, que ao longo do tempo se distanciou da vida cotidiana, busca diminuir estas distâncias e é neste sentido que o uso da tecnologia na educação vem contribuir, ou seja, preencher a lacuna formada entre sociedade e escola, desenvolvendo competências e habilidades (capacidade de síntese, de raciocínio, de verbalização de idéias) que viabilizem as comunidades escolares, condições de realizar um projeto de vida e de sociedade melhor.
Se a pedagogia se propõe a capacitar os seres humanos para ir além de suas predisposições “inatas”, devem transmitir “a caixa de ferramentas” que a cultura tem desenvolvido para fazê-los (ARROYO, 2000, pg 181).
No processo que envolve a tecnologia, mais importante que a produção que se faz a partir do uso dos meios, são as relações que os sujeitos/atores sociais estabelecem nesse processo de construção. O diálogo, o comunicar, a expressão livre de idéias, as formas de participação, a inclusão dos elementos e a valorização das identidades culturais são elementos significativos e expressivos nesse processo.
Nos dias de hoje, o homem tem o privilegio de passar por uma profunda transformação no que se refere a seus valores. No momento em que o homem foca o ser e não o ter ele torna-se um cidadão consciente da importância da sua realização pessoal, sem precisar renunciar suas conquistas técnicas. Tem-se que perceber o educador como um homem que busca uma realidade mais humana, e que resolva seus problemas com originalidade e criatividade distanciando-se do comodismo e utilizando a tecnologia como ferramenta de suporte.
A cada nova ideologia, nova moda tecnológica, políticas ou econômicas, pedagógicas e acadêmicas, cada novo governante, gestor ou tecnocrata se julgam no direito de nos dizer o que não somos e o que devemos ser, de definir nosso perfil, de redefinir nosso papel social, nossos saberes e competências, redefinir o currículo e a instituição que nos formarão através de um simples decreto. Podemos denunciar tudo isso e cair num jogo de forcas para impor outro olhar, outra política, mas senão sairmos dessa lógica continuará no mesmo jogo e na mesma visão de que a categoria de professores não passa de transmissor de conhecimentos.
Problematizar-nos a nós mesmos, pode ser um bom começo, sobretudo se nos leva a desertar das imagens de professor que tanto amamos e odiamos. Tem-se em levar em conta as características essenciais das pessoas, suas individualidades, usando a liberdade com responsabilidade, desenvolvendo a capacidade de comunicação.
Como nos diz Arroyo (2000), fazer o percurso à procura do ofício de mestre, artífice, artista que há em nós reaprender saberes e artes, recuperar a imagem bela que estamos construindo nas ultimas décadas .
Referências bibliográficas
ARROYO, Miguel G.. Ofício de Mestre: imagens a auto-imagens Petrópolis:Vozes, 2000.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Vol. 08. Brasília, MEC/SEF, 1997.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 21ª ed., 1979.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo. Ed. Cortez, Brasília, DF: UNESCO, 2004.
WERNECK, Hamilton. Ensinamos demais, aprendemos de menos, Petrópolis, Vozes. 1995.
http://www.redeambiente.org.br/Opiniao.asp?artigo=47
Publicado por: Paulo César Brum Antunes
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