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MUNDO DO TRABALHO NO BRASIL: UM NOVO OLHAR É PRECISO

Breve análise sobre mundo do trabalho no Brasil.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

 De acordo com trabalho de Maristela Colombo, disponível no site “http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-53932012000100004”, com o título “Modernidade: a construção do sujeito contemporâneo e a sociedade de consumo”:  “(...) É mister considerar, ainda, que a máxima da sociedade moderna é ser capaz de promover o consumo a qualquer custo. Além de afetar a formação psicossocial dos sujeitos, isso gera novas modalidades de sensibilidades, novas formas de sentir e de perceber o mundo no qual vivem. As noções de felicidade, contentamento e satisfação na esfera do consumo estão intimamente relacionadas às possibilidades de ter e não ter, consumir ou não. (...)”

O mundo contemporâneo é dominado pelas novas tecnologias, pela internet, pelas novas mídias, pelas redes sociais, um mundo de máquinas.

Em um tempo distante, a caça e a pesca alimentavam o povo. Mais adiante, a agricultura e a pecuária foram destaques na produção de alimentos. Outros tempos chegaram, e o trabalho braçal, de várias formas, trazia alimento e vestuário para as famílias. Nos tempos atuais, existem opções de trabalhos que nem é possível listar aqui.

Trabalho e emprego são necessários para trazerem dignidade para uma família. A pessoa humana precisa dos dois. Justos salários, ainda mais na realidade brasileira, ajudariam muitas famílias. Entretanto, no Brasil, ainda falta muito para existirem trabalhos justos e dignos.

No tempo antigo, o homem era o responsável pela casa. Nos novos tempos, o homem e a mulher, ao menos no Brasil, precisam trabalhar para trazerem o sustento para dentro de casa.

De acordo com artigo de Kira Tarapanoff, disponível no site “http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/341/341”, com o título “Na era das máquinas inteligentes: o futuro do trabalho e do poder”: “(...) 9.  a   estratégia   informacional    requer uma  visão coerente  e  global,  baseada no   entendimento   das    capacidades únicas  da  tecnologia  inteligente e  a oportunidade  de  usar  a  organização para  liberar  estas  capacidades.   Isso significa  forjar  uma  nova  lógica  tecnológica baseada nessa visão; (...)”

Falar de trabalho é destacar o valor do esforço para se ter dignidade. Até os animais da natureza realizam trabalhos para sobreviverem. As formigas, as abelhas, são dois exemplos práticos de trabalhadores, de operários. E a própria vida dentro da natureza é um constante trabalho. O fruto do trabalho é o dinheiro. Trabalho honesto, dinheiro honesto. Trabalho com erros morais, éticos, dinheiro desonesto. A pessoa humana precisa ter sua consciência limpa de pecados, erros, problemas, diante do trabalho que realiza, seja ele qual for. Roubar dá trabalho, e não é correto nesta sociedade. Ser explorado em seu local de trabalho, também não é correto. Falar de trabalho no Brasil é pensar no tripé local de trabalho / justo salário / dignidade. Tanto o trabalhador quanto o empregador precisam ter sucessos com o oferecimento, a produção e os resultados do trabalho humano.

Em pleno século XXI já não é possível sequer acreditar que ainda exista trabalho escravo pintado de trabalho digno.

De acordo com artigo de Raquel Santos de Santana, disponível no site “https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/5787/A-dignidade-da-pessoa-humana-como-principio-absoluto”, com o título “A dignidade da pessoa humana como princípio absoluto”: “(...) o limite de uma dignidade passa a ser a igual dignidade ou direito do outro, não se podendo privilegiar um em detrimento de outro com igual dignidade ou direito, sendo o princípio em si relativo no que tange às relações individuais entre particulares com a aplicação do justo juízo de ponderação para mitigação ou relativização dos princípios envolvidos. Por outro lado, o valor contido na dignidade da pessoa humana como fundamento da República é absoluto, inafastável, não podendo inclusive ser renunciado, porque consiste no respeito à integridade do homem e deve sempre ser levado em conta por constituir a essência e o fim maior do Estado Democrático de Direito. (...)”

Um Brasil melhor, mais justo, mais digno, se faz com homens e mulheres com trabalho e emprego honestos. E precisam de verdadeiro respeito em seus direitos constitucionais. Trazer dignidade humana para as famílias brasileiras precisa ser quase um mantra.

É precisa que a economia brasileira, a moeda brasileira, o mercado brasileiro, sejam tão fortes, tão poderosos, que façam com que homens e mulheres vivam bem com seus trabalhos e não sejam meros antagonistas de suas próprias histórias de vidas. Precisam protagonizar na sociedade brasileira uma realidade de vida, com ou sem pandemia, guerras, processos de corrupções, e outros males dos tempos modernos. Ter esperança é uma bandeira. Não existe mundo do trabalho se não existe homens e mulheres felizes no que fazem.

O Brasil é muito rico, rico de tudo. É preciso que a mão humana não destrua o que aqui existe.

Se existir uma consciência de verdadeira, pura, cidadania, ai sim existirá um Brasil vivo, ativo, produtor, empregador, onde homens e mulheres sejam respeitados, de verdade, em seus direitos constitucionais.

Não pode existir progresso com tantos retrocessos que matam a dignidade da pessoa humana. Fome, pobreza extrema, baixíssimos salários, desemprego, saúde ruim, e tantas misérias humanas, ainda fazem parte de um Brasil atrasado. E o mundo do trabalho está sem forças para continuar forte. Ainda se tem, neste Brasil de hoje, um mercado de trabalho excludente. É preciso que exista um mundo do trabalho que transforme vidas, que atenda todas as demandas da sociedade brasileira. Se não for assim, o Brasil está retrocedendo ao período colonial, e este é o grande medo dos brasileiros.

Lutar sempre, com todas as forças da alma, do espírito, do coração, da mente, será o meio para vencer as pequenas guerras que o Brasil enfrenta para ser destaque no mundo, e um bom destaque, um exemplo positivo, um exemplo que merece ser copiado por outras nações.

De acordo com trabalho de Marcio Pochmann, disponível no site “https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232020000100089”, com o título “Tendências estruturais do mundo do trabalho no Brasil”: “O mundo do trabalho enquanto percepção do envolvimento distinto dos seres humanos com o conteúdo e relações laborais não se apresenta estável ao longo do tempo. Em geral, tende a sofrer impactos diretos e indiretos das possíveis trajetórias dos sistemas produtivos, bem como do formato pelo qual a regulação se estabelece sobre o funcionamento do mercado de trabalho. (...) A polarização crescente no interior da sociedade revela não apenas a destruição dos postos de trabalho de classe média, como a expansão de empregos não assalariados de maior remuneração, sem acesso à proteção social e trabalhista. (...)”

 

Autor:   Pedro Paulo Sampaio de Farias

Estudante de Direito; Professor; Especialista em Educação; Especialista em Gestão Pública; Mestrando em Educação; Cristão Romano; Líder Comunitário; Líder de Associação de Professores; Sindicalizado da Educação. 


Publicado por: PEDRO PAULO SAMPAIO DE FARIAS

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.