O modelo taylorista-fordista na Gestão Educacional e Gestão Escolar: suas implicações no sistema educacional brasileiro.
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Parti-se do pressuposto que a Gestão Educacional é entendida como um processo, que engloba a esfera macro, envolvendo os três níveis do governo federal (municípios, estados e união). Resultante deste processo é a articulação dessas instâncias, legitimadas nas políticas públicas e normatizações de leis que regem a educação de nosso Brasil.
Nesse contexto, ainda encontra-se a presença do modelo taylorista-fordista, oriundo do processo industrial das fábricas e caracterizado pela racionalização, planejamento, formalização, mecanização, divisão do trabalho, produção de massa, centralização, dentre outras, tendo-se inúmeras influências na gestão educacional do país.
Influências essas que podem ser observadas nos programas para a educação do Governo Federal, através da burocratização, pelo desenvolvimento em massa, muitas vezes sem o devido planejamento, resultando em ações isoladas com nenhuma eficiência e eficácia, resultando na fragmentação desses programas, onde os mesmos não conseguem atingir e transcender os seus objetivos.
Um ótimo exemplo para ilustrar essa situação, é a implantação do Programa Prouni – Universidade para todos, onde os seus idealizadores acreditarão que com uma bolsa de estudo total ou parcial em universidades privadas, conseguiriam incluir as camadas populares no ensino superior.
Aqui está o ponto central para reflexão. Como queremos incluir as camadas populares, “reitero que não estou falando de classe média, mas sim de pobres”, em universidades apenas com bolsas de estudo?, E o contexto que essas pessoas encontram-se inseridas, onde irão precisar de passagens, roupa, dinheiro para xérox e tantos outros gastos previstos no ensino superior. Isso demonstra claramente um processo fragmentado, formalizado, que tem na sua idealização o objetivo de atingir as massas, mas não introduz de que maneira e como essas massas serão atingidas, ou seja, na sua totalidade, pensando em todos os processos, ou na sua superficialidade.
Outra influência do modelo taylorista-fordista encontrada na gestão educacional são as normatizações de leis, as quais na sua prática ficam inviáveis para a aplicação, “é quando falamos que muitas leis não saem do papel para a sua efetivação na prática”.
Sabe-se que toda a história de nossa educação está perpassada por conquistas, vitórias, avanços e retrocessos em consonância com os acontecimentos do país. E no que se refere à Gestão Educacional não é diferente, está é influenciada diretamente por movimentos sociais e reformas realizadas em nossa história, as quais deixaram resquícios e empecilhos para a efetiva compreensão do processo educacional na contemporaneidade.
Vive-se em uma época de crescente mecanização do ensino, onde as crianças muitas vezes não são levadas a pensar e sim a decorar, para passar de ano e atingir as metas dos governos, os quais através do controle e centralização pressionam as instituições educacionais acabando por repercutir negativamente na prática escolar. E ainda, presencia-se uma desumanização do ensino, presente nas relações frias entre educador e educando e da baixa auto-estima do profissional para com o seu trabalho, todas estas influências do modelo taylorista-fordista no sistema educacional brasileiro.
Sobre o AUTOR:
Bacharel em Serviço Social - UNIFRA. Pós-Graduando em Gestão Educacional - UFSM; Assistente Social da Rede Marista de Educação e Solidariedade do Estado do Rio Grande do Sul.
Nesse contexto, ainda encontra-se a presença do modelo taylorista-fordista, oriundo do processo industrial das fábricas e caracterizado pela racionalização, planejamento, formalização, mecanização, divisão do trabalho, produção de massa, centralização, dentre outras, tendo-se inúmeras influências na gestão educacional do país.
Influências essas que podem ser observadas nos programas para a educação do Governo Federal, através da burocratização, pelo desenvolvimento em massa, muitas vezes sem o devido planejamento, resultando em ações isoladas com nenhuma eficiência e eficácia, resultando na fragmentação desses programas, onde os mesmos não conseguem atingir e transcender os seus objetivos.
Um ótimo exemplo para ilustrar essa situação, é a implantação do Programa Prouni – Universidade para todos, onde os seus idealizadores acreditarão que com uma bolsa de estudo total ou parcial em universidades privadas, conseguiriam incluir as camadas populares no ensino superior.
Aqui está o ponto central para reflexão. Como queremos incluir as camadas populares, “reitero que não estou falando de classe média, mas sim de pobres”, em universidades apenas com bolsas de estudo?, E o contexto que essas pessoas encontram-se inseridas, onde irão precisar de passagens, roupa, dinheiro para xérox e tantos outros gastos previstos no ensino superior. Isso demonstra claramente um processo fragmentado, formalizado, que tem na sua idealização o objetivo de atingir as massas, mas não introduz de que maneira e como essas massas serão atingidas, ou seja, na sua totalidade, pensando em todos os processos, ou na sua superficialidade.
Outra influência do modelo taylorista-fordista encontrada na gestão educacional são as normatizações de leis, as quais na sua prática ficam inviáveis para a aplicação, “é quando falamos que muitas leis não saem do papel para a sua efetivação na prática”.
Sabe-se que toda a história de nossa educação está perpassada por conquistas, vitórias, avanços e retrocessos em consonância com os acontecimentos do país. E no que se refere à Gestão Educacional não é diferente, está é influenciada diretamente por movimentos sociais e reformas realizadas em nossa história, as quais deixaram resquícios e empecilhos para a efetiva compreensão do processo educacional na contemporaneidade.
Vive-se em uma época de crescente mecanização do ensino, onde as crianças muitas vezes não são levadas a pensar e sim a decorar, para passar de ano e atingir as metas dos governos, os quais através do controle e centralização pressionam as instituições educacionais acabando por repercutir negativamente na prática escolar. E ainda, presencia-se uma desumanização do ensino, presente nas relações frias entre educador e educando e da baixa auto-estima do profissional para com o seu trabalho, todas estas influências do modelo taylorista-fordista no sistema educacional brasileiro.
Sobre o AUTOR:
Bacharel em Serviço Social - UNIFRA. Pós-Graduando em Gestão Educacional - UFSM; Assistente Social da Rede Marista de Educação e Solidariedade do Estado do Rio Grande do Sul.
Publicado por: André Michel dos Santos
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