Mídias e fatores sociais em programas de educação
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No Brasil, desde os anos 90, relativamente a programas sociais e pontuais de educação de jovens e adultos, houve uma inovação metodológica no ensino a partir da introdução de inventos e equipamentos tecnológicos e recursos pedagógicos através de diversas mídias como televisão, internet, aplicativos de telefonia móvel, dentre outros. Embora tais novidades tenham por um lado dinamizado e tornado mais atrativo a forma de ensino, por outro lado nota-se que para esse tipo de educação, no que tange aos programas educacionais em geral e especificamente no Programa Nacional de Inclusão dos Jovens (ProJovem) tais inovações não afetaram de forma relevante os conteúdos disciplinares formais e tampouco houve perda presencial dos educadores em sala de aula, que neste aspecto é essencial como agente estimulador da transmissão de conteúdo, vez que os elementos de mídia e tecnologia tendem cada vez mais a fazer a diferença na qualidade de ensino quando somados aos métodos tradicionais personificados do processo de ensino-aprendizagem.
A prática docente nos programas de educação de jovens, a exemplo do Projovem, deixa impresso no desenho de seu projeto pedagógico ações curriculares de conteúdo básico da educação fundamental e introduziu conteúdo do mundo da informática e de ambientes virtuais, apesar de disponibilizar escassos equipamentos de transmissão e de mídia nos núcleos (escolas) na qual são ofertadas suas atividades.
São elementos chaves para a compreensão de dada realidade educacional o tipo de investimento e recursos disponíveis, a administração técnica e política, e a qualidade e efetividade de todo o processo para a transmissão do conhecimento. A partir desses fatores, os planejadores e executores de projetos e programas educacionais específicos traçam metas objetivas e subjetivas sustentada na filosofia política de cada governo para a área da educação.
Infelizmente alguns projetos ainda estão sendo construídos baseados em políticas compensatórias e focais, dirigidas a um determinado público. O ProJovem encaixa-se ao perfil desses projetos porque volta-se exclusivamente para um público de adultos jovens que não tiveram acesso a educação em idade regular e encontram-se fora do mercado de trabalho. Para tentar amenizar a situação o governo compensa o aluno do programa com uma bolsa-auxílio, que lhe é paga mensalmente. Esse tipo de auxílio se configura como sendo mais um dos programas de transferência de renda, criados pelo governo, destinados a determinada população de baixa renda, que não resolve, mas, camufla a velha questão social brasileira.
Graduada em Serviço Social pela UFPE
Publicado por: ANA LUCIA MENEZES DA SILVA
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