Coordenador Pedagógico: O centro gravitacional da escola
coordenador pedagógico, gestão participativa, âmbito educacional.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Quem mais pode sentir todas as pressões do âmbito educacional que o coordenador pedagógico? Este que precisa de perícia e perspicácia para transitar entre os interesses externos e internos que regem uma escola. Precisa de sapiência, sapiência esta que nem sempre encontramos nas leituras e discussões teóricas.
O coordenador pedagógico não pode adentrar no universo educacional com a ingênua intenção de apenas reproduzir pressupostos teóricos. Na labuta com pessoas não há manual de instruções ou receitas infalíveis. Acreditamos que é justamente nessa ingenuidade, nesse sonho de se considerar o “Mister M” da educação que muitos pedagogos ao se verem frustrados diante da complexidade “psicosocioculturalespiritual” que envolve os atores do cenário da educação acabam por se corromperem, desiludindo-se e caindo na mediocridade da mesmice.
Desejamos uma coordenação pedagógica que contemple a gestão participativa, que permita ao coordenador os instrumentos necessários para delegar afazeres envolvendo assim todo o corpo docente, funcionários, diretores, pais e alunos. No entanto, delegar afazeres nem sempre pode está relacionado ao autoritarismo, alias autoritarismo em coordenação contradiz muitos dos princípios relativos à flexibilidade tão discutida nos cursos de pedagogia.
Um coordenador pedagógico tem a difícil missão de compreender os lados favoráveis e opostos ao seu plano de ação. Aos que resistem às tentativas de “ajustes” por serem reféns de um modelo epistemológico que não permite a quebra da rotina é preciso paciência, dialogo e boa fundamentação teórica. Aos que recebem de braços abertos os “gestores do amanhã” desejamos o aprendizado mútuo através do sócio-interacionismo que indiscutivelmente contribui para uma escola de qualidade.
Coordenador sim!!! “O faz tudo”... não!!!
Precisamos com urgência desmistificar a concepção de que o coordenador pedagógico é para “apagar incêndio” em escola. Ou seja, este profissional não pode está subordinado aos caprichos de alguns diretores de escola que inacreditavelmente não sabem qual é a real função deste profissional.
Consideramos importante que um bom coordenador tenha o mínimo de conhecimento em alguns aspectos. Ou seja, que tenha a palavra amiga, mas coordenador não é psicólogo, que mantenha na escola kits de primeiros socorros, mas coordenador não é enfermeiro, que entenda de crianças, mas que não seja babá, que seja um bom apaziguador, mas coordenador não é para separar briga na escola, que tenha conhecimento da infra-estrutura da escola, mas coordenador não é pedreiro nem encanador e que apesar de receber alguns “choques” também não é eletricista.
Queremos esclarecer para aqueles que acham que o coordenador pedagógico é o “faz tudo” que é melhor rever seus conceitos, afinal de contas essa é uma profissão que assim como todas as outras merece respeito. Respeitar uma profissão é a forma mais sublime de respeitar o outro e ainda mais quando esse outro é o profissional que tem como função viabilizar a interação e contribuir para o bom funcionamento de uma instituição desvelando o papel de cada agente envolvido.
"Misturar-se " aos sujeitos do universo educacional é um ato crucial para o coordenador, no entanto é preciso que esta ação seja fruto de um diagnostico prévio no intuito de estabelecer um plano de ação sistematizado e em conjunto com o todo, desde o funcionário da limpeza ao secretario de educação.
Referências
PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza e Almeida, Laurinda Ramalho (org). O Coordenador Pedagógico e o cotidiano da escola. Edições Loyola. São Paulo. SP.
Publicado por: Joilson Aleixo da Silva
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